O mesmo friozinho que sentia no estômago relativamente ao parto, também o sentia em relação à amamentação. É de facto diferente embarcarmos numa aventura pela segunda vez sabendo certos e determinados detalhes (refiro-me à dor física), no entanto, apesar do "medo", sentia uma confiança na capacidade de resposta do meu corpo que anteriormente não sentia. Meti na cabeça que seria capaz de fazer um bom parto e a coisa lá deu certo; da mesma forma capacitei-me que a amamentação seria mais eficaz e até ao momento não me posso queixar! Está a ser um sucesso.
Se há três anos atrás eu recorri a todos os artigos possíveis e imaginários para dar de mamar: biberões, bombas, bicos de silicone, creme, esteriliza tudo a toda a hora, marca tempos e volumes; desta vez estou apenas em modo "mama simples". Desde o nascimento que o Vasco é amamentado, e até ao momento recorri 3 vezes à bomba, não para o alimentar, mas para aliviar as minhas amigas de uma quantidade exagerada de leite que estava a produzir, o rapaz não dava vazão a tanta farturinha. O creme anti-fissuras apliquei uma vez só por precaução e os bicos de silicone continuam guardados na caixinha para qualquer emergência. Se me perguntarem se "dói?", eu digo que sim, ainda sinto dores na pega, mas já sei o que me espera e consegui controlar aqueles breves momentos respirando, mais uma vez, de forma calma pois sabia que seriam apenas escassos minutos de dor aguda. Desta vez também foi uma mais-valia ter maior capacidade de ensinar ao meu bebé como pegar na mamoca de forma correcta sem que ele fizesse várias tentativas, o que poderia provocar lesões em mim e cólicas nele!
De um modo geral estou muito satisfeita, andar às voltas com a esterilização, levantar-me a meio da madrugada para aquecer o leite, ter episódios de refluxo, era um filme que eu não queria muito rever. Claro que há uma parte menos positiva nisto de ser eu a única fonte de alimento do bebé, o pai não é para aqui chamado :( Quando eu usava o método do biberão, era o pai que muitas vezes alimentava a Leonor, desta vez isso não acontece e é pena, no entanto compensamos com o banho e outros miminhos extra! Outro ponto menos positivo da amamentação (ao peito) exclusiva, é a limitação que eu tenho para fazer algumas saídas, tal como ir buscar a minha filha à creche. Faço esta "tarefa" todos os dias, é o nosso momento, e para que tal seja possível, o pai chega cedo a casa e sempre de acordo com os intervalos que eu organizo. Se ao sair ainda passo em casa dos avós, tem sempre que ser uma corrida rápida, não vá o telefone tocar a pedir que venha recambiada para casa que o rapaz já tem o estômago apertado ;)
4 comentários:
Como te compreendo...
Ainda bem que tudo corre sobre rodas!
Wish me luck... ;)
passa tão rápido daqui a nada os ritmos organizam-se melhor :) mas é bom dar ao filho mais velho o SEU momento ( nem que seja pequenino)
Boa Sofia!
Eu costumo dizer que o primeiro filho é especial por ser o primeiro, por vir recheado de descobertas e deslumbramentos, só que isso é um pouco atenuado pela insegurança e angustias próprias de uma primeira vez. Um segundo filho não trazendo tanta novidade e deslumbramento, podia não ser tão especial, mas é. Desfrutamos muito mais dos pequenos momentos tão mágicos, aceitamos as contrariedades com mais naturalidade porque já estamos à espera delas, vivemos mais intensamente.
Acho que por mais que sejam, há sempre algo que faça de cada filho especial.
A amamentação em regra é daquelas coisas que corre bem melhor à segunda, é como dizes, até as dores são bem aceites, faz parte (mas logo passam, no meu caso são as duas primeiras semanas, depois é sempre a rolar).
Que continue tudo a correr assim lindamente!
No meu caso foram dores que duraram quase 2 meses.
Espero efetivamente que o meu corpo responda à minha cabeça no próximo filho..
estou certa que sim!
que relatos bonitos têm sido os seus Sofia!
Que tudo continue a correr sobre rodas!
Bjs!
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