18 de janeiro de 2017

Nós e o tablet - uma relação de amor e ódio








(imagem daqui)

Por motivos profissionais, há cerca de um ano, comprámos um tablet. Usamo-lo no escritório para fazer testes, enfim, trabalho... Para além do trabalho, claro que também usamos o tablet por casa, para ver TV ou coisas no youtube ou mesmo video clips que os miúdos adoram. Aliás, tudo o que venha do tablet os miúdos adoram. Cá em casa só temos uma televisão, chega e sobra, mas o tablet acaba por complementar um pouco, sobretudo quando as crianças estão mais sonolentas de manhã e difíceis para sair da cama.

Embora o tablet seja SUPER eficiente na sua tarefa de atrair crianças para a mesa, a verdade é que o reverso da moeda é chato de desmontar. Os meus filhos adoram tudo o que esteja relacionado com imagem, interações digitais, música, stopmotion... e se nós os deixássemos, passavam o dia a ver coisas aleatórias visto que não temos jogos instalados. Ora comanda um, ora comanda outra e é muito frequente chatearem-se e temos de intervir o que muitas vezes resulta na retirada do objeto da discórdia. Para além das brigas ocasionais, o tablet tem outro efeito que nos aborrece imenso - o vício. Embora os miúdos só vejam o tablet durante breves momentos de manhã e aos dias de semana, este bocadinho é suficiente para lhes criar um vício tremendo. Acordam cedíssimo já a pensar nisso, sobretudo o mais pequeno e o resultado são birras de sono durante o dia, o que ninguém já tem paciência para aguentar nesta casa. Quando vemos que a coisa se está a descontrolar o tablet desaparece, mas desaparece mesmo, sem deixar rasto. Inicialmente o mais novo ressente-se bastante, chora, resmunga e fica até meio à toa, mas passados uns dias já está desintoxicado - isto é pura verdade! Após uns 3 ou 4 dias de pedidos de clemência ele(s) volta(m) a entrar nos eixos e já nem se lembram que o tablet existe o que muito nos tranquiliza.

Mesmo vendo que eles aprendem por si vocabulário inglês, que identificam vários grupos musicais, que acompanham muitas músicas, o que em si são excelentes vantagens do tablet; por outro lado é extremamente irritante ver uma criança que só faz uma coisa sabendo que em troca terá a recomenda em forma de tablet e isso para nós não é aceitável. Há cerca de duas semanas que o dito cujo está em parte incerta e por já não ser a primeira vez que isto acontece, sabemos que após uns dias iniciais de motins, todos os problemas estão resolvidos e reina a paz. Creio que o tablet não irá aparecer tão cedo e na verdade nem faz falta nenhuma :)

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1 comentário:

Catarina disse...

como te compreendo...por aqui é igual!