29 de junho de 2016

Novas considerações sobre a diferença de idades deles


Em dezembro de 2011 escrevi sobre o que poderia acontecer relativamente à diferença de idades que eles íam ter após o nascimento do irmão, quase 3 anos (2 anos e 10 meses); andava eu grávida, bons tempos! Quando planeámos um segundo filho achámos que 3 anos de diferença seria um bom compromisso, dava para aproveitar bem o primeiro filho enquanto bebé e quando este fosse já minimamente independente teríamos outro para não perder totalmente o ritmo. Confesso que até ao ano passado a nossa teoria ficou bem fundamentada, enquanto andam no jardim de infância os filhos têm basicamente as mesmas necessidades e rotinas, porém a entrada dela na escola primária veio revolucionar os nossos dias...

Creio que nunca me senti tão culpada ou negligente em relação ao meu filho mais novo do que este ano. Embora esteja a usar termos um pouco fortes, a verdade é que é assim que eu me sentia quando os tinha aos dois em casa e tentava que ela fizesse os trabalhos de casa concentrada. Foi horrível.

Pela primeira vez eles estiveram em escolas diferentes e por isso só se viam de manhã e ao fim do dia e nessas alturas eles queriam brincar juntos, gritar juntos, correr juntos, basicamente esta casa parecia um manicómio sobretudo às horas das refeições com eles muito malucos sempre a rir e a dizer piadas, desafiando-se mutuamente. Ora, nos momentos em que eu tentava que ela ficasse sentada a fazer os deveres, ele queria estar junto dela, não necessariamente a fazer uma tarefa semelhante, mas acabava sempre por distraí-la e o resultado era sempre eu ligar a televisão e pô-lo a ver bonecos de enfiada porque só assim eles ficavam em silêncio. Infelizmente não fui bem sucedida na minha missão de conseguir que ela ficasse sozinha a fazer os deveres, mesmo comigo em cima dela, ela distraía-se sempre e mesmo que eu quisesse era de todo impossível estar a ver TV com o miúdo. Isto de zelar pela educação das crianças é um verdadeiro bico d'obra é preciso equilibrar muita coisa e se houve vários dias em que o deixei frente à TV (por ser mesmo o mais eficaz), também optei por vir para casa sozinha com ela e deixá-lo na escola mais um ou duas horas. Venha o diabo e escolha :(

Perante este cenário, hoje arrependo-me de não ter tido os meus filhos com uma diferença de idades MÍNIMA porque efetivamente dá muito trabalho ter dois filhos de fraldas, ok, mas essa fase é muito curta e descontraída comparada com a fase escolar e é aí que elas mordem, ah pois é...

24 de junho de 2016

e os manuais escolares?

Pegando na ideia dos manuais escolares que finalmente vieram para casa, achei que seria uma boa oportunidade para dissertar sobre eles...
Os manuais escolares foram comprados, dei-lhes uma vista de olhos e desde que foram para a escola no início das aulas, nunca mais regressaram a casa. Em bom rigor, comprei uma mochila à minha filha que transportou todos os dias nada mais nada menos do que o lanche e uma pasta de cartolina com meia dúzia de folhas e a caderneta. Tanto ouvi dizer que as crianças carregam toneladas às costas e felizmente nada disso se verificou na nossa escola, assim como em todo o agrupamento pelo que oiço dizer - o que é excelente!

Embora os livros de Língua Portuguesa e Matemática viessem (raramente) para casa para TPC de fim-de-semana, só agora, com o fim das aulas é que me tenho debruçado mais em "estudá-los". A nossa professora usou vários manuais com os garotos e creio que terá sido também por esse motivo que os nossos manuais ficaram com muitos exercícios por fazer e que vamos aproveitar as férias para os completar. Relembrando todos os trabalhos de casa que fizemos, tanto dos manuais adoptados como de outros anteriores creio que de um modo geral há demasiadas falhas. Falhas nos enunciados, falhas na lógica dos exercícios, muitas ambiguidades e até exercícios que estão descontextualizados relativamente aos conhecimentos dos alunos.

Creio que no início do ano, em que (em teoria) nenhuma criança sabe ler e escrever, apareceram muitos enunciados com "escreve isto ou aquilo" quando na realidade a criança não sabe nada de nada. Como pode a criança escrever "três" quando não sabe o que é o "t" ou o "^", quando não sabe ligar as letras. Fará sentido ter enunciados escritos logo no início do programa? Fará sentido aparecer um quadrado desenhado num enunciado quando é pedido à criança o "valor de uma área"? (mas afinal o que é a área, mãe?)
Estes são pequenos exemplos de coisas que vi e que são transversais a todos os manuais actuais e um pouco mais "antigos" (5 anos...talvez), de várias editoras.

Da maneira que os exercícios são expostos, é quase impossível que uma criança, em fase de alfabetização, consiga (sozinha) resolver seja o que for. Não podiam os livros ser mais sintéticos, ou seja, focarem-se mais em icons em vez de redigirem enunciados que os garotos não têm ainda capacidade de ler e até interpretar? Sei lá, podiam estar mais interligados, ou seja, ao mesmo tempo que em Língua Portuguesa fossem dadas determinadas informações às crianças, os livros de Matemática e Estudo do Meio também evoluíam no vocabulário e deixavam caír os símbolos, podia ser um caminho... Eu não gosto muito de evocar outros tempos, sobretudo o tempo em que os nossos pais andaram na escola, no entanto, acho que para uma criança do 1º ano, faria todo o sentido haver apenas um manual escolar* onde em simultâneo fossem abordados todos os temas de acordo com o progresso da alfabetização. Fica a ideia e a reflexão...


* não me refiro a um "livro único nacional", mas sim, a possibilidade de uma editora qualquer ter apenas um manual em vez de 3 manuais + 3 livros de fichas


8 de junho de 2016

Fim do ano

Hoje ela trouxe a mochila pesada, trouxe pela primeira vez todos os manuais escolares, os cadernos e as notas do último período que a professora ditou informalmente (ainda iremos ao "juízo final"). Teve boas notas, diria que foram quase surpreendentes face ao calvário que foi este ano lectivo. Sentimos que corremos todos uma maratona (falo de cor, nunca me meti em tal prova), foi muito cansativo este ano, tivemos imensas dúvidas, muito drama à mistura, alguns pontos altos e outros baixos. Mas chegámos ao fim com o saldo positivo, ela sabe ler, cada vez mais depressa, escreve o que precisa escrever, conta o que tem de contar e veio toda feliz por saber que vêm aí as férias e que para o ano regressa à escola que inicialmente tantas dores de cabeça nos deu. Ela gosta da escola, sente-se livre, corre, fantasia à vontade dela sem que ninguém a chateie, a professora foi uma santa, sempre dando relatórios terríveis mas sempre insistindo para que ela se mantivesse focada (o mais possível :D).

Agora falta só o arraial e depois até setembro!

(até lá vamos praticando e preenchendo os exercícios que ficaram por fazer nos manuais...)

3 de junho de 2016

Motivação para o futuro!



A uma semana do fim da escola, vi este video partilhado por uma amiga.
Achei que seria apropriado, assim em jeito de balanço nesta reta final de ano lectivo que teve alguns altos e baixos para os quais não estávamos assim muito preparados para eles mas que no fim, até nos parece que correu bem... Ela já sabe ler, já sabe fazer operações matemáticas, não é um ás mas também não é isso que esperamos dela. Foi feliz este ano? Foi sim senhora! É isso que mais nos importa.

Entretanto ainda voltarei "atrás" para dissertar sobre um ou outro tópico ;)

1 de junho de 2016

No dia da Criança, Música!



Temos tido dias INFERNAIS, mas isto volta ao sítio.
As crianças andam felizes, os pais andam com os nervos em frangalhos.

Mas tudo vai voltar ao normal em breve, não desapareçam :D

No dia em que se assinala a Criança, ocorre-me esta música, adoro-a e traz-me boas memórias.