Parece que este é um assunto que está na ordem do dia: as carreiras, as mães, os pais e a pequenada. Hoje vem no
Público mais um artigo sobre um estudo a nível europeu, sobre as carreiras das mães e dos pais. Continuam a haver diferenças em relação aos vencimentos e também à estabilidade laboral de quem resolve ser mãe (neste caso). Fala-se também que é legítimo as mães quererem abraçar tão vivamente as suas carreiras como o cuidar dos filhos, ambas as tarefas têm como objectivo a execução perfeita e isso coloca sobre os ombros das mães/mulheres uma responsabilidade e stress desmedido. Tenho visto amigas regressarem aos seus empregos e imagino-me em breve a fazer a minha rotina diária longe (longíssima) de casa. Se por um lado já vejo com uma certa alegria o reencontrar dos colegas e a azáfama diária, por outro é um corte brutal em relação ao tempo que disponho para o meu bebé. Passarei de 24 horas ao seu lado para 12, e todos temos que dormir, certo... Claro que me podem dizer "muda-te para mais perto do trabalho" ou "tens sorte em ter um trabalho" ou ainda "arranja outro trabalho", isso tudo é correcto e muito bem, no entanto, e como já disse anteriormente, a solução não passa só pela mudança dos pais, mas também pela mudança da sociedade em distribuir melhor o tempo trabalho/filhos. Ganhamos todos, produtividade, construção de carácter, menos stress, e eu sei lá mais o quê, mas sei que se ganha mais do que se perde.
Deixo aqui alguns excertos do
artigo:
"Uma ideia clara: “De forma transversal, na Europa, as mulheres assumem posições mais modernas e igualitárias. Não perdendo a sua posição de cuidadoras, afirmam-se na disponibilidade de sacrificarem a sua carreira profissional ou tempo de trabalho para o bem-estar da família, mas não para benefício dos homens – o seu lugar no mercado de trabalho é indiscutível.” "
"Apesar de valorizarem tanto o trabalho profissional como a família, as mães estão em desvantagem em todos os países."
"Portugal é um caso atípico: “Não corresponde ao critério de não regresso das mães ao mercado de trabalho. Resultados específicos demonstram a forte participação feminina no mercado de trabalho e em regime de tempo inteiro – reforçando dados de pesquisas anteriores.” "
"O mundo complexificou-se. Por um lado, a Comissão Europeia encoraja a integração plena no mercado de trabalho. Por outro, aflita com o envelhecimento da população, a dificuldade de reposição de gerações, a sustentabilidade dos sistemas de segurança social, encoraja a natalidade. Tais políticas “têm-se traduzido numa enorme tensão colocada sobre as mulheres e os homens na gestão das responsabilidades profissionais e familiares”. "
6 comentários:
E a hipótese dos 3 meses com 25% do ordenado? Não te compensa?
Recebes menos mas também não tens que pagar creche e ela fica mais 3 meses contigo!
;)
olha e eu já cá ando... :s
ontem assei 8 horas sem o ver! hoje já vou buscá-lo um bocadinho mais cedo... mas custaaaaaaaa... nem te digo... :(
e andar com o peito o dia todo cheiissimo... ui...
ah, não te esqueças que tens 2 horas por dia para a amamentação, portanto podes sair essas 2 horas mais cedo!!
olá rainha: para mim é totalmente inviável viver com apenas 25% do meu ordenado durante 8 ou 9 meses, infelizmente.
miriam: tou contigo! essas duas horas já são um bónus, só é pena não as poder juntar no fim do dia :(((( sou obrigada a gozar uma no período da manhã e outra no da tarde. it sucks!
então mas nessas 2 horas é suposto alimentares a baby... assim com elas separadas vale-te de alguma coisa? :s ai estes patrões homens!!!
eu agora estou a usá-las separadas... uma ao almoço e outra ao fim da tarde... mas lá está... só porque a posso ter perto do trabalho... se estivesse longe claro que era preferível juntar...
quanto a leonor nasceu pus essa questão, de juntar as duas horas ao fim da tarde. explicaram-me que de acordo com a lei em vigor, tal não é permitido. :(((
neste link http://amrf.no.sapo.pt/PaisDireitos.pdf é possível ler isso.
é uma chatice, algo que deve ser revisto!
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