estes dias...

Estes dias têm sido um bocadinho, só um bocadinho, neuróticos. Com a escola fechada e o pai a trabalhar, temos ficado cá por casa, saído um pouco, almoçado com a avó e aproveitado para destralhar gavetas e projetar a nova organização do quarto deles.

Pessoalmente detesto ficar em casa, mas só de pensar que outro dia fui por breves instantes ao correio e levei os dois e que era cada um a fugir para um lado enquanto eu tentava levantar dinheiro, e o mais novo a chorar, a atirar-se para o chão ou a fazer-se difícil pedindo colo, tira-me logo qualquer vontade de arranjar as trouxas e sair novamente. Agora é que estou a ver bem o que são afinal os tais "terrible two"! A mais velha, no tempo dela, era só correr, mas era domável; este mais novo parece que tem o diabo no corpo, é pesadíssimo, faz birras daquelas horríveis em plena rua, loja ou em casa e transforma qualquer saída numa descida ao inferno :(

Fazer a sesta está cada vez mais complicado, sobretudo desde que lhe tirámos a grade do berço. Passo mais de uma hora a convencê-lo a dormir. Ele deita-se e passados breves momentos aparece na sala, ri-se, provoca-me de tão fofo que é e depois quando vou atras dele ri-se, o demónio! Acabo por me sentar ao pé dele até ele sucumbir ao cansaço e é uma seca. Depois silêncio sepulcral... e eu escrevo.

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Para a semana recomeça a escola. Ando um pouco triste por saber que há alguns colegas da mais velha que vão mudar de escola, que o grupo vai ficar mais pequeno mesmo na reta final antes de ingressarem na escola primária, mas todos os pais têm as suas razões e eu também teria as minhas se a mudasse. Vamos tentar chegar sempre cedo, que é como quem diz, antes das 9:30, porque os miúdos vão começar a habituar-se a uma rotina mais escolar. Quanto a mim, tenho uma posição um pouco "bipolar" relativamente ao ensino pré-escolar, se por um lado acho que é bom terem mais rotinas estruturadas e trabalhos sentados, por outro também gostaria que pudessem brincar a 100% até aos 6 anos. Uma brincadeira com nexo, nada desfuncional e arbitrário, brincadeiras em que fizessem escolhas e lidassem com consequências dos arrufos.
O mais novo, durante estes dias, evoluiu bastante na fala, já diz frases e tudo! Já diz "carro" direitinho quando antes era "pipi", falamos muito com eles, falamos em português e não noutra coisa qualquer cheia de diminutivos. Faço votos que também falem mais com ele e que não fiquem só a tomar conta ou a fazer atividades que não acrescentam nada ou quase nada...


E agora vou ali e já venho que o mais novo já se faz ouvir.