10 de janeiro de 2016

sobre ter um beliche


Já há muuuuito tempo que ando para falar um bocadinho da nossa experiência com o beliche, agora é que é! Por vezes tenho amigas que me perguntam onde o comprei, se estou contente, se acho prático, se não tenho medo que um deles caia lá de cima...


A verdade é que tanto as crianças como nós, continuamos a gostar deste modelo empilhado para dormir :) O quarto fica mais espaçoso, há lugar para mais brincadeira e sobretudo o imaginário deles é ainda mais estimulado, porque um beliche é também um castelo, uma toca, uma nuvem, uma série de coisas!


Em termos práticos do dia-a-dia confesso que me cansa. Fazer as camas de lavado é uma seca, demora-se uma vida a fazer esta tarefa, é cansativo e nada prático. Para facilitar opto por comprar lençóis com elásticos, embora sejam chatos de passar a ferro, são bem mais rápidos a esticar no colchão que é o que se pretende. Neste mesmo sentido, uma capa-edredão facilita igualmente a rotina de fazer a cama!
Embora as camas já tenham quase 30 anos, só montámos o beliche há cerca de um ano, mas posso dizer que na altura de escolhermos um beliche novo devemos ter em atenção alguns detalhes.
Sempre que possam, adquiram um beliche que possa ser convertido em camas separadas, nada é para definitivo, sobretudo os quartos das crianças.
Na nossa família há dois beliches, este nosso, e outro na casa dos avós do Minho. Por serem de alturas muito diferentes posso desde já assegurar-vos que vale a pena investir num beliche baixo, o nosso tem 1.55m de altura total e é possível fazer a cama sem subir literalmente para a cama de cima. Ter um colchão estreito (< 90cm) é também um bónus nesse sentido, porque se quem fizer a cama tiver braços curtos (o meu caso) é significativamente mais fácil. O reverso da medalha do beliche baixo é que a pessoa que dorme na cama inferior baterá mais vezes com a cabeça no estrado da cama de cima, mas é uma questão de hábito. Quem faz a cama de baixo também tem que se habituar a não se levantar de repente senão, vai bater na cama de cima. São muito desconfortáveis as cabeçadas que já dei, mas continuo a preferir o beliche baixo :D



Um pormenor que só recentemente me apercebi foi a largura do degrau da escada. O nosso tem cerca de 6cm, o outro beliche tem a secção quadrada de apenas 3cm (ou menos). Numa criança este pormenor pode ser indiferente mas num adulto, sobretudo se for pesado, um degrau muito estreito pode tornar-se muito desconfortável de subir, chegando a magoar quando é pisado na altura de fazer a cama superior! Portanto degraus em tubo, a sério, esqueçam!!


A trave de segurança da cama de cima percorre todo o comprimento da cama e está bastante mais alta em relação ao nível do colchão, pelo que é uma barreira que impede qualquer deslize durante o sono.


O único ponto contra é o medo que eu sinto que um deles se distraia e caia da cama superior. É certo que não é uma grande altura e que qualquer peça de mobiliário pode tornar-se perigosa se for mal utilizada, mas é algo que recorrentemente me ocorre, sobretudo agora, que o mais novo já se atreve a subir as escadas sozinho mas ainda não as desce...

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