20 de fevereiro de 2009

Choque emocional


Hoje tive um dia particularmente difícil.
Tinha consulta no Centro de Saúde de Aveiro e nem me lembrei que hoje era greve do pessoal de enfermagem.
Fui cedinho, para ainda conseguir apanhar um comboio decente de regresso para o Porto, e fiz a minha inscrição normalmente.
Passado um bocado chamaram todos os doentes diabéticos e mais eu, que tínhamos consulta para hoje de manhã, amavelmente nos foi dito que a sra. doutora não podia atender-nos porque não tinha a sua enfermeira por causa da greve!
Naturalmente que aquilo me pareceu um enorme equívoco e disse à senhora do balcão que ela fosse confirmar o que estava a dizer, pois eu estava ali grávida com uma consulta especial marcada pela própria médica.
O resultado foi o mesmo, a senhora disse que a médica sabia que eu ali estava e que sem enfermeira nada feito. Bonito, enervei-me como há muito tempo não acontecia e vim-me embora a espumar. Eu interrogo-me, como é possível que uma médica que só ia ver os meus exames e marcar outros tantos, não podia receber-me durante 5 minutos e deixar-me ir trabalhar sem a horrível sensação de perda de tempo e falta de profissionalismo!?
A senhora do balcão ainda me disse: "olhe venha cá na 2a feira e vai ver que a média e a enfermeira ja a atendem", nessa altua já não fui capaz de dizer nada e vim simplesmente embora. Obviamente que não irei lá na 2a feira para outra consulta, não porque nao tenha tempo, até farei ponte de carnaval, mas acho um abuso total uma greve de funcionários feita a uma sexta-feira e em casa. A greve faz-se no local de trabalho, e isso foi o que a minha médica fez, encostou-se ao absentismo da enfermeira e aproveitou para que hoje ninguém a aborrecesse com dramas da vida diária. Na 2a feira lá estarei, isso sim, para deixar o meu testemunho no livro de reclamações e dizer que não me voltam a ver por aqueles lados.

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