29 de janeiro de 2015

do entusiasmo

O meu maior defeito (um dos, vá) é o Entusiasmo. Quem me conhece há uma vida sabe do que falo, sabe que não estou a mentir quando frito a paciência de quem está à minha volta com as minhas preferências do momento. Não me recordo de ser assim na infância, no entanto, quando cheguei ao 5º ano não larguei o meu livro de educação musical enquanto não aprendi a tocar flauta corretamente. Andei naquilo algumas semanas e quando já dominava as notas principais comecei a praticar as músicas básicas, dali até ir tocar para o coro da igreja foi um tiro. Durante um ano inteiro fui a ensaios, pratiquei imenso em casa, fui a muita missa e dei secas a toda a gente lá em casa. Quando me  dei conta passei para o órgão, pedi aos meus pais que me inscrevessem numa escola de música, comprei alguns livros do Eurico Cebolo e toca de praticar e pedir um teclado para o natal ou aniversário, que já não me recordo. Ainda demorou uns anos até me passar este entusiasmo de horas e horas a praticar as Danças Húngaras e composições de Bach com claves de Sol e de Fá tudo junto...
Depois da música segui-se a pintura, depois veio a fotografia, depois os Bonsai e os cactos tudo fruto de coisas que eu aprendia na escola ou meros acasos como pessoas que cruzaram a minha vida e que de uma forma ou de outra me influenciaram. Embora reconheça que as minhas preferências andavam (e andam) mais pelo campo artístico, de há algum tempo para cá, o desporto tem despertado cada vez mais a minha atenção. Já aqui escrevi no ano passado, que nunca fui de corridas, que nunca gostei de educação física, que não tenho sequer fatos de treino ou roupa desportiva que se apresente, no entanto, gosto de ver algumas modalidades na TV, por exemplo ginástica, natação e atletismo, gosto nos outros e sei apreciar um exercício bem feito.
Depois de uma ligeiríssima incursão no universo das corridas/caminhadas e de algumas idas ao ballet para adultos, eis que me debruço agora no ciclismo, senhores. Comprei a minha bicicleta há uns 8 anos, ainda éramos solteiros e sem filhos e um dia acordei achei que devia ter uma bicicleta para dar umas voltas. Dei duas e depois exilei-a no Minho, na casa dos meus sogros. Vejam bem, que entretanto já casei, tive duas lindas crianças e a triste bicicleta pendurada na garagem e eu a ignorá-la. Mas agora isto acabou, caros amigos e familiares, resgatei-a há dias e já comecei a pedalar pela cidade e até agora não caí, não me espetei em nenhum carro e já comecei a espalhar o meu entusiasmo do momento :D


Felizmente moramos numa cidade muito jeitosa para o ciclismo, que já tem algumas ciclovias e onde cada vez são mais os ciclistas que andam por aí. A nossa rotina agora passa por deixar as bicicletas no escritório e usá-las para ir a casa almoçar. A distância não é muita, no entanto o caminho é muito agradável e sobretudo fácil e seguro de fazer. Para ajudar à festa saquei logo uma app para ver se faço progressos e para aferir ao certo as distâncias que vou percorrendo. A aplicação Endomondo é muito intuitiva, tanto no site como no telemóvel é possível escolher uma entre muitas modalidades de exercício, cronometrá-lo e saber uma série de informações curiosas sobre o nosso desempenho mas também sobre o percurso em si. É possível também partilhar com os nossos amigos os nossos progressos, desafiá-los e fazer percursos já realizados por eles, parece-me muito porreira!
https://www.endomondo.com


Resta agora saber até quando dura este entusiasmo ;))

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