13 de outubro de 2016

Passeámos por Sintra


Quando estivemos por Mafra, fomos passear a Sintra e escolhemos a Quinta da Regaleira como o nosso primeiro destino. Nenhum de nós conhecia a quinta e eu até tinha a ideia de que seria mais pequena e que se veria depressa e que por isso será ideal visitá-la antes do almoço. Na verdade, a Quinta da Regaleira é enorme e cheia de pormenores maravilhosos, vimos quase quase tudo e o que vimos gostámos imenso. A minha maior curiosidade eram os jardins e o Poço Iniciático e realmente não desiludiram. Por todo o lado eram plantas maravilhosas, uma floresta verde, cheia de cascatas, lagos, pontes, caminhos secretos e túneis que nos confundiam mesmo com os mapas. Nós adultos gostámos mesmo muito e as crianças adoraram, correram imenso por todo o lado e raramente mostraram receio de enveredar por um ou outro caminho.

Seguramente que levar as crianças a esta quinta é uma aposta ganha, todos eles eram caras de espanto, olha isto, olha aquilo, somos princesas, somos exploradores. A escuridão pode parecer um pouco assustadora mas ver as crianças vencer os seus receios é muito bom e só por isso vale a pena a vista.


No meio da escuridão surgiam novas entradas no túnel principal, e depois foi a subida do poço. Foi a parte de que mais gostei. Fazer aquela subida em direção ao céu, ter a sensação de sermos sugados para o fundo é muito forte porque a perspetiva é acentuada porque efetivamente a base do poço é mais estreita do que o topo, como se fosse realmente um búzio invertido (dizia num painel explicativo no palácio).

Infelizmente à medida que vou ficando mais velha, intensifica-se a minha sensação de pânico das alturas. Há uns anos não era nada assim e isso faz com que desfrute menos destas experiências, no entanto e apesar de não conseguir fotografar com calma, vale muito a pena subir estruturas destas.


Por toda a quinta há vestígios maçónicos mas também católicos e provavelmente até de outras crenças mas que certamente me terão passado ao lado porque não sou dada a esses conhecimentos. Os que reconheci valem a pena apreciar.




Para terminar a Quinta fomos ao palácio onde pudemos ler mais informações sobre todos os espaços onde pude fotografar os mais pequenos a explorar o esquema do poço iniciático compreendendo perfeitamente onde andámos! Só por este pequeno momento achei que o nosso passeio valeu a pena.

***


Depois do almoço fomos ao Palácio da Pena, nós já conhecíamos mas os avós, cunhados e miúdos ainda não. Mesmo já lá tendo ido, vemos sempre as coisas com outros olhos e desta vez até me pareceu que o palácio estava ainda mais bonito, com as cores ainda mais vibrantes e é sempre bom ver que há investimento no restauro das salas (havia uma ou outra em trabalhos) e por isso mesmo há zonas onde passámos que me pareceram que ainda não as tinha visto.

Logo no início ficámos a observar o Tritão e todos os pormenores marítimos deste portão, as miúdas mais velhas ficaram fascinadas e fizeram imensas perguntas, aproximavam-se, afastavam-se para ver melhor - muito giro.


A paisagem é o que é, juntar as cores do palácio fica o máximo.


Adoro ver as crianças analisar, contemplar. Foram várias as ocasiões que os apanhei a todos parados, a observar e conversar entre eles, estavam efetivamente a estudar e a aprender imenso!



(e aqueles garrafões? ;)))) )









Este foi sem dúvida um dos passeios em família que mais gostei de fazer. Passadas duas semanas os miúdos continuam a perguntar quando voltamos à Aldeia da Mata Pequena, à Pena e ao Poço. Viajar é sem dúvida o melhor investimento que se pode fazer, jamais é um gasto.

2 comentários:

Cláudia disse...

Que belo passeio! é sem dúvida a altura certa para os mais pequenos adorarem e nunca mais esquecerem, em particular as grutas e o poço! Só faltou o Palácio de Monserrate, já conhecem?

sof* disse...

Pois nós estivemos indecisos entre a Regaleira e Monserrate e desta vez venceu a quinta :) já ficou agendado para a próxima visita!! Bjs