13 de julho de 2017

Sofia, a coralista

Eu tenho a sorte de ter umas amigas que são umas queridas, passam a vida a desafiar-me para ir com elas para as atividades que lhes dão mais prazer, ela é corridas, ela é yoga, ela é dança e até workshops culinários, o meu marido também me martela a cabeça para entrar para o ginásio e eu na minha inércia vou assobiando para o lado... Mas pela altura das férias da Páscoa aceitei o desafio de duas amigas minhas de começar a cantar no coro do conservatório de Aveiro. O curioso foi que ambas me falaram no coro (uma delas já frequenta há muitos anos e a outra era estreante) sem saber que ambas o faziam em simultâneo. Se as duas achavam que valia a pena então um dia lá fui experimentar. E não é que adorei!

Começámos então a estudar um conjunto de músicas e semana após semana o meu entusiasmo em vez de esmorecer como o costume, foi aumentando. À medida que ia conhecendo o grupo e que as músicas iam saindo minimamente afinadas achei que poderia estar perante "A minha atividade de tempos livres". Ir ao coro uma vez por semana começou a ser aquele momento em que eu dava por mim a despachar tudo rapidíssimo para poder ir cantar, desanuviar a cabeça do trabalho, da rotina das crianças, do cesto cheio de peúgas,... Quanto se diz que Quem Canta Seus Males Espanta tem toda a razão, cantar é efetivamente um grande escape, uma terapia e um momento em que um grupo enorme de adultos se senta num anfiteatro da escola e volta a sentir-se um adolescente do liceu. Ali não há bancários, não há professores, advogados, serralheiros, designers, há tão somente coralistas, contraltos, sopranos, tenores, baixos e os únicos dramas são falhar notas e tempos. É verdadeiramente terapêutico e retemperador.

O culminar de tantos ensaios é evidentemente o concerto. Após várias semanas de ensaios juntámo-nos aos alunos (5º ao 12º ano) e à orquestra e finalizámos o trabalho no parque que tantas vezes vamos brincar com os miúdos. O concerto foi no dia de abertura do Festival dos Canais e teve como único ponto negativo o vento gelado que se fez sentir; tivesse uma noite amena e teria sido bem mais agradável ao nosso público que ainda assim compareceu em grande número!! Subir a um palco foi praticamente uma estreia para mim, desde os meus tempos do 8º ou 9º ano que não me dedicava à música e enfrentar uma plateia é algo mesmo emocionante e talvez até viciante. Adorei todos os momentos, pareceu-me tudo perfeito, toda a gente estava motivada e contente por estar ali, foi muito bom. Para a minha alegria ser ainda maior tive a minha família e amigos a assistir, as crianças vibraram mas também houve quem tivesse sucumbido ao sono... :)

Se o primeiro concerto foi com a maravilhosa orquestra do conservatório, já o próximo, no sábado dia 15, será apenas acompanhado pelo piano e julgo que também será um espetáculo que vai valer muito a pena assistir. Tomem nota, dia 15 pelas 21:30 junto ao Hotel Meliá e depois Pedro Abrunhosa no palco do Cais da Fonte Nova, às 22:00!

Depois disto tudo, resta felicitar as minhas amigas pelo empenho que empregaram em me convencer de que isto era mesmo bom! Estou rendida à cantoria!



fotografias do meu excelentíssimo marido

3 comentários:

Helena disse...

:D. Que bom! Agora... venham mais cantorias novas!

Susana Neves disse...

Fico feliz por estares a achar a experiência tão positiva. Subscrevo inteiramente o que escreves quanto aos sentimentos vividos. Que as férias passem rápido 😊

sof* disse...

Susana, ontem no ensaio houve quem perguntasse se o professor E. não passava uns TPCs para as férias :D
LINDO!!!


Helena, em breve espero eu! :)