30 de janeiro de 2017

Comidinhas da Mamãe II - Entrecosto assado



Entrecosto do Jamie Oliver - o nosso fica mesmo assim, modéstia à parte :D

Pára tudo quando os meus filhos ouvem a palavra "entrecosto" ou "costelinhas de roer" como eles dizem.
Num prisma totalmente oposto à bem comportada pescada cozida que anteriormente descrevi, temos então o entrecosto assado que os meus filhos adoram.
Fazemos este entrecosto de uma forma muito simples, com uma marinada de algumas horas de limão, alecrim, mostarda dijon e pouco mais. Num tabuleiro do forno (o esmaltado) espalhamos o entrecosto (inteiro) com legumes variados, batatas, cenouras, abóbora. Os legumes são cortados todos do mesmo tamanho para cozinharem mais uniformemente, temperamos tudo com sal, alecrim, pimenta e com azeite para ficar bem tostado.
Quando pomos o tabuleiro na mesa, cortamos o entrecosto e cada um tira os ossinhos que quer faz-se silêncio absoluto. Esta é das poucas refeições que os miúdos comem com as mãos, saboreiam cada pedacinho e repetem imenso, são uns Flintstones da era moderna. Muitas vezes também assamos espigas de milho juntamente com a carne que é algo que eles também adoram. Rematamos sempre este prato com uma rica salada fresca e muita fruta à sobremesa. A sopa se não houver também não dramatizo, não sou nada psicopata das sopas e acho que se comermos refeições ricas em fibras cozinhadas e cruas podemos bem deixar essa etapa para todos os outros dias...

27 de janeiro de 2017

Mom Jeans - como assim?

Como sabem, este não é um Blog Fashion, ou um Fashion Blog enfim; contudo não sou insensível ao que se passa por aí. Há coisas de que gosto imenso e que adoraria ter para mim, mas também as há que me ultrapassam. É uma dessas tendências que não estou bem a perceber e sobre a qual gostaria de dissertar hoje: as Mom Jeans. Já as vi identificadas num ou noutro blog da especialidade e fico intrigada com esta aceitação pacífica de um corte tão controverso. Tão horrível!

Mas o que vêm a ser as designadas Mom Jeans, um revivalismo LOUCO dos anos 90, sem dúvida, mas por que raio terá este nome? Olhando para as raparigas jeitosas da minha pesquisa pinterestiana, acho que em nenhuma delas lhe assenta bem este corte, às tantas ainda não têm um suposto "corpo de mãe"! Eu se tiver de escolher um modelo de calças não vou optar por este, mesmo após duas gravidezes e depois de quase 8 anos a desempenhar funções de Mãe, eu continuo com o meu corpo assim para o liso, "nada a frente, nada atrás". Pensando nas minhas amigas que já são mães, também não as imagino em êxtase com umas calças destas... Confesso-vos que esta designação "mom jeans" até me ofende porque dizendo francamente, não vejo aqui nada que seja dignificante à nossa "suposta" condição de Mãe.

Digam-me, será de mim esta impressão, este arrepio fashion? Só vos digo, Afasta de mim este cálice!!

20 de janeiro de 2017

Sugestão musical para o fim-de-semana



Ontem a minha amiga Mariana lembrou-se dos Rádio Macau e eu fui em busca de mais músicas, algumas das quais já nem me lembrava. Deixo-vos uma das minhas preferidas e que é linda. Sem dúvida que é uma das bandas portuguesas que mais saudades me deixa, fizeram um excelente trabalho.

Cantiga de Amor
Rádio Macau

Preferias que cantasse noutro tom
Que te pintasse o mundo de outra cor
Que te pusesse aos pés um mundo bom
Que te jurasse amor, o eterno amor

Querias que roubasse ao sete estrelo
A luz que te iluminasse o olhar
Embalar-te nas ondas com desvelo
Levar-te até à lua para dançar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre, se quiseres
Ou então, se preferires, fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres

Talvez até pudesse dar-te mais
Que tudo o que tu possas desejar
Não te debruces tanto que ainda cais
Não sei se me estás a acompanhar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre, se quiseres
Ou então, se preferires, fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres

Podia, se quisesses, explicar-te
Sem pressa, tranquila, devagar
E pondo, claro está, modéstia à parte
Uma ou duas coisas, se calhar

Que a lua está longe e mesmo assim
Dançar podemos sempre, se quiseres
Ou então, se preferires, fica aí
Que ninguém há-de saber o que disseres

18 de janeiro de 2017

Nós e o tablet - uma relação de amor e ódio








(imagem daqui)

Por motivos profissionais, há cerca de um ano, comprámos um tablet. Usamo-lo no escritório para fazer testes, enfim, trabalho... Para além do trabalho, claro que também usamos o tablet por casa, para ver TV ou coisas no youtube ou mesmo video clips que os miúdos adoram. Aliás, tudo o que venha do tablet os miúdos adoram. Cá em casa só temos uma televisão, chega e sobra, mas o tablet acaba por complementar um pouco, sobretudo quando as crianças estão mais sonolentas de manhã e difíceis para sair da cama.

Embora o tablet seja SUPER eficiente na sua tarefa de atrair crianças para a mesa, a verdade é que o reverso da moeda é chato de desmontar. Os meus filhos adoram tudo o que esteja relacionado com imagem, interações digitais, música, stopmotion... e se nós os deixássemos, passavam o dia a ver coisas aleatórias visto que não temos jogos instalados. Ora comanda um, ora comanda outra e é muito frequente chatearem-se e temos de intervir o que muitas vezes resulta na retirada do objeto da discórdia. Para além das brigas ocasionais, o tablet tem outro efeito que nos aborrece imenso - o vício. Embora os miúdos só vejam o tablet durante breves momentos de manhã e aos dias de semana, este bocadinho é suficiente para lhes criar um vício tremendo. Acordam cedíssimo já a pensar nisso, sobretudo o mais pequeno e o resultado são birras de sono durante o dia, o que ninguém já tem paciência para aguentar nesta casa. Quando vemos que a coisa se está a descontrolar o tablet desaparece, mas desaparece mesmo, sem deixar rasto. Inicialmente o mais novo ressente-se bastante, chora, resmunga e fica até meio à toa, mas passados uns dias já está desintoxicado - isto é pura verdade! Após uns 3 ou 4 dias de pedidos de clemência ele(s) volta(m) a entrar nos eixos e já nem se lembram que o tablet existe o que muito nos tranquiliza.

Mesmo vendo que eles aprendem por si vocabulário inglês, que identificam vários grupos musicais, que acompanham muitas músicas, o que em si são excelentes vantagens do tablet; por outro lado é extremamente irritante ver uma criança que só faz uma coisa sabendo que em troca terá a recomenda em forma de tablet e isso para nós não é aceitável. Há cerca de duas semanas que o dito cujo está em parte incerta e por já não ser a primeira vez que isto acontece, sabemos que após uns dias iniciais de motins, todos os problemas estão resolvidos e reina a paz. Creio que o tablet não irá aparecer tão cedo e na verdade nem faz falta nenhuma :)

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Style is Substance



Saul Bass, o maior.
via Swiss Miss


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16 de janeiro de 2017

Comidinhas da mamãe - Pescada Cozida

Cá em casa tentamos fazer uma alimentação variada e sobretudo mediterrânica, porque é isso que somos. Embora não alternamos peixe e carne religiosamente, às vezes comemos duas ou três refeições seguidas de carne ou até de peixe, também gostamos de intercalar pratos totalmente isentos de proteína animal. Dentro daquilo que comemos, as crianças gostam de tudo, podem não delirar com tudo, mas comem de tudo. Mas no nosso repertório gastronómico há certos pratos que eles mal adivinham que vamos comer já ficam em sentido com a excitação - sim, os meus filhos ficam loucos com algumas lambarices. E perguntam vocês que iguarias fazem os meus filhos felizes? E eu digo-vos que são algumas e que se quiserem posso falar sobre elas mais à frente.

Hoje gostaria de partilhar que um dos pratos favoritos dos meus filhos é nada mais nada menos do que Pescada Cozida com Legumes. Sim, pasmem-se! Recordo-me que quando eu era miúda, e sobretudo quando chegava a casa desvairada de fome (fenómeno raro mas acontecia), e me deparava com uma pescada cozida com batatas e cenouras ficava com uma telha que nem vos digo, nem vos conto... que sono!!! Mas um belo dia a minha mãe comprou pescada fresca e tudo mudou.

Com os meus filhos, sempre que lhes dou pescada fresca com batatas cozidas, cenouras e brócolos, eles adoram, comem muito bem e nem falam, o que é duplamente maravilhoso :D Comparar uma pescada fresca com uma ultracongelada não tem sequer comparação possível e até as crianças que não percebem destes preceitos culinários apreciam o peixe de forma diferente. Ora se a pescada fresca já é mais deliciosa do que a congelada, agora imaginem que cozinham tudo ao vapor. Aqui estou convencida de que atingi o meu clímax na arte de bem cozinhar um prato extremamente aborrecido (quase tão aborrecido como o bacalhau do natal...). Preparar a pescada e os legumes sem ser na mesma panela cheia de água e apostar numa cozedura em camadas no vapor faz meeeeesmo a diferença. Por aqui usamos aquela panela começada por B e terminada em Y e fica muito bem. No cesto, junto à água, ponho as batatas, depois na primeira prateleira da varoma ponho o peixe só com sal grosso e noz moscada, 15 minutos antes de terminar junto os brócolos com as cenouras na última prateleira. Nos pratos tempero apenas com azeite e juro-vos com os meus filhos comem e repetem e não fazem igual com qualquer outro peixe. Arrisco-me a dizer que o prato de peixe favorito deles é sem dúvida a Pescada Cozida :D

E por aí, as vossas riquezas também gostam de pescada cozida com legumes?
É ver para crer!!

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13 de janeiro de 2017

Twin Peaks - 3ª temporada



Estava eu a fazer um zapping inocente quando dou de caras com uma reportagem sobre o Twin Peaks, era já o fim da reportagem porque só vi um slideshow com algumas fotografias das personagens da série com a música de fundo. Bem sei que toooooda a gente está a falar no regresso da série (3ª temporada) mas para falar a verdade ainda nem me debrucei muito sobre este assunto. Sempre que oiço a música do genérico é algo que não consigo explicar, sinto-me imediatamente transportada para aquela época em que muitos colegas meus viam a série e eu não via porque já eram horas para estarmos deitados (lá em casa sempre houve muita rigidez nesta matéria). Recordo-me de toda a adrenalina que havia em torno dos episódios, a Laura Palmer que morreu, o detetive, o pai, as colegas e por aí fora. Era um universo com o qual facilmente nos conseguíamos identificar porque também morávamos numa cidade pequena onde toda a gente se conhecia, éramos estudantes e de certa forma havia sempre aquela possibilidade de nos metermos em sarilhos que corressem mesmo muito mal.
Embora não tivéssemos visto a série, ocasionalmente víamos um ou outro episódio e quando estreou o filme "Os últimos 7 dias de Laura Palmer" eu e as minhas amigas não pensámos duas vezes e fomos vê-lo ao cinema; embora fosse para maiores de 18 fomos à mesma. Essa noite foi mega-adrenalina, só miúdas no cinema e todo aquele ambiente de suspense do David Lynch, adorámos mas também sentimos assim uma certa cagufa vá :D
Tenho para mim que terei de arranjar algures um streaming das primeiras duas temporadas do Twin Peaks para me preparar para a estreia da 3ª temporada já em abril ou maio deste ano. Isto é caso para dizer, Que já não se fazem séries como antigamente :DD


Impressionante o que 25 anos fazem às fisionomias...

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11 de janeiro de 2017

Dilemas do meu serão

(Livraria Lello em 2008, quando eu tranquilamente tomava o meu café no varandim e fotografava o espaço quase vazio)

Leio e adormeço no sofá ou escrevo e fico hiperativa?
Ando sempre com estas questões quando finalmente se instala o silêncio em nossa casa.
Este ano gostaria de ler mais, ou melhor, gostaria de ler! Não tenho lido nada mais longo do que artigos nos jornais online, perco-me a saltar de uns para outros; nem revistas tenho lido, simplesmente não consigo arranjar tempo sossegada e acordada porque há sempre barulho, há sempre brigas, há sempre alguém que quer um copo de água ou procura um brinquedo perdido num buraco qualquer. Não dá!
Podia efetivamente ler um livro de contos, algo mais curto mas agrada-me mais as narrativas mais longas... O problema é mesmo dar continuidade e ritmo a uma empreitada de 300 ou 500 páginas e não tem sido mesmo fácil, eu bem tento mas acabo por interromper um dia, mais outro e quando dou por mim, já tenho o livro pousado ("arquivado") há um par de meses na mesa de cabeceira.
Embora leia pouco, não deixo de comprar um ou outro título e tenho uns tantos em mente para comprar, assim como tenho filmes para ver ou séries mas isso confesso que temos conseguido viabilizar muito graças aos streamings disponíveis na net que isto de ir ao cinema está pela hora da morte.

Numa tentativa de concentrar os meus desejos literários andei em busca de uma app ou algo semelhante para listar os títulos que quero ler ESTE ano e embora não tivesse encontrado nada exatamente como eu queria, acabei por descarregar a app Soon. Nesta app é possível reunir por temas de interesse coisas que se pretendem fazer em breve (soon, lá está), as categorias são fixas e isso é chato embora possa ocultar as que não me interessem, mas por exemplo, eu queria criar a categoria de Temas de Escrita (para os conteúdos deste blog e do Eu, Mãe) e a app não o permite, o que é uma valente seca. Ainda assim, consegui inserir títulos de livros portugueses com sinopses em português, não está mal; por outro lado se apontei o MAAT como museu a visitar em 2017, a app insiste em não localiza-lo em Lisboa. Há muitas pontas soltas a melhorar nesta aplicação, no entanto, para os livros já serve vá... Fica a dica ;)





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7 de janeiro de 2017

A festa mais rija é aqui!


Quase tão emocionante como o Natal, a festa de São Gonçalinho é O evento do ano para os meus filhos. Mal chega a passagem de ano começam logo a contar os dias para o lançamento das cavacas e que vão apanhar muitas e que estará um mar de gente e o frio e tudo e tudo. Desta vez as primas e os avós também nos acompanharam e foi uma risota total. Os avós do Minho e o avô Zé ainda não tinham visto nada semelhante e a festa não desiludiu, fartamo-nos de apanhar cavacas, corremos algum perigo mas nada nos demoveu a não ser o pôr do sol e aquela humidade fria que se começa a instalar. As primas acharam esta festa demasiado radical mas para o ano que vem de certeza que vão olhar para isto com outros olhos :D
Nós adorámos e vamos lá ver se ainda voltamos que a festa dura até terça-feira!









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6 de janeiro de 2017

Momentos de concentração total

Há umas semanas presenciei um facto curioso.
Estava uma menina no balneário do ballet a fazer os trabalhos de casa e uma série de outras crianças a fazer uma barulheira dos diabos ali mesmo ao lado. Confesso que tive uma certa pena da miúda estar ali "naquelas condições" a fazer os deveres, mas o facto é que ela parecia esta bastante focada na sua tarefa ignorando totalmente as colegas...
Fiquei a pensar naquilo e sobre a exigência que fazemos aos nossos filhos quando os matriculamos em várias atividades em simultâneo com a escola normal e que lhes sobra pouco tempo para sequer fazer os TPCs com sossego quanto mais brincar ou descontrair.
Curiosamente passados poucos dias este cenário repetiu-se connosco!! Eu nem quis acreditar no que os meus olhos viam quando num pequeno intervalo entre aulas no conservatório a minha filha fez os trabalhos de casa de matemática num abrir e fechar de olhos!! Os pontos de exclamação são poucos para exprimirem o meu pasmar, verdade!
Em casa, ou no nosso escritório passam-se verdadeiros dramas de faca e alguidar para que ela conclua um exercício quanto mais uma ficha inteira. Pois naquele dia, sentada na escada e rodeada de imensa gente que falava e passava a minha filha fez os deveres com uma descontração que me chocou. Fiquei então a saber que a minha filha também era uma "daquelas pobres crianças" que não têm sequer tempo de qualidade de estudo, coitadinha.
Pergunto-me então, se vale a pena ter a casa em silêncio e eliminar factores de distração quando na verdade o foco no dever pode concretizar-me até em ambientes caóticos?

Vivendo e aprendendo, essa é que é essa!


nota: a minha filha não teve notas brilhantes e continua a trazer recados de total abstração em sala de aula, mas de um modo geral é boa aluna tanto na escola, como no conservatório e no ballet. Fico verdadeiramente impressionada com esta capacidade de concretização que não é só dela, mas de todas as crianças que me são próximas e que levam este ritmo alucinante de vida durante a semana!

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3 de janeiro de 2017

VERDE


A cor que a Pantone escolheu como "A cor 2017" é muito Eu. Embora eu não tenha roupas neste verde lima, é sem dúvida uma cor que muito me agrada e que automaticamente me remete para as minhas plantas, ou como diz o meu marido, a nossa selva amazónica doméstica... homens!
Por aqui anda tudo em modo inverno, a maioria das minhas plantas fica meia adormecida mas recentemente comprei um feto e para meu enorme espanto é das plantas mais manhosas que já comprei. É extremamente sensível à falta de água e todos os dias tenho de o regar caso contrário começa logo a murchar e a perder folhas!! Ainda assim é uma planta linda, delicada e que enche imenso um canto de qualquer divisão.
Ao contrário do que fazia durante os tempos da universidade, em que gostava imenso de comprar cactos e bonsai, agora acho muito mais divertido comprar plantas mais convencionais, se é que se pode dizer isso. Para o meu marido já atingimos o ponto crítico de flora doméstica, mas sem que ele dê conta ainda vou comprar mais umas quantas espécies MUAHAHAHAH!!!





Deixo-vos algumas favoritas do momento e caso queiram esta é a minha pasta do Pinterest só desta área.




2 de janeiro de 2017

Programas com os mais novos e os mais velhos

Logo no início das férias escolares surgiu a oportunidade de irmos a Lisboa com os miúdos mas curiosamente a minha mais velha e o primo mais velho não podiam mas não demos o caso por encerrado então eu e a minha irmã fomos com os pequenitos ver o Pai Natal e fazer mais uma série de coisas fixes. Chegados ao Parque Eduardo VII o ambiente era de festa e os miúdos ficaram numa excitação "normal para a época" :D

Depois de terem corrido desalmadamente pelo relvado e de os termos chamado 730 vezes lá conseguimos fazer alguma coisa e eu confesso que não descansei enquanto não enfiei uns patins nos meus pés e também nos do meu mais novo. É certo que a criança só tem 4 anos mas eu não pude mesmo desperdiçar a oportunidade de patinar depois de tantos anos parada (já não patinava no gelo desde os 9 anos!!) e tive de o arrastar para a pista comigo.


Inicialmente ele ficou muito entusiasmado mas assim que pôs os pés no "gelo" (era uma pista artificial) a coisa mudou um pouco de figura. Não quis muito que eu me afastasse sobretudo no início, mas depois com os amigos lá se descontraiu e até foi com eles dar umas voltas. O primo mais novo não foi, a minha irmã foi mais prudente, mas ficaram a ver-nos e curtiram imenso a nossa performance :D

O nosso dia com os pequenitos foi muito bom e quando chegámos a casa a excitação com que ele contou à mana o que andou a fazer fez com que ela ficasse tão triste por não ter ido... Ainda assim a experiência dele me ter tido só para si durante aquela tarde foi muito boa. Olhando para trás creio que ainda não tinha acontecido sair apenas com ele para um programinha a dois (não foi bem a dois mas quase :)) ) e terei de o compensar mais vezes porque a irmã já tem uma certa vantagem muito por conta das férias escolares é certo.

***

Os mais velhos ficaram mesmo, mesmo tristes porque não foram patinar, então nós levamo-los passados uns dias ao Porto para a pista de gelo (verdadeiro!) da Boavista e eles de-li-ra-ram.
Ela não falava noutra coisa senão em ir patinar, que era o sonho dela, que já sabia (!!) e mal calçou as botas foi uma loucura que mal aguentava pisar o gelo.


A experiência correu muuuuito bem! Julgo que a minha primeira vez no gelo também foi aos sete anos portanto não fiquei com medo que ela se saísse muito mal. Ela foi muito cautelosa a andar, na verdade até deslizou pouco, mas em uma hora de patinagem só caiu uma vez, o que foi óptimo. Quando caiu ficou bastante desmotivada, choramingou e quis ir embora, mas foi coisa de poucos momentos porque logo de seguida já se pôs a mexer e seguiu o caminho dela.

Devo dizer que fiquei bastante orgulhosa dela, na maior parte do tempo ela quis andar sozinha. Ia de um lado ao outro da pista, ia vendo se eu estava por perto mas quis sempre andar solta. De vez em quando eu puxava-a só para ela deslizar mais, mas rapidamente ela me mandava embora :D




O momento em que ela e o primo partilharam um grande tombo. Após o choque inicial, foi tempo de continuar a tentar e não desistir!



A nossa tarde maravilhosa continuou nos carrinhos de choque e depois com um mega crepe de chocolate e os miúdos não podiam estar mais felizes. Eles e nós!! :D
Depois desta experiência de patinagem já está confirmado que é este ano que vou comprar uns patins em linha, uns para mim e outros para ela claro!



1 de janeiro de 2017

De 31 para 1


No último dia de 2016 achámos que seria uma boa ideia subir a serra. Inicialmente o plano tinha como destino a Serra da Estrela mas uma amiga minha que lá estava disse que já só havia gelo e demasiada gente, então cortámos no Caramulo e tivemos direito a uma tarde maravilhosa de fim de ano. Mal chegámos fomos almoçar e comemos uma bela vitela de Lafões (fões fões fões - private joke); depois seguimos para o Caramulinho que não conhecíamos e ficámos maravilhados com a sorte que tivemos.



Esteve um dia ímpar na serra, muito sol, nem ponta de vento e quase ninguém que cruzasse o nosso caminho - perfeito! Mal estacionámos o carro os miúdos ficaram em êxtase com a "grande montanha" que íamos subir. Para a nossa sorte facilitaram a subida com muitos degraus em granito e uns corrimões que rapidamente nos puseram lá no alto. Ela foi sempre à frente, sempre despachadona a dizer-nos o que iríamos encontrar e quando chegou ao topo andou sempre a saltitar de um lado para o outro.

Lá em cima a vista não desiludiu, dava para alcançar a Serra da Estrela (com o cume branquinho) e também se via Aveiro. As eólicas todas paradas, não se ouvia vivalma tirando os badalos de um rebanho que andava lá por baixo com um pastor.






 Ainda estivemos no miradouro um grande bocado e pudemo-nos sentar e contemplar a vista e o sol que ía baixando a oeste; para o último dia do ano, este foi sem dúvida um local espetacular para pensar um pouco na vida.


Os miúdos gostaram imenso de subir esta montanha, embora o Vasco tivesse por vezes medo de subir ou descer sozinho, ao fim de algum tempo também já andava a acompanhar a irmã.


 Entretanto descemos e regressámos ao Caramulo e fomos visitar o Museu do Caramulo onde fomos agradavelmente surpreendidos. Nós já sabíamos que existia a coleção de carros e de arte mas efetivamente este museu é um pequeno oásis artístico nesta zona do país.


A coleção de arte é bastante abrangente e incide bastante nas manifestações e representações artísticas nacionais. Pudemos ver peças que recuavam ao período da ocupação Romana até ao séc. XX onde tivemos a felicidade de ver na mesma sala pinturas, esquissos e cerâmicas de Helena Vieira da Silva, Rodin, Chagal, Amadeo de Sousa Cardoso, Miró e Picasso e é sempre emocionante estar tão perto destas obras!!


Os miúdos adoram, interpretam as coisas à sua maneira e já começam a reconhecer alguns nomes bem comuns do seu dia-a-dia como por exemplo esta chávena da Vista Alegre ainda do período em que andavam em testes de fabrico!!


(Vieira da Silva, Amadeo de Sousa Cardoso, Picasso, Miró, Chagal... lindo!)

Depois da secção de arte seguiu-se a parte de automobilismo e colecionismo de brinquedos antigos, muito fixe também!



Depois do museu ainda fomos a Molelos comprar umas peças de barro negro. O barro não é negro mas o acabamento fica assim devido ao modo de cozedura que nós já conhecíamos e apreciamos bastante por ser muito característico. A noite de fim de ano passámos com os avós e hoje aproveitámos para fazer um almoço especial só nós os quatro em que já usámos os nossos barros pretos, simples e minimalistas.

Este post já vai longo, mas olha fica a sugestão de passeio muito simples mas que abrange várias áreas de conhecimento e divertimento!!
Um Excelente ano!!