24 de dezembro de 2017

Por aqui...

De repente chegámos ao Natal.

O primeiro período correu bastante bem, muita correria como o costume, mas com muito proveito.
Pela primeira vez, desde os 4 anos dela, este ano letivo não tivemos ballet. Deixámos cair esta atividade por alguns motivos, mas o mais importante foi ela ter-se apaixonado pela natação e não querer de maneira nenhuma regressar ao estúdio e aos ensaios. Com muita pena minha acatei o pedido, mas confesso que não foi uma decisão difícil de tomar.

O violoncelo também anda de saúde. Ela cresceu tanto no verão que o instrumento já está mais à medida, falta ainda uma força extra no braço e acertar o posicionamento dos dedos que as afinações começam a sair mais perfeitas.

Na escola tudo a correr bem. Pela primeira vez vejo que ela anda mais entusiasmada com a escola, com as matérias, vê a tabuada em todo o lado, quer explicar coisas ao irmão, vai lendo à noite (de forma intermitente, mas vai lendo) e as rotinas vão fluindo com aquela naturalidade própria de quem tem horários semi-rígidos a cumprir.

O mais novo lentamente vai-se despedindo do jardim de infância. A última fotografia de grupo, a última festa de natal e tantas coisas que fará pela última vez até julho quando se despedir de vez. A escola primária é um assunto cada vez mais presente nesta casa, ele quer fazer somas, ele escreve o nome, joga UNO, ouve a irmã com atenção e será toda uma nova fase por aqui.


Nós por cá andamos a equilibrar estas vidas. Este ano não foi particularmente fácil mas tudo parece estar encaminhado para que o ano que aí vem seja melhor.
Este foi o ano que escrevi menos e talvez isto se mantenha no futuro, não sei... Há certas alturas em que tudo me parece demasiado banal, que não vale a pena ser partilhado, que me sinto condicionada. Por menos que eu queira saber do que se passa por aí, a realidade entra-nos pelo cérebro dentro, satura-me tanta sacanice, tanta ganância e este ano foi fértil em casos chocantes de negligência, de abuso de poder, violência, tragédias. Tudo em conjunto é por vezes demasiado para processar e isso afasta-me do computador e reduz a zero todas as opiniões que eu possa formar.

A melhor parte de todas estas minhas insónias foi eu ter dado uma espécie de "segunda oportunidade" à fotografia. Reativei o meu portfolio, redesenhei o layout, publiquei muita coisa que estava guardada e coisas boas começaram a acontecer: mais fotografias, pessoas novas, trabalhos diferentes e a reavaliação das minhas capacidades.

Agora resta-nos saborear as festas, estar em família, desfrutar deste momento de acalmia e ansiar pelas novidades de 2018! Vamos fazer deste próximo ano, um Grande Ano, e não sou só eu que o peço, é a minha família, é o meu trabalho e sobretudo as pessoas de quem eu gosto imenso, as minhas amigas do coração.

Que 2018 seja no mínimo Extraordinário!!!










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