11 de agosto de 2011

Medo


Ultimamente ela anda com medo. Ouve um barulhito, fica estacada a tentar identificar de onde vem, é um carro? é o vizinho? é a batedeira? Penso que perto dos dois anos é normal isto acontecer, imagino que deve estar relacionado com a maior percepção da realidade em que estão inseridos e quererem uma justificação para tudo. O facto dela questionar a proveniência de qualquer barulho não é dramática, pelo contrário, no entanto estes "medos" estendem-se durante todo o dia e culminam à noite quando chega a hora de deitar. Até agora nunca tivemos problemas em deitá-la e ela ficar sossegada na cama até adormecer, mas ultimamente ela deita-se e chora, chora e chama pela mãe e é uma chatice quando não estamos na nossa casa pois estranha ainda mais o ambiente. Uma estratégia que tem melhorado o ambiente, é deixar a porta do quarto aberta e uma luz de outra divisão próxima acesa. Já fica mais sossegada e adormece sozinha, é um princípio... Sendo isto uma fase, e que já sabemos que outras crianças também passam por ela, não nos resta outra alternativa senão responder aos seus sustos e dúvidas ao longo do dia e esperar que recupere a confiança em si mesma.

4 comentários:

sofia disse...

é bem verdade...
a minha ficava atenta ao mínimo barulho, até os carros na rua
E o pior, é que por cá, coincidiu com obras no prédio
As sestas só as fazia agarrada a mim...
Que passe rápido

charlote disse...

O meu também tem medo do escuro. Quando era mais miúdo era só um receio de vez em quando, mas agora com dois anos e meio consegue mesmo verbalizar que não gosta do escuro. Mas fica bem com uma luz de presença da Ikea no chão do quarto. Também já teve a fase de perguntar "o que é ito" sempre que ouvia alguma coisa estranha, mas já lhe passou (ou deixou de se preocupar ou habituou-se aos barulhos)

Anónimo disse...

Eu recordo-me de, talvez com mais um ano que a Leonor, andar muito assustada e ter medo de tudo, sobretudo do escuro e de ficar sozinha no quarto à noite. A causa, imagina, era uma colecção de livros de histórias em que havia sempre uma bruxa má!! :-D Hoje acho-os inofensivos, mas na altura causavam-me terror. Conclusão: os meus pais perceberam que algo de errado se passava, conversaram comigo. Eu, cheia de vergonha confessei a causa do medo. Depois de eles me asseguraram que as bruxas só existiam nas histórias, passei a dormir descansada!! Foi remédio santo.

Quando somos pequeninos muitos dos nossos medos vêm do desconhecimento de factos simples (e que para os adultos são evidentes).

Tenho a certeza que o medo da tua Leonor vai passar depressa!

Beijos.

cibele barreto disse...

estamos nesta fase tb! faz parte...mas passa :)

bjos