28 de fevereiro de 2016

um domingo à nossa maneira

Hoje foi tudo no "tálento" :)
Depois de um pequeno-almoço que terminou pelas 11, só saímos de casa já era quase meio-dia. Inicialmente eu tinha sugerido que fôssemos à serra, mas depois acabámos por ficar pela cidade e aproveitámos que era dia de feira de velharias para ir espreitar "as novidades". Estava um sol fantástico, muita gente como sempre, imensas bancas, um ambiente óptimo e muitas tentações para o meu guarda-costas controlar. Sinalizei dois ou três artigos mas acabámos por ir até ao parque andar de baloiço onde até encontrámos uns amigos com os quais ficámos à conversa até à hora do almoço. Mesmo com um vento glaciar as crianças parecem não sentir tanto frio como nós e até nos desafiam quando tiram os casacos reclamando que morrem de calor - ser jovem é mesmo bom!!!

Já era tarde quando optámos em almoçar por ali, tentámos um restaurante e estava lotadíssimo. À segunda tentativa também apanhámos casa cheia mas garantiram-nos que nos sentávamos rápido e assim foi, eram 14:00 em ponto e nós a sentar para almoçar, que grandes malucos hahaha. Nós somos muito normalzinhos e creio que desta vez batemos o record de almoço tardio, mas as crianças estavam por tudo, não se queixavam e nós fomos na onda. Almoçámos muito bem, eles portaram-se tão bem que até tiveram direito a um pires cheio de rebuçados de frutos que os donos do restaurante lhes deram. É fechar os olhos quando eles abrem as guloseimas!

Depois do almoço fomos a rebolar novamente para as velharias. Andei a rondar um senhor seríssimo que tinha dois garrafões de vidro prometidos a um casal de espanhóis e que tinha mesmo de esperar que eles aparecessem para finalizar a compra. Pois bem, fomos dar mais uma volta e acabei por comprar uma moldura delicada de bronze por 5€ e que já tem uma fotografia linda da nossa mais velha. Mas bem, fomos a outro parque infantil nas redondezas e após uma hora de correrias regressámos ao senhor dos garrafões e a história manteve-se, os espanhóis e tal e tal... o senhor pediu-me o meu número de telefone e disse que me ligava caso não vendesse os garrafões.

Depois disto e após várias horas de sol e ventania viemos para casa ver um filme, beber chá quente, tomar banho e terminar o dia com o senhor dos garrafões a telefonar a dizer que sempre apareceram os espanhóis e que levaram os garrafões. Disse-me também que assim que tivesse garrafões para mim, que me ligava, que ele é pessoa de palavra. Há dias mesmo especiais e este foi um deles.

26 de fevereiro de 2016

Pensamento para o fim-de-semana


23 de fevereiro de 2016

circo com animais - jamé!

Urso polar no circo Ivanovo - notícia aqui via Ricky Gervais


A maioria das coisas que eu "jurei jamais fazer" aos meus filhos foram redondamente falhadas porque na verdade eu estava muito longe de saber o que realmente significa ter filhos. Na minha ótica, neste momento, ter filhos é ir fazendo cedências dentro daquilo que é razoável e é mesmo isso que tenho feito. No meio de tantas cedências, que na verdade são coisas banais, há recorrentemente o assunto "levar os meninos ao circo". Felizmente na nossa família directa não há amantes de artes circenses, sendo que este até acaba por ser um não-assunto, mas em criança os meus pais levaram-nos ao circo uma ou duas vezes e de uma delas recordo-me de ter sido uma experiência quase dramática. O meu irmão chorou quase todo o tempo e eu não achei o espetáculo nada de especial, não me cativou. Depois dessa experiência nunca mais fomos ao circo.

Periodicamente o circo vem plantar-se aqui na cidade, para mal dos meus pecados até vem para perto de nossa casa e não há como fugir a todo o aparato que aquilo provoca (embora não haja enchentes nas bilheteiras). Felizmente as caravanas com os animais já não podem estar à vista de quem passa, mas há poucos anos não era assim e era ver gente aos magotes a ver os enjaulados ao frio (o circo costuma cá vir no inverno) e sempre com aquele ar de tristeza. Todos os anos penso "é desta que vem um recado para casa para levar os miúdos ao circo com a escola", mas até agora as caravanas chegam e vão embora e nada de avisos - Que bom!!! Levar os meus filhos ao circo é provavelmente uma das coisas que jamais vou querer fazer, refiro-me obviamente ao circo com animais, acho horrível e completamente idiota. Há dias a minha filha viu umas imagens semelhantes às que coloquei neste post e fez várias perguntas Porquê? Mas porquê? Mas como assim? Parecem tão tristes? E eles gostam? E as correntes?
É lamentável ter de explicar a uma criança que há quem ache piada a ver ursos acorrentados a cantar ao microfone, leões a levar chicotadas, cavalos endiabrados e até TUBARÕES senhores!! O circo que veio aqui à terra tinha tubarões, a sério, não me perguntem como porque eu não sei explicar nem consigo perceber esta atitude.

Por outro lado, gostaria imenso de os levar a um espetáculo de circo só com pessoas, o chamado novo circo, um circo em que todos estão em pé de igualdade, todos percebem o que estão a fazer e com que objetivo, um circo mais justo e contemporâneo. Tudo o resto são exibições medievais e devem ser actualizadas o mais depressa possível para a sobrevivência dessas mesmas companhias circenses.

22 de fevereiro de 2016

L-I-N-D-O



Uma combinação mais do que perfeita!!

19 de fevereiro de 2016

da faxineira que há em mim

Embora a minha mãe tenha um certo desapontamento com o facto de eu ser desarrumada e não ligar assim muito a um lar aprimorado, de vez em quando dá-me para as faxinas. Abro as janelas todas, ando de saco do lixo pela mão a destralhar a casa, faço máquinas de roupa, estendo, apanho, dobro, guardo, essas coisas normais.

Por faxinar também entendo aquela meia hora que por vezes dedico a organizar o meu leitor de blogs, neste caso o Feedly. No meio de tanto feed dou por mim a não ver actualizados alguns blogs que tinha por hábito ler com maior frequência. Vou à procura deles e vejo que não são atualizados vai para mais de 450 dias e fico a pensar: apago ou dou-lhe mais um tempo para ver se saem do coma? Por norma dou-lhes mais uma oportunidade, há sempre a esperança de mais um rasgo de inspiração e do tal blog sair daquele pasmo. Num registo totalmente oposto aos blogs adormecidos, tenho blogs já antigos que continuam muito ativos, mas que têm conteúdos iguais a mais 20 blogs, todos com os mesmos posts (publicitários - uns mais claros do que outros...) Blogs que outrora primavam pela escrita de autor descomprometida e transparente e que agora falam na loja Z que está para lá de espetacular, ou no mega-prémio com visa associado, ou ainda, sei lá, como poupar gás ou luz ou o caneco para aquecer a casa e os douradinhos supé práticoooos!. Cansei. "Deletei-os" do meu feed. Mantenho apenas um ou dois desses, tão somente porque são aí 50% publicidade e outros tantos de posts genuínos mas que ao menos sabem escrever, têm graça e um mínimo de estrutura.

Enfim, poderei compreender a falta de vontade das minhas autoras preferidas em atualizar os seus blogs porque talvez já não se identificam com este tipo de registo, mas já agora era bem mais fixe que voltassem, de certeza que não sou só eu que penso assim ;)

Bom fim-de-semana!

Ouvi isto no Masterchef

Uma árvore sem raízes é apenas um pedaço de madeira.
Marco Pierre White

Vale a pena pensar nisto.


Felizmente as nossas raízes são bem fundas e fortes!

18 de fevereiro de 2016

Música para hoje



Porque o papá faz anos e o nosso mais novo quer fazer um bolo com o Hulk, o Dartacão, o Homem Aranha entre outros todos ao mesmo tempo.

:)

17 de fevereiro de 2016

Uma dica sobre mochilas

Poderei falar sobre mochilas num outro dia, talvez até de marcas, assim num registo mais blogo-fashion, mas hoje venho apenas dizer que:

Feliz da hora em que achei que TINHA de comprar uma mochila impermeável para a minha filha.

Chegou o dia em que fui buscar a criança à escola e encontro-a encharcada dos pés à cabeça porque achou que era giro meter-se de baixo de uma goteira. Graças aos céus que a mochila é plastificada e não entrou pinga de água no seu interior... Quando forem comprar o material escolar tenham presente este relato!

15 de fevereiro de 2016

Sobre o post d'O Sistema

Creio que não houve outro post que tivesse estado tanto tempo para ser publicado como o post d'O Sistema. Escrevia, apagava, escrevi a versão final, depois a finalíssima e na hora de publicar fechava o blogger e ia pensar se devia ou não publicar. Por vezes há assuntos que nos inibem, que nos preocupam tanto que receamos falar sobre eles, umas vezes porque temos medo que nos julguem outras porque simplesmente não passam de macaquinhos no sótão e as coisas até são mais simples do que julgávamos. Serve este blog, e sempre serviu, para eu dissertar sobre o desafio que é a maternidade, tal como diz no subtítulo, aliás. Gosto de blogs sem peneiras e é isso que eu também gosto de ser. Ao ter publicado o post do sistema provavelmente terei dado uma parte fraca daquilo que eu sou, mas ter recebido um feedback tão positivo, tantas partilhas sobre as mesmas preocupações deu-me a oportunidade de refletir sobre esta questão e saber que há sempre gente desse lado que passa pelas mesmas questões que nós passamos (sim, porque isto não é um problema que me bate só a mim...) e isso dá-nos alento e confiança quando vemos alguns progressos nas questões que nos atormentam.

Posto isto, era só para agradecer quem ainda lê e comenta blogues, porque efetivamente isso faz toda a diferença!!

***

12 de fevereiro de 2016

Já não se aguenta tanta chuva



Deolinda, no seu melhor!

9 de fevereiro de 2016

O sistema


Há algum tempo que suspeitávamos que isto poderia acontecer e na verdade aconteceu mesmo: isto de ir para a escola primária foi mesmo uma grande mudança na vida da nossa filha. Desde o jardim de infância, passando por comentários de familiares e terminando nas aulas de ballet, que sempre tivemos de ouvir que a nossa filha não é de regras; "só está na fila breves minutos" - diziam. Não é mal educada, não é desordeira, não perturba o bom funcionamento das aulas, porém, perturba o seu enquadramento num sistema montado. O que fazer quando vemos que um filho aprende a ler, a somar e subtrair, a escrever mas no fim, quando lhe pedem para fazer um exercício, quando lhe pedem para copiar um texto ou fazer um teste, essa criança começa a fazer a tarefa e sistematicamente acha melhor pousar o lápis e pensar na morte da bezerra?

Uma espécie de anarquista silenciosa é o que temos? Testes que poderiam estar em branco não fosse a persistência da professora em mantê-la na Terra quando a sua cabeça já vai em Marte... Desenhos muito criativos e pormenorizados, mas fazer o que os outros colegas fazem está bem está. Então e depois o sistema? Pois o sistema não está cá com meias medidas, ou sabes e demonstras por escrito ou então estás fora, és uma aluna diferente. Não fazes parte do rebanho.

Eu sempre fui muito "carneira", fazia o que os meus colegas faziam, não dava chatices, era responsável, sofria por antecipação. A minha filha é o oposto, não quer saber não porque lhe é indiferente mas porque simplesmente os seus interesses não passam por aí... Damos um tempo, é imatura, vai dar o click não tarda, passa um mês, passa mais outro, há dias em que mostra iniciativa de fazer os deveres há outros em que temos de andar a dar sermões e penalizações que a façam realizar que infelizmente o sistema é assim e que não há muito tempo disponível para a criatividade. A criatividade e a energia que estão dentro dela terão de ser estimuladas e alimentadas fora do sistema, porque o sistema não tem tempo para passeios, para museus, para música. Infelizmente.

A maior pena que eu tenho é a de estar a forçar a minha filha a ser uma pessoa completamente diferente daquilo que é sua essência.

(desabafos)

5 de fevereiro de 2016

Curta para o fim-de-semana


The Present from Jacob Frey on Vimeo.


3 de fevereiro de 2016

sobre a necessidade de arte

"We say, correctly, that every child has a right to food and shelter, to education, to medical treatment, and so on. We must understand that every child has a right to the experience of culture. We must fully understand that without stories and poems and pictures and music, children will starve."

Ler todo o texto aqui.