30 de dezembro de 2016

O nosso Natal

Este ano os meus filhos boicotaram qualquer tentativa de fazer uma fotografia pirosona junto à árvore de natal. Fiz algumas tentativas mas em vão, não quiseram, atiravam-se para o chão ou simplesmente me diziam Não à descarada. Olha, não estive para me maçar, quando forem adultos logo falamos...
Tirando este pequeno dissabor ao nível dos registos fotográficos, tenho a dizer que o nosso Natal foi bastante agradável como sempre com a família reunida, com muita conversa e comezaina que já é o costume e que toda a gente gosta. Este ano foi a vez de passarmos junto da família do pai, no Minho e os meus filhos não pensam em mais nada para além de correr e gritar com as primas e elas gritam com eles e não há quem os ature. De vez em quando eles sossegam e aninham-se uns nos outros e nestes momentos são uns perfeitos anjos, tão queridos!


Embora o tempo estivesse maravilhoso com um sol sempre aberto, é também verdade que esteve bastante fresco e de manhã ainda pudemos ver a geada forte e correr até ao rio para ver a neblina que eu adoro. Os miúdos fazem aquilo que sabem fazer melhor - correr e saltar e trepar e gritar (mais um bocado).


Passado o Natal e a loucura dos presentes resta-nos entrar de cabeça em 2017. Da minha parte admito que estou saturada de 2016, andamos cansados, adoentados e sentimos que estes dias de "férias" não souberam a grande pausa, mas tudo bem.
Que venha então o novo ano e se possível que o calor não se demore ;)





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29 de dezembro de 2016

2016 o ano do nosso descontentamento

imagem retirada daqui (incluí a Debbie Reynolds à socapa...)

Este ano de 2016 é provavelmente aquele ano em que mais tomei consciência de que efetivamente estou adulta. Mesmo estando tão perto dos 40 não me sentia, nem sinto, como me imaginava sentir quando era pequena e pensava nos "40 anos". Este ano vimos tantos ícones da música, cinema, desporto, ciência desaparecerem, tantas figuras pop que contribuíram para que na nossa infância construíssemos as nossas referências e agora memórias. Estamos definitivamente a ficar adultos, estamos a envelhecer e as nossas referências morrem.
Confesso que é até com medo que hoje em dia abro o Facebook porque parece que eles, os ícones, caiem como tordos, todos os dias, com intervalos tão curtos que nem nos conseguimos concentrar em cada desaparecimento.
A recente morte do George Michael deixou-me particularmente triste, já não ouvíamos falar dele há uns tempos, era certamente um tipo recatado quando não se empenhava em ser um artista completo. Ficam as dezenas de êxitos que me fazem lembrar o final da minha infância e toda a adolescência, uma música para celebrar, outra para chorar e mais outra para nos dar ânimo.

Um ano para esquecer mas também para nos lembrar que devemos viver ao máximo.
Que venha 2017!!


23 de dezembro de 2016

Antes de mergulharmos no Natal

Este primeiro período foi sempre a abrir num ritmo para lá de acelerado. Falo mais do ritmo dela do que do dele, mas enquanto o irmão acabou por abortar a piscina, ela conseguiu aguentar o desafio de levar as duas atividades extra-escolares por diante. Quando me lembro do ano passado, da nossa angústia perante as dificuldades de adaptação fico realmente espantada com aquilo que conseguimos fazer este ano, este período vá. Nós não pedimos, nem exigimos excelência, exigimos apenas que se dedique aos compromissos que assumimos (todos assumimos) e ela saiu-se tão bem em tudo. Boas notas na escola (com alguns deslizes evitáveis mas próprios da personalidade dela), boa evolução no violoncelo e à nova escola de ballet. Andámos o trimestre todo num virote de leva e traz, ela sempre cumprindo e nós não podíamos estar mais orgulhosos. Podemos dizer que a mana mais velha é um exemplo para o mano, que lhe mostra com prazer o que aprende na escola, que lhe lê, que toca melodias e dança o esquema de ballet com muita alegria para todos vermos.

Ele é um mimalho e um fiteiro de primeira. Na escola dizem que é um querido, que nunca se porta mal, mas para fazer um desenho tá quieto; para arrumar não é nada com ele; só quer correr e está sempre pronto para ver os desenhos animados que quase todos os dias leva para ver com os amigos na hora da sesta dos mais novos.

Andaram muito ocupadas estas crianças, nos fins-de-semana também não lhes demos parança, ele foi passeios, ele foi praia, bicicletas, corridas, montes e até patinagem (isso fica para outro post) e nesta primeira semana de férias abrandámos aí uns 50% do ritmo e estamos prestes a abrandar ainda mais assim que mergulharmos na celebração do Natal. Este foi um ano, mais um ano, de ritmo acelerado e creio que dificilmente andaremos noutro compasso que não este. Esta semana o blog fez 8 anos e desde o início que tem sido sempre um somatório de experiências fantásticas e tudo graças a estas duas criaturas que orbitam à nossa volta. É também muito bom continuar a escrever estas linhas, embora o cansaço se apodere de mim a maior parte dos dias e me impeça de contar o que vivemos com maior frequência. Para o próximo ano, adoraria escrever mais, vamos indo e vamos vendo. Há tanta coisa que preciso escrever e que gostava de saber da vossa opinião... Até ao próximo post, que certamente será em breve, desejo apenas a todas as minhas leitoras uma excelente época festiva e que o próximo ano seja bom e mais pacífico do que o ano de 2016.

sofia


16 de dezembro de 2016

12 de dezembro de 2016

Por aqui...

Desde o dia 1 de dezembro que entrámos no espírito natalício. Os miúdos já não aguentavam de ansiedade para montar a árvore e foi a preceito que fizemos a nossa. Primeiro as luzes em espiral, depois os enfeites de palhinha, as pinhas e os gizos; árvore montada - meninos felizes.




Temos tido muitos afazeres, eu tenho pouca vontade de escrever mas já sei que se não o fizer vou ter pena de mais tarde não ter escrito que este mês temos estado pela nossa cidade, entre o parque, as bicicletas, a praia, as coisas simples do costume...



A propósito da MAIOR árvore da cidade e de arredores, os miúdos viram fogo de artifício pela primeira vez. Fomos completamente apanhados de surpresa porque achámos que apenas iam acender as luzes e que isso não incluiria um pré-espetáculo de ano novo. Os miúdos ficaram atónitos, felizmente não fizeram a mesma figurinha que eu fiz quando era pequena...



Na praia basta abrir a porta do carro que eles correm desenfreados como se fossem dois animais selvagens; para os mais sensíveis lamento, mas é esta a descrição mais fiel que posso comparar os meus filhos. Correm sem parar durante uma hora, brincam com nada, só correm. Desta vez, ao contrário do que vem sendo costume, levei um disco e para meu espanto, o mais novo mostrou ter imenso talento em lançá-lo e apanhá-lo! Tem mais jeito do que eu!


Uma cana que virou flauta, um clássico da praia.

Estamos a pouco menos de duas semanas do Natal e por todo o lado sentimos aquele clima, as crianças andam muito felizes, sabem que vêm aí as férias, os programas com a família e já acordam a perguntar "onde é que vamos hoje?". Tão bom :)




No fim, temos disto, não sempre mas frequentemente.

15 de novembro de 2016

Filho meu, filho meu...





O meu filho passou o verão INTEIRO a dizer que queria ir para a natação, tudo o que estava relacionado com a água ele queria fazer, não havia fronteiras, não havia medo, havia apenas determinação e pujança.
Metemos o garoto na natação.
Alegria, brilho nos olhos e passado um mês "Vai um balde de água fria, vai um balde de água fria".

Quando tudo parecia bem encaminhado para um percurso exemplar, eis que o menino meteu na cabeça que não vai para dentro de água, que não quer ir para a piscina, que não gosta e tudo isto a chorar feito maluco nos balneários. Ainda o conseguimos convencer a bem, depois tivemos de o comprar e à terceira não houve hipótese. Eu fico possuída, fizemos várias tentativas mas todas em vão, ele está firmíssimo e não desarma e nós sentimo-nos uns falhados, uns pressionadores "coitadinho do miúdo".

Depois de debatermos a questão, optámos por suspender esta operação, mas a inscrição anual está paga, enfim, terei de ver se daqui por um tempo temos mais sorte. Uma canseira, é o que é. Querem uns pais dar o mesmo aos dois filhos e depois é isto...

(desabafos)

13 de novembro de 2016

O nosso interminável verão


Parece impossível que hoje os tivesse que arrancar de casa para irmos para a rua. Acabámos por ir à praia onde eles gastaram energia durante duas horas. Ainda se juntaram a nós os primos e mais amigos, tivemos direitos a paus, ondas e muita roupa molhada...


Depois fomos ao mercado, comprar umas frutas e passámos a tarde a ver filmes e a comer pipocas. Há melhor? Não!











9 de novembro de 2016

SEM PALAVRAS


De facto...

Era um cenário que não queriamos acreditar.
Agora é uma realidade.
Que futuro nos aguarda?? M-E-D-O!!

8 de novembro de 2016

Música para hoje



Sabe sempre bem ouvir Pink Floyd, esta é uma das minhas preferidas.

3 de novembro de 2016

o último dia de outubro


No último dia de outubro as crianças andaram encaloradas, esteve uma manhã soalheira, fomos com as primas caminhar até ao rio e depois embrenhamo-nos na mata e chegámos tarde ao almoço de família. As crianças, embora tivessem ficado estafadas, chegaram a casa loucas de fome e devoraram o que estava à espera na mesa, menos mal... Aventuras que ficam na memória.






26 de outubro de 2016

Por aqui...

Bem, por aqui temos andado em velocidade cruzeiro e mal chega a hora de me sentar no sofá é quase certo que adormeça. Mas vá, hoje venho só aqui dizer que já conseguimos sobreviver a quase 3 semanas de atividades e conservatório das crianças e que embora os primeiros momentos tivessem sido de caos, agora já está tudo menos caótico e as crianças estão muito contentes nestas vidas.

O mais novo, após meses de pressão, foi finalmente para a natação. A pressão era do lado dele, atenção! Ele não falava noutra coisa há milhões de anos e então chegou o momento e o rapaz anda todo contente no seu nível Estrela do Mar a fazer bolhinhas na água. Esta é a "atividade dos rapazes", é o pai que leva sempre o seu infante à piscina e a mim tem-me tocado o capítulo Conservatório/Ballet. Basicamente não temos muita margem de manobra no que toca ao tempo e se não temos cuidado a nossa organização pode descambar, mas não falemos nisso, concentremo-nos apenas nos aspectos positivos e maravilhosos.

Isto aqui em casa agora só dá violoncelo, passos de ballet e "mergulhos" no sofá e banheira. Entretanto começaram os testes da mais velha e ela mostra-se beeeeem mais focada e despachada e sobretudo consciente de que consegue fazer muitas coisas bem feitas. Acho que ela ter tomado essa consciência está a ser fundamental para este ano termos muito menos dramas na altura de fazer os TPCs. Quando me diziam que tudo ia melhorar, confesso que tinha muitas reservas mas hoje posso dizer que tudo tem o seu tempo e que temos mesmo de confiar na criança e dar-lhe espaço. Ainda estamos a construir o nosso caminho, mas parece-me que a coisa está muito melhor.

Eles SÓ falam no Halloween, e se há poucos anos eu dizia logo Vá de Reto!, agora sinceramente já nem quero saber. Para eles isto é carnaval, até me falam no carnaval que é dia 31 tal é a confusão na cabeça do mais novo, eu cá já só penso é no feriado...

Aproveito também para vos sugerir o meu singelo Guest Post no Eu, Mãe com mais uma ida ao museu!

17 de outubro de 2016

Sair ou fazer os TPCs?


Acho que todos os dias vejo uma notícia ou um artigo sobre a questão dos trabalhos de casa, se são muitos, se são inexistentes, se há ou não proveito efetivo em fazê-los... Daquilo que é a nossa experiência, achamos que são um bom indicador daquilo que as crianças andam a aprender nas aulas, mas quando são demasiados ou quando são "parvos*", aí o resultado é muito mau. Imagino que muita gente já terá passado pela experiência de gritar com os filhos ou de os apressar para conseguirem fazer tudo para que possam brincar ou para fazer outras tarefas tipo tomar banho ou jantar!


Volto a frisar que a nossa experiência de TPC é boa, nem muitos nem poucos e com folgas durante a semana. Agora no segundo ano, a nossa filha começa (finalmente) a ver a grande vantagem de fazer as coisas depressa, pode brincar ou fazer o que lhe der na real gana, para além de desfrutar das suas atividades extra-curriculares com a mente descansada. Os trabalhos dos fins-de-semana são feitos quase sempre à sexta-feira e depois o sábado e domingo são dedicados ao ócio.


Ainda recordando o fim-de-semana em que fomos a Sintra, informei a professora da possibilidade dos TPCs não ficarem todos feitos. Avisei que íamos viajar em família, visitar museus e que a minha filha faria o que conseguisse e que depois recuperava durante a semana seguinte. E assim foi, calhou de nesse fim-de-semana ela ter de fazer um pouco mais do que o habitual e deixou uma parte por acabar. A professora não se incomodou, pelo contrário.


Durante as nossas visitas tivemos imensos momentos em que as crianças andaram a estudar, conversaram muito entre si, as mais velhas sempre juntas e os mais pequenos também sempre um com o outro. Cada um com o seu mapa que fizeram sempre questão de ter, um para cada um, nem fomos nós que impingimos. De vez em quando lá tiravam uma ou outra dúvida mas faziam as leituras à sua maneira e dava gosto ver. As mais velhas adoraram o Palácio da Pena, ficaram com uma ideia real de como era a vida no tempo da monarquia, tudo era espetacular, as loiças, o papel de parede, as talhas, as legendas eram lidas com interesse e para nós foi mesmo gratificante ver que não estavam a apanhar seca, que é algo que por vezes se pode pensar de um museu deste género. Porque não é interativo, porque não é moderno, porque retrata um tempo tão desfasado, mas na verdade as crianças gostam de imaginar outras eras, e para compreender o presente têm necessariamente de ir ao passado (pelo menos eu acho que sim).


Tudo isto para dizer o quê? Digo então que na nossa opinião e experiência, vale a pena sacrificar o dever escolar para desfrutar de tempo em família de qualidade e acho também que se devem conversar estas questões com os professores. Não fazer os deveres não significa necessariamente desleixo ou desinteresse, muito pelo contrário, acho que é uma boa oportunidade para explicar tanto ao professor como ao aluno a vantagem que é fazer opções e que as mesmas se traduzam em outras aprendizagens. Porque não?








** por trabalhos "parvos" entendo aqueles deveres que a criança não aprende nada, que são atribuídos nem sei bem porquê, serão só para manter a criança mais um pouco presa a uma cadeira? Temos pouco disso por cá, mas reconheço que há exercícios bem mais importantes e formativos do que outros...