14 de novembro de 2018

As nossas voltas por Lisboa

Depois da nossa manhã passada na companhia do IKEA, tivemos tempo para passear e abrir horizontes visuais das nossas crianças. Sempre que vamos a Lisboa os miúdos pedem imenso para irmos ao MAAT, já lá estiveram 3 vezes e cada vez que lá voltam é como se fosse a primeira, estou certa que este espaço os fascina por alguma razão para além das exposições.
A exposição OVERFLOW impressionou-os imenso. Idealizada por Tadashi Kawamata e realizada com materiais inteiramente recolhidos na costa portuguesa, a primeira reação deles foi que "se calhar exageraram na quantidade de lixo, oh mãe!", mas depois explicámos que na verdade havia certas zonas do nosso planeta que a situação era mesmo assim, um amontoado flutuante e que os peixes estavam a ficar cada vez mais enclausurados nestas armadilhas flutuantes. Já não bastavam as redes de pesca, agora o lixo torna-se verdadeiramente um problema de dimensões incríveis. As caras deles foram a reação pretendida pelo artista, estavam mesmo introspetivos e nada sorridentes, foi notório.

As restantes salas já foram encaradas de uma forma mais descontraída até porque nem sempre conseguimos explicar tão bem o conceito por trás de cada abordagem. Mas ao voltarmos à sala principal eles ficavam novamente mais pensativos... vale a pena la ir com as crianças.









Da parte da tarde continuámos com um passeio visual forte e negativo. Fomos à ruína do Restaurante Panorâmico de Monsanto e as reações das crianças são sempre incríveis. Estava um dia de chuva, nevoeiro e tudo ajudou para construir um cenário deveras deprimente. Primeiro entraram desconfiados, com a sensação de que os estaríamos a conduzir para uma situação proibida, mas a presença de um segurança fez rapidamente esquecer esta sensação de intrusão. Lá dentro explorámos todas as divisões, admirámos a cidade de Lisboa, pudemos falar da história de Marielle Franco e dos pormenores do painel do Vhils, também lhes falei do Miguel Januário e das manifestações MaisMenos. Eles adoraram, ficaram super impressionados com tudo aquilo, os graffitis, a destruição, mas acho que é fundamental expor as crianças a estes cenários, que embora controlados, são uma fiel demonstração da arte de rua, do vandalismo e do que pode ser feito para potenciar estes cenários.
Gostámos muito e recomendamos!












12 de novembro de 2018

Brincar para a Mudança


No passado sábado estivemos numa pequena reunião de crianças e pais para falarmos um pouco sobre a importância dos períodos de brincadeira no desenvolvimento das crianças. Cada faixa etária da criança tem características específicas no que diz respeito ao brincar, e penso que os meus filhos já passaram por todas e provavelmente vão manter algumas durante muito mais tempo.

Enquanto os adultos conversavam, as crianças distribuíam-se livremente pelas diferentes estações de brincadeira onde exploravam jogos em equipa, faz de conta, zona de leitura e desenho, zonas essas que também estão privilegiadas no concurso que também decorrerá este ano para a melhoria das zonas de lazer das escolas do primeiro ciclo. No ano passado uma escola de Aveiro venceu o primeiro lugar no concurso "Vamos Brincar na Escola" e este ano a competição regressa duplicando as hipóteses de ganhar, o que é excelente!

Foi uma manhã mesmo boa*** Obrigada IKEA :)