22 de setembro de 2011

A propósito de uniformizar

(o dia em que estreei a farda nova!)

A propósito do post anterior, lembrei-me de teorizar sobre o assunto...
Nos meus tempos de infância tive a oportunidade de frequentar muitas escolas, essas escolas foram de vários estilos, desde o privado ao público passando pelas cooperativas, com farda sem farda, religiosas, laicas e assim-assim, passei por tudo excepto, felizmente, o internato!
Das escolas com farda, lembro-me de achar um pouco chato ter que andar igual todos os dias, igual a todos os colegas, no entanto, hoje reconheço inúmeras vantagens nesta modalidade de trajar.
Na pré-primária eu não me recordo de pensar no assunto, mas na primária já começava a arranjar artimanhas para me destacar do rebanho. Fosse um carrapito, fosse uma pulseira, a minha personalidade teria que ser mais bem trabalhada e se formos ver, isso é uma grande vantagem da farda. A tentativa de individualização no meio de um "rebanho" é um exercício muito curioso e que a longo prazo se revela em algo útil, tal como na melhoria da auto-estima e auto-confiança.
Agora que tenho uma filha e que estamos numa altura de crise louca, achava maravilhoso que as escolas públicas adoptassem as fardas, não só umas meras batas, mas sim, toillete completa, e nem era cá preciso aquelas roupas em estilo britânico, o eterno blazer e meias pelo joelho, podia/devia ser uma roupa casual, calça de ganga, t-shirt oficial e casaco/polo...
O fim-de-semana é, nestes casos, encarado como uma oportunidade dos alunos serem livres de usar o que quiserem, expressando as suas próprias tendências e identificando-se mais com certos grupos de amigos.
Para os pais seria certamente bem mais barato...

(de carrapito, primeira sentada à direita; professora e estagiária também de farda!!)

(de vestido florido, sentada segunda à direita)

10 comentários:

MarianaS disse...

Sempre fui pouco adepta da ideia das fardas, talvez por não ter tido a experiência (com excepção dos bibes na pré-primária). Mas essa perspectiva de ser uma oportunidade de estimular o esforço de individualização e, por acréscimo, da auto-estima ainda não me tinha passado pela cabeça, e acho bastante interessante...
Na verdade, nos meus tempos de adolescência mais angustiada, lembro-me bem de, com a indumentária, procurar exactamente sobressair o menos possível, o que era, vejo agora, uma atitude assaz deprimente...
Bj!

Heidi disse...

eu usei bata, o que permitia ter na mesma a "nossa roupa" por baixo

gosto da ideia da uniformidade, isto para acalmar um pouco as meninas petulantes perto das que tinham menos dinheiro

mas nunca tive o sentido de arranjar uma forma de me realçar das outras :D antes pelo contrário :D

Tica disse...

Eu identifiquei-te nas fotos todas sem ver as legendas!
Aprovo essas fardas todas sempre andava mais bonita que a roupa que às vezes a minha mãe me obrigava a usar!

Madame Pirulitos disse...

Hummmmmmmmmmmmm. Eu era muito a favor e achava piada antes de ter de usar nos meus. essa de que se gasta menos dinheiro é uma ideia falsa, que eu também tinha. No caso dos meus, eles tinham muita roupa que teve de ficar de lado. E no colégio deles não é uma simples bata mas calças, calções, polos, tshirts, manga curta, manga comprida, meias, etc, etc, etc. E depois, como não têm bata e como as tshirts e polos são branquinhos, sujam-se imenso e não podem ter nem uma nem apenas duas para cada um. Eu gastei mesmo um balúrdio. E este ano continua porque o mais velho deu um salto e as coisas já não lhe servem... mas também as que ele deixou ainda não servem ao número 2. Ando sempre a passar-me com as questões das roupas e das lavagens para terem sempre coisas para vestir. E ainda hoje não levou uma thsirt do colégio e levou uma toda branca, que não tem o nome do colégio (mas já não tive tempo de passar a que estava na corda para ele levar).UFA!!

Bom, esta é a minha realidade:):)

Marta disse...

Este ano a Inês usa bata pela primeira vez...
Até aqui usava uniforme mas era apenas a "parte de cima" t-shirt, polo ou sweat. Ainda assim facilitava imenso o vestir. Era só pegar numas calças ou saia (geralmente de ganga) e a camisola da escola.
Também não sou contra o uniforme, acho que a grande vantagem é mesmo uniformizar (passo a redundância) e atenuar as diferenças sociais (no caso das escolas públicas) mas percebo a perspectiva da madame pirulitos, mais barato não fica.

**SOFIA** disse...

acredito bem que comprar um pack-uniforme não seja propriamente barato, no entanto deixa-se de comprar bastante "roupa normal", não é verdade? nessa vertente deve ser económico :)

batata-frita-mãe disse...

miss pirulitos, e a longo prazo não ficará mais barato?
Eu nada sei, só tenho a minha cria de 20 meses e apenas comprei 4 t-shirts de manga curta para a creche. Estas t-shirts são conciliáveis com qualquer parte de baixo (calções ou calças). Sem dúvida que ando a lavar muito menos roupa que antes.
Até agora aprovo e muito as fardas!

Madame Pirulitos disse...

Não sei. Penso que não. Penso que se não ficar mais caro ficará ela por ela. Mas isso só poderei saber depois. Para já não está a ser tão giro como eu pensava.

Marta disse...

O grande problema é que geralmente os uniformes são caros. Daria para comprar imensa roupa mais em conta.
Mas, depois da imensa birra que a minha fez hoje para vestir, sou completamente pró uniforme!
Esta mudança de estação é terrível. Foi um cabo dos trabalhos vestir-lhe calças e uma t-shirt de manga comprida!

**SOFIA** disse...

Acredito que o uniforme poupe muitas desavenças...
Houve um dia (na altura da última fotografia), em que eu meti na cabeça que havia de ir de calça xadrez com camisa xadrez, e a muito custo a minha mãe lá deixou.
Na escola fui chamada à atenção pela professora que estava mal combinada. Nunca mais me lembro de teimar com a minha mãe...