13 de junho de 2017

Uma volta pela história da arte


Quando fomos às Caldas tivemos também o aniversário do nosso sobrinho mais novo e aproveitámos a ocasião para ficar em Lisboa. No dia seguinte fomos então fazer aquilo que mais gostamos: passear!! Enchemo-nos de coragem e fomos para a zona de Belém que tal como imaginámos estava APINHADA de gente, incontáveis excursões, uma caminhada qualquer, ruas totalmente cheias de gente e carros mas ainda assim mantivemos o nosso plano.



O nosso primeiro ponto de paragem foi o novo Museu dos Coches. Eu já o conhecia bem no antigo edifício mas desde que abriu a nova "garagem" ainda não tínhamos tido oportunidade de visitar. Tivemos sorte que apanhámos as entradas gratuitas para assinalar a reabertura desta exposição. Ao que parece o novo espaço quando abriu não foi consensual na distribuição dos coches nem tão-pouco na sinalética ou cronologia, portanto abriu, fechou e reabriu com tudo organizado, bem iluminado e datado. Pessoalmente confesso que foi com muito cepticismo que vi a criação deste espaço, na verdade não havia necessidade no entanto foi com agrado que vi os coches renascerem da escuridão que era o antigo espaço. Agora a observação do espólio é desafogada, limpa, podemos circular em torno de cada carruagem e muito sinceramente a coleção saiu valorizada e isso para mim já valeu a pena a mudança, contudo há sempre muitos problemas colaterais que enfim todos sabemos que são desnecessários como os orçamentos de obra que derrapam, a despesa energética que é brutal, etc etc etc

Foquemo-nos então no principal, as reações dos miúdos. As crianças gostaram imenso claro, pudemos explicar-lhes com detalhe a evolução do coche até ao automóvel, eles viram os pregos, os detalhes decorativos, o brilho da talha, o início dos transportes coletivos, de elite e de serviços, acho que compreenderam bem a mensagem do museu. Gostaram também imenso das projeções que havia nas paredes e que ajudavam a contextualizar os coches, o ambiente minimalista do espaço é também complementado com música barroca e fica muito muito bem.

 "Mãe, agora tira-me uma foto com o coche"

Este coche dos oceanos é um verdadeiro sucesso e da maneira como está exposto não é caso para menos. Não me recordo de ter este impacto no antigo espaço, de facto...

As projeções multimédia sobre a coleção - ajudaram na contextualização histórica e documentação dos processos de restauro e conservação.



Na rua tivemos a oportunidade de ver um bocadinho do render da guarda em frente ao Palácio de Belém (não sei o nome mas já tinha visto esta parada quando era miúda).

Depois de almoçarmos continuamos o nosso passeio do outro lado da linha de comboio e fomos ao MAAT. O contraste não podia ser maior e creio que as imagens falam por si. Lisboa está uma cidade tão linda quanto caótica mas é sempre um prazer regressar, passear e mostrar todas estas novidades às crianças.






A exposição no MAAT era sobre as cidades, a utopia, o caos, o futuro. As crianças embora consigam identificar os objetos porque são na sua maioria de uso quotidiano, a verdade é que por vezes ficam bastante impressionadas com as instalações. Consegue identificar mensagens de guerra, de mensagens em excesso, gostam sempre muito das projeções!




Realidade aumentada, um sucesso.





Tão bom como a exposição foi a subida ao topo do edifício :D "Não é todos os dias que podemos andar no telhado de um prédio" diziam eles :D
A vista vale muito a pena, a arquitetura é muito impactante, vale a pena cá vir sem dúvida, mas achei o espaço interior pequeno, ou pelo menos imaginei que a exposição fosse mais extensa e isso foi pena.





À esquerda o Museu dos Coches, à direita o MAAT e Museu da Eletricidade.

Uma das coisas que mais gosto, o antigo e o contemporâneo sempre em simultâneo.

Os meninos também viram Jacarandás em flor com fartura.

Por fim ainda arriscámos os Jerónimos. Eram hordas de turistas socorro! Ficamos-nos apenas pela igreja e nem nos atrevemos a meter na fila para os claustros. Deu para visitar Camões e Vasco da Gama, explicar o que é o estilo Manuelino e ficar impressionado com a diferença que era visitar todos estes espaços há meia dúzia de anos praticamente vazios e agora é o verdadeiro teste aos nervos.



Por fim missão cumprida, muita cultura visual, um dia em cheio e crianças esgotadas ;)
Pode ser que em breve voltemos.

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