23 de julho de 2013
24 horas depois: alta!
Kate, és rija pá! Parabéns!
Tenho uma dúvida, cá em Portugal também se autoriza que uma puérpera deixe o hospital passadas 24 horas depois de ter um filho?
Nas minhas aulas de preparação para o parto sempre nos foi incutido que a puérpera não se deve armar em valente e que mais vale ficar deitada a repousar do que andar a cirandar e fazer "coisas"... há situações que até tomar banho e lavar a cabeça(!) podem significar um esforço demasiado grande para muitas mulheres. Ora bem, a Kate chegou, viu e venceu. Pariu um rapagão de quase 4kg (quem diria com aquela barriga tão jeitosinha!) e 24 horas depois está aqui com uma cara espetacular pronta para ir para casa. Isto para mim é um feito, sem dúvida.
Isto é comum em Inglaterra ou foi excepção?
Independentemente da surpresa que isto me causa, devo confessar que acho este acontecimento do mais fofo, estes dois (agora três) são uns queridos e só lhes podemos desejar tudo de bom. Força!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
13 comentários:
Pois também me fez confusão... ou eu sou muito fraquinha (fiquei 6 dias na maternidade) ou a Kate é mesmo muito rija!
Cá acho que num parto normal são sempre as 48 horas de internamento e cesariana 72h.
Mas a Kate deve ter cuidados à espera dela em casa bem diferentes dos nossos. Não quero com isto dizer que nos tenham tratado mal :)...
pois estou como tu, se não estou em erro, só podemos sair do hospital depois de tudo estar a funcionar lá para baixo :D
mas sim, certamente que em casa ela estará mais confortável.
Mas ela não vai para casa fazer esforços nem tarefas domésticas e deve ter todo o apoio médico e de enfermagem à espera dela. Ainda bem que a nós não nos mandam 24h depois para casa, que aqueles dias no hospital sabem muito bem!
pois, é prática comum lá :s eu não me mexia ao fim de 24 horas...
Sim, é normal lá, não foi só a Kate, saem no dia seguinte, vai enfermeira a casa os primeiros dias. O repouso é na mesma aconselhado, mas em casa. Não é por sair do hospital que andam a cirandar, apenas vão repousar no conforto do lar, aos cuidados de uma midwife.
Em alguns países ainda é "pior", vão os médicos a casa fazer o parto! Tipo na Holanda.
Chama-se a isso partos humanizados coisa que realmente aqui em Portugal não existe, quanto mais hospital, mais drogas, mais induções, cesarianas...Melhor! Não é à toa que somos o país da Europa com maior % de cesarianas, partos e puerpérios humanizados não é connosco.
Na Holanda, não são os médicos que vão a casa... O acompanhamento ao longo da gravidez é apenas feito por uma parteira, a mesma que faz o parto em casa. Só e casos de risco é que, após a autorização da parteira, nos podemos dirigir a um hospital por ela indicado. A estadia no mesmo no mesmo, não e grande maioria dos caos não é mais que umas horas...
Não é à toa que Portugal está classificado como dos melhores países da Europa em questões de maternidade.
Portugal pode ser dos países com mais cesarianas, mas a Holanda tem uma percentagem de mortalidade infantil bastante mais alta, sem contar com as varias complicações de partos e problemas de saúde que dai advém para as crianças...
Nem tudo em Portugal é mau, e só damos realmente falta do que é bom quando vamos para fora do nosso país...
Por isso mesmo, é que apesar de já estar na Holanda à uns 3 anos, quando tive a possibilidade de vir ter a minha criança a Portugal não hesitei duas vezes. Sou seguida no Serviço Nacional de Saúde (em Aveiro) não podia estar mais satisfeita.
Carolina Mendonça, não posso estar mais de acordo. Eu também tive duas crianças no hospital público de Aveiro e não poderia ter sido melhor atendida. Há sempre um ou outro pormenor que pode falhar, mas no geral, o SNS é um excelente apoio à natalidade.
Bem eu tive o meu terceiro filho na Holanda há um ano e adorei todo o tratamento. A prática é de facto ser apenas vista por parteiras durante a gravidez mas, talvez pela minha OB em Portugal ser bastante "old school", não senti qualquer diferença nas consultas. Acabei por ter de fazer uma cesariana o que implicou ficar no hospital 3 dias mas quando saí tive direito a uma auxiliar em casa 6 horas por dia durante toda a primeira semana do bebé! Melhor coisa de sempre! Claro que à terceira não precisava propriamente que me explicassem como mudar fraldas ou dar banho mas o apoio na amamentação por exemplo foi essencial.
Não acho mesmo nada criticável as saídas do hospital poucas horas após o parto nestes países que asseguram continuidade dos cuidados em casa. As minhas filhas mais velhas nasceram em hospitais públicos e correu tudo muito bem mas assim que se sai da maternidade (num caso menos de 48h depois do parto, noutro 72h.) é o "you're on your on". E recuperar do parto no conformo da nossa casa com alguém que só está ali para tratar da mãe e da criança é ouro.
Também fiquei surpreendida!
Claro que a moça não terá problemas como lavar o cabelo ou outros quejandos, e provavelmente apareceu assim arranjadinha uns breves instantes, para serenar a populaça e a comunicação social, para logo depois se por em casa, de molho e à espera da subida do leite...
Achei admirável que ela tenha aparecido na boa, com a barriga inchada e tudo...
de qualquer forma, well done, kate! :)
A mortalidade infantil mais alta em certos paises nordicos (como tambem e' o caso do UK) nao e' devido aos partos em casa ou as mulheres sairem cedo do hospital, mas sim porque tem uma maior percentagem da populacao com gravidezes de risco (adolescentes e mulheres acima dos 40 anos) e maiores problemas de saude (obesidade, pressao alta, diabetes, etc.) gracas a' pessima alimentacao que fazem. Na Escocia as mulheres podem sair do hospital 6h apos o parto, se tudo correu bem e mae e bebe estao bem. Depois o seguimento diario nos primeiros 10 dias pos parto e feito por parteiras, e semanalmente nos seguintes 2 meses por uma enfermeira do centro de saude local. Eu que tive a minha filha aqui acabei a ter muito mais apoio no pos parto do que a minha irma que teve os filhos dela em Portugal, e a' borla ja que ela ia ao privado.
Acredito que sim Ana, mas não me parece de todo que uma pessoa se possa queixar do SNS em Portugal. Tal como a Sofia diz, existe um excelente apoio à natalidade podendo haver (tal como em tudo na vida, no privado ou em outros países) um ou outro pormenor que pode falhar.
Mas do que está a ser a minha experiência pessoal nada posso apontar. Para além do Serviço de Saúde em si, tenho aulas Educação para o Parto e Parentalidade no nosso Centro de Saúde e depois da criança nascer podemos tb assistir ao Espaço de Parentalidade I (dirigido a mães/pais de bebés) e mais tarde ao Espaço de Parentalidade II
(dirigido a pais de crianças entre os 2 e os 5 anos).
Eu tive duas experiências diferentes, da primeira um parto com complicações (ambos no SNS) e um período longo de recuperação. Na segunda um parto super fácil e só passei um dia no hospital, no dia seguinte saí depois de almoçar e posso dizer-vos que em casa já fui eu quem fez o jantar. Por isso...tudo depende dos partos. Mas mesmo no primeiro, nunca me deixaram ficar na cama, mandaram-me levantar umas horas depois. E foi duro. O que eu sei, é que num parto natural que corra bem, ficas quase 'normal' umas horas depois. Mas cada caso é um caso. Agora ficar assim com boa cara como a Kate, isso já é mais difícil, mas lá está ela também terá os 'seus meios':D:D:D
Olá, não só é comum em Inglaterra como na Holanda ainda é...pior. Temos uns amigos a viver lá e ela está grávida; há dias contava que poucas horas depois do bebé nascer terá alta. Ou seja, "já se consegue pôr de pé?! Então pode ir para casa!". Ela até comentou que os holandeses brincam a dizer que "hospital não é hotel!". A diferença é que nos primeiros dias tem uma enfermeira que vai a casa fazer o que faria no hospital: tratar da mãe e do bebé.
Enviar um comentário