21 de junho de 2018

O Bicho Papão existe mesmo

Capa da revista Time, julho 2018

Ontem estava uma trovoada dos diabos; a certa altura caiu um raio aqui muito perto, o que provocou um trovão muito intenso, daqueles que até parecem fazer estremecer o prédio. Os meus filhos, que estavam à janela a apreciar a trovoada, assustaram-se com o estrondo e o meu mais novo por pouco não desatou a chorar com o susto que apanhou, procurou logo o meu colo.

Estes são os medos dos meus filhos.
As suas preocupações resumem-se a chegar à hora marcada nas festas de aniversário, ter os trabalhos de casa feitos, saber identificar notas nas pautas. Reclamam se as bolachas acabaram e pedem mais, disputam o tablet e o comando da TV e têm liberdade para vir para a cama dos pais.

O que se passa atualmente nos EUA e também em vários pontos do mundo, incluindo a civilizada Europa é algo que ultrapassa qualquer adjetivo. Crianças utilizadas como escudos polítcos!! Crianças detidas em cenários aterradores onde os adultos que as guardam têm ordens para não demonstrar afeto. Adultos, chefes de governo, representantes de países civilizados estão deliberadamente a destruir uma geração inteira de futuros adultos. Nenhuma criança, jamais deveria passar por algo sequer semelhante! Se me disserem que há crianças que passam ainda pior do que estas na fronteira dos EUA, infelizmente não poderei duvidar que isso seja possível. Neste momento, acredito que o ser humano é mesmo capaz de se superar em crueldade e frieza para com o seu semelhante. A troco do quê??

Ando em total agonia, não é de agora, mas cada vez o sentimento é mais horrível, insuportável! Quando vou espreitar os meus filhos, que inocentemente dormem tranquilos, só penso que se de hoje para amanhã também nos tornarmos refugiados, o que faremos? Caminhamos a passos largos para uma ruptura geral de falta de respeito, de humanismo, de cultura, de empatia...

O que pensar?! E pior! o que fazer???

Para quem quiser ler mais sobre este assunto deixo aqui alguns links que podem ajudar a documentar-nos mais um pouco:

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