25 de abril de 2012

1933 - 2012

"O trabalho da mulher fora do lar desagrega este, separa os membros da família, torna-os um pouco estranhos uns aos outros. Desaparece a vida em comum, sofre a obra educativa das crianças, diminui o número destas; e com o mau ou impossível funcionamento da economia doméstica, no arranjo da casa, no preparo da alimentação e do vestuário, verifica-se uma perda importante, raro materialmente compensada pelo salário percebido.
[...] defendemos que o trabalho da mulher casada e geralmente até o da mulher solteira, integrada na família e sem a responsabilidade da mesma, não deve ser fomentado; nunca houve nenhuma boa dona de casa que não tivesse imenso que fazer." - Salazar, 1933

Quando eu andava na minha outra vida, aquela em que tinha de sair às 7:00 da manhã e regressar às 20:00, eu andava angustiada por diversos motivos. Eram eles o salário insatisfatório, a ausência, o cansaço físico, a carreira inexistente e a pouca participação nas DIVISÕES domésticas.

Quando no tempo da carochinha a palavra divisão só era conhecida entre as paredes grossas da igreja, e olhe lá!, hoje em dia já consigo estar rodeada de vários exemplos familiares em que a gestão do lar é totalmente partilhada, promovendo assim uma felicidade mais real.

Eu tenho muito que fazer em casa, tal como o meu homem, mas nunca havemos de abdicar daquilo que nos verdadeiramente realiza, e não estou propriamente a falar de panelas de sopa...

25 de Abril, sempre!


Source: weheartit.com via Lena on Pinterest


2 comentários:

Marta disse...

Não só por isso, mas também.
Há quem conheça muito mal a história do nosso país. Geralmente quem apenas conhece a história mal contada e de forma imparcial, pode pensar de outra forma.

Um doce de casa disse...

E a imagem diz tudo! :)

Beijinhos,

Maria Leonor