ricos dias

As nossas férias foram tal e qual como eu havia imaginado, pelo menos a maior parte delas.
Estivemos numa casa gigante que recebeu 8 pessoas, umas cheias de vontade de recuperar energia e outras ansiosas por gastá-las. Passámos quase duas semanas sem televisão, sem computador, sem internet, com os telemóveis desligados horas a fio, alternando entre a praia e a piscina, alguns passeios e visitas familiares. Podíamos ter dormido mais, podíamos ter saído mais, não conseguimos fazer algumas coisas que tínhamos planeado, mas também fizemos outras tantas de improviso, conversámos imenso.
As crianças brincaram loucamente, berraram loucamente, chegavam à noite exaustas de tanta atividade física e acordavam no dia seguinte frescas como alfaces.

Eu que ando sempre de máquina em punho demorei 3 dias até fazer a primeira fotografia. Não me apeteceu, quis ficar a ver, observar e não estar a pensar em enquadramentos, aberturas e velocidades. As vezes que peguei na máquina tirava umas dezenas de fotografias e depois deixava-a num canto. Pesava-me. Cansava-me. Distraía-me do mais importante - brincar e desfrutar.
Naturalmente que em oposição a este sentimento, pegava nas máquinas analógicas (levei duas) e tirava dois ou três retratos que pareciam que demoravam eternidades para saírem, mas eram apenas duas ou três fotografias e eu regressava.

Já não me lembrava de como era tirar tantos dias de férias, a última vez que saímos foram aí umas 3 ou 4 noites e já foi há 3 anos... Desta vez foram Férias, como as de antigamente, e souberam mesmo bem. Realmente é isto que levamos desta vida, esforçamo-nos, trabalhamos, ralhamos, mas depois damos muito valor a determinados momentos, horas infinitas, o riso dos outros, as histórias dos outros. Não há melhor e já estou com sede de mais.

Foi óptimo!