26 de junho de 2015

cenas de gatos

Hoje, a caminho do carro, no estacionamento, encontrei um gatinho no passeio. Era minúsculo e estava do lado de fora do muro a olhar para o irmão, a mãe estava ali numa moita à coca. Ao aproximar-me dele achei que fugia quando me sentisse, mas não, o totó ficou ali impávido e sereno a olhar para o outro gatinho. O meu primeiro pensamento foi "vou trazê-lo comigo que não aguento esta fofisse", o meu segundo pensamento foi "vou pousá-lo no quintal antes que seja atropelado ou apanhado por um cão". Peguei naquela figurinha e pousei-o junto ao outro pequeno gato e fiquei a observá-los, eram tão sossegados que se calhar ainda nem estavam desmamados, seria um erro trazê-lo.

Eu adoraria ter um gatinho, sou uma "cat-person", gosto do jeito de ser dos gatos, limpos, independentes, um pouco arrogantes é certo mas todos são divertidos. Lá em casa tivemos um gato durante quase 20 anos, o Félix, e sempre foi muito saudável, tirando um ou outro percalço, deu pouca despesa veterinária, no entanto, ralava-nos os nervos quando fugia de casa. Morando num apartamento, ter um gato fujão é coisa para nos dar alguns ataques de ansiedade... Ainda que um gato, ou cão, nos dê despesa, trabalho, preocupações e outras ralações, acho que é uma enorme felicidade ter um animal de companhia. Há uns anos tivemos uma gatinha tigrada linda, a Maria, era tão linda quanto brava. Desde o dia em que entrou em nossa casa soubemos que era reles, bufava a toda a gente, mordia e atirava-se a quem lhe cruzasse o caminho. Quando pensámos em ter filhos achámos que o mais prudente seria dá-la a quem gostasse dela e que não tivesse crianças em casa. Um gato no qual não se confia, quanto a mim, não se deve ter perto de crianças pequenas. Ao darmos a gata senti-me muito mal, confesso, senti-me uma falhada, quase como aquelas pessoas que despacham os bichos quando se fartam deles. Mas não foi esse o contexto, posso assegurar.

Agora que já não há bebés cá em casa, uma e outra vez pensamos na possibilidade de voltar a ter um gato, é a nossa cena. Os miúdos são muito medricas em relação a animais, adoram-nos mas a uma distância higiénica, vá... Ter um gatinho seria uma experiência óptima, seriam certamente uns 20 anos  muito preenchidos em que seriamos uma família ainda mais completa, mas infelizmente ainda não será agora que daremos esse passo. Ainda não estamos preparados para ver um gato andar na banca da cozinha ou enfiado no tabuleiro da roupa passada, ter pêlos por todo o lado entre outros pormenores técnico-domésticos... Para já, chega-me o gato da vizinha, que ao fim da tarde nos vem visitar à varanda, mas que ainda não interage connosco. Sabemos que ele vem, que alivia a tripa nos nossos vasos (NERVOS!!!), que relaxa no nosso pouf e que depois vai dormir à casa dele.

Enfim, divagações. Quem sabe um dia...

Sem comentários:

Enviar um comentário

Seja bem-vindo quem vier por bem.
Quem não vier, será apagado para todo o sempre!