25 de dezembro de 2015

O nosso Natal foi muito booom!


E puff!! passou o Natal!
Este ano, e pela primeira vez, convenci os meus pais de que poderia ser uma boa ideia fazermos o natal cá em casa. Após algumas negociações e debates, a minha proposta saiu vencedora, viemos todos para cá e a mana, cunhado e sobrinhos também cá dormiram e foi uma algazarra. Foi tão grande e boa a festa que as fotografias são poucas e de qualidade duvidosa, estive mais concentrada no jantar e na brincadeira deles do que propriamente a tirar fotografias e perder tudo o resto...

Fizemos algumas modificações na sala, trouxemos a mesa de reuniões do escritório e fizemos uma mega mesa quadrada onde sentámos 13 pessoas. Decorei apenas com frutas e velas, adoro tangerinas e foi com elas que fiz dois mini-centros de mesa muito simples mas eficazes. Comemos o bacalhau com couves da praxe, as crianças vibraram, os adultos aprovaram e toda a gente conviveu alegremente que foi o que se quis.


Pela primeira vez também, já em muitos anos, abrimos os presentes das crianças à noite. Estavam os pequenos a jogar ao clássico Jogo da Glória quando de repente as luzes da varanda acenderam misteriosamente. Fomos espreitar e estavam dois presentes à vista, foi o que bastou para que os miúdos enlouquecessem e saíssem disparados aos gritos para a varanda onde o Pai Natal deixou uma pequena montanha de embrulhos. E o Natal vale mesmo por isto, por estes breves minutos de loucura, de inocência e de excitação por desembrulharem aquele brinquedo que queriam tanto.


Depois de brincarem e verem tudo, foram despachados para a cama. Dormiram os 4 no mesmo quarto numa loucura que já esperavam há semanas, passado um grande bocado, fui lá espreitar e dormiam ferrados, esgotados. Tão bom**


Na manhã seguinte e após uma lentidão imensa ao pequeno almoço, conseguimos largá-los no parque para correrem, correrem, gritar e libertar toda a energia que estava acumulada. Depois as festas prosseguiram na casa dos avós para o almoço de natal que cá em casa é com perú e outras lambarices que tais. Foi sem dúvida um natal memorável, venham os próximos!


16 de dezembro de 2015

músicas para a nossa semana

A nossa semana está a oscilar entre o caos e o drama, pelo meio temos momentos natalícios.


(o vasco gosta muito desta versão que o papá lhe mostrou, muito enérgica vá)


(Vasco ensaia para a festa de natal em plenos pulmões a toda a hora)


(Leonor anda com a cabeça na lua e só pensa em ensaios, velas e anjinhos e quebra nozes)

Nós havemos de sobreviver a mais uma época natalícia frenética!

15 de dezembro de 2015

No penso callar



Vi este filme ontem e acho que é nas pequenas coisas que devemos refletir sobre a liberdade de expressão.
Quando um manual escolar diz que o céu é azul e que a criança o deve pintar daquela cor, está a condicionar a sua imaginação, a sua liberdade de expressão. Isto é coisa para me chatear.

Curiosamente, numa das primeiras reuniões com a professora, foi-nos mostrado um desenho da Leonor que representava um gato laranja mas que tinha o rabo verde. A professora pegou justamente naquele desenho por o ter achado "o máximo" e nós, que estamos habituados àquele registo ao estilo "Alice no País das Maravilhas", não podíamos ter ficado mais contentes com aquela observação.

Da parte que nos toca, pedimos sempre que deixem as crianças pintar como elas quiserem, sem barreiras, é uma questão de princípio, já bem basta todas as outras condicionantes da vida...  É também importante incutir na criança, a ideia de que ela pode e deve fazer valer as suas opiniões, que tem esse direito e que, com uma argumentação inteligente (e sempre educada) consegue passar o seu ponto de vista a quem insiste no contrário.

Para saber mais sobre o filme, sigam o link.

13 de dezembro de 2015

Frases Mistério

Estamos no final do primeiro período e parece-me tempo de refletir sobre o como foram estes primeiros meses de escola primária, ou básica como agora se diz e que não há maneira de me habituar. Ela já fez as fichas de avaliação mas não sabemos no que resultaram. Pelo que às vezes vejo na hora dos TPCs tenho para mim que vai deixar tudo ou quase tudo por fazer. A minha filha vai receber uma medalha por ser a criança mais dispersa de Portugal. Eu que achava que se calhar ela ía cair na real passado um mês, a verdade é que continua super distraída e sem a noção de que isto agora é p'ra valer. Ao fazermos os trabalhos de casa, que continuam a ser ao fim-de-semana, vejo que ela sabe ler dentro das palavras que já aprendeu; também já soma e subtrai sobretudo utilizando as mãos e objectos pequenos, mas se eu não estou a ali de pedra e cal basta um segundo e a coisa já descarrilou.

Hoje estávamos a terminar o jantar, aliás até estávamos a comer castanhas assadas, quando de repente me levantei, fui buscar o caderno de rascunho dela e escrevi a seguinte frase:

"A Leonor é uma pateta."

Dei-lhe para ler e disse que era uma frase mistério. Ela pegou no caderno intrigada e começou a ler uma palavra depois da outra sem ajudas, quando chegou à última não achou que estava a ler bem e quando confirmou connosco fartou-se de rir e foi a primeira vez que ela achou que ler era mesmo uma coisa espetacular. Depois dessa frase seguiram-se várias outras "frases mistério" todas dentro desse género sobretudo ligadas a nós e ao que costumamos fazer, ela adorou e até escreveu umas coisas da sua autoria. Foi um momento muito giro em que a vimos tão empolgada na leitura e na escrita que nos deixou um pouco mais tranquilos.

Isto de ter filhos na escola e tudo o que o processo envolve não é nada fácil. Acho que por ser o primeiro filho a passar por isso ainda torna a coisa mais intensa, queremos fazer muito por eles, interceder, saber tudo ao pormenor e quando vemos que as coisas não correm como o (nosso) esperado a frustração pode ser grande e nisto falo por mim que já estava descrente em todo o processo. Ainda que os resultados das avaliações possam vir fracos, a verdade é que na prática a coisa está a compor-se, felizmente!!

(e como é por aí?)

10 de dezembro de 2015

Encontro Imediato com o Pai Natal Sósia


No feriado ficámos por cá e ao fim da tarde, depois de muuuuuitas fichas fomos dar uma volta. À medida que os anos vão passando vou ficando cada vez mais mole face aos meus princípios super rigorosos sobre os presentes de natal, o que eu gosto e o que os faz mesmo feliz. Antes de termos filhos temos sempre muitas certezas sobre como vamos educar as nossas crianças, sabemos também muito sobre os filhos dos outros, mas quando sentimos as coisas na pele começamos a pensar duas ou três vezes sobre o mesmo assunto. Se antes eu achava abominável toda esta treta de acreditar no Pai Natal, que não devíamos incentivar esta história e tudo isso, agora já penso exactamente o contrário.

A Mãe é uma criatura que engole muito sapo.

À medida que eles crescem começam a pedir coisas mais concretas para o Natal, dizemos e reforçamos que só podem pedir mesmo UM presente, aquele mais especial e que é aquele que o Pai Natal irá trazer. Nesta fase não me importo mesmo de alimentar esta fantasia e de lhes tentar proporcionar exactamente o brinquedo que tanto desejam, não me importo porque sei que isto é coisa para durar muito pouco e eles crescem tão depressa que sinceramente me estou a borrifar se lhes vou dar uma traquitana plástica Made in China, porque na verdade, era mesmo isto que eu também queria quando tinha 6 anos. Se a minha filha é feliz a trocar os vestidos das bonecas 1500 vezes, então que receba mais um vestido para trocar às bonecas, porque hei-de eu negar uma coisa tão simples e inofensiva? Acho que não vale mesmo a pena, sobretudo porque só recebem presentes duas vezes por ano.


Na nossa voltinha passámos pelo staminé do sósia do Pai Natal. Desafiámo-los a ir ter com o senhor, que era ele quem transmitia os recados dos meninos de Aveiro e que seria a ele que lhes deviam contar o que realmente gostavam de ter. Passámos a primeira vez, eles observaram mas o medo das barbas e luvas e barrete foi grande e seguimos em frente. Fomos lanchar ao coreto mais fofinho da cidade e já estávamos quase a vir embora, já era noite, quando a Leonor perguntou se não voltávamos à tenda do Pai Natal. Claro que dissemos que não (!) que já era tarde e tudo e tudo, mas foi só para ela insistir :) Disse que não tinha medo que tinha de lhe falar sobre o tal presente que ela mais quer e assim foi. Voltámos à tenda, ela enchei-se de coragem, sentou-se no perto do Pai Natal Sósia e fez o pedido dizendo que queria "mesmo muito".

O que tem de ser tem muita força. Recebeu um chocolatinho e ficou super contente por ter superado este desafio. O irmão não foi nisso, ficou escondido atrás de mim, mas no fim, deu uma corrida rápida só para receber um chocolatinho que o Sósia insistiu em dar, mas nada de conversas ou trocas de olhares que o senhor tinha luvas, que horror!

Agora olha, está o pedido feito... tenho de me conformar :D


5 de dezembro de 2015

O primeiro cinema dele

(Temos tido dias muuuuuito corridos e até têm acontecido coisas giras, mas não há condições...)



Ainda assim, acho que vale a pena registar aqui a primeira vez que fomos com os dois ao cinema.
Já por causa das coisas comprámos os bilhetes na véspera, tal como as pessoas super organizadas. Infelizmente estávamos descansados em casa a lanchar e a molengar quando eu achei que seria boa ideia confirmar a hora do cinema e a hora era mesmo AQUELA e nós em casa!!!

À nossa boa maneira, e que já tenho relatado aqui um ou outro acontecimento deste género, saímos de casa a correr com torradas pela mão e leites bebidos de uma virada. Chegámos perto do cinema e mega fila de trânsito pra o supermercado, um clássico... Nesta altura já estávamos atrasados 10 minutos, ou seja, o filme estava a começar depois da publicidade habitual. No parque de estacionamento saímos os três do carro e só tive tempo de lembrar ao pai a letra da nossa fila e fomos depressa para o cinema. Ao chegar ao cinema ninguém à porta para fazer o check in, entrámos sem picar o bilhete, milagre! Já estava tudo escuro e o mais novo foi pelo meio tentando não cair pelos degraus da sala. Sentámo-nos e já estava a dar o filme, mas passados breves instantes acabou (!!!) e só aí me apercebi que era uma curta-metragem que antecedia o "nosso" filme - SORTE!

Entretanto o pai chegou, também sem fazer check in e tudo prosseguiu dentro da normalidade.

Foi então assim a primeira vez que o nosso mais novo foi ao cinema. Fomos ver A Viagem de Arlo e acho que acertámos em cheio, ele no alto dos seus 3 anos e quase meio adorou cada momento. Primeiro ficou durante um tempo de boca aberta a contemplar a televisão gigante que tinha à sua frente, eu fiquei ao lado dele e fui reforçando alguns momentos do filme com pequenas explicações de modo a que ele ficasse mais contextualizado. Ele vibrou imenso ao longo do filme, imitava os dinossauros com rugidos, dizia ao Arlo para fugir, uma fofice. No intervalo apercebeu-se da quantidade de gente que estava na sala, muitas crianças, estava cheia! Claro que comemos umas pipocas e eu adorei quando ele tratou me de fornecer a minha parte visto que o balde estava longe de mim, tão querido.

Quando saímos ele ainda estava assim numa espécie de estado de choque com toda aquela experiência e eu acho que vale bem o dinheiro que se gasta só para ver as caras deles :D


(estes dinossauros "Cor de pele" como ele dizia, foram os personagens preferidos dele e que ele imitou em alto e bom som no cinema :DD )