Após ter recebido a novidade de que não iria para casa, fui informada que teria de fazer um tratamento muito simples, o qual consistia em levar quatro injeções de doze em doze horas, ora contas feitas só poderia ter alta na segunda-feira seguinte, dramaaaaa...
Olhando para trás isto parece ridículo, eram apenas 48 horas a mais do que o previsto, mas na altura eu fiquei realmente abalada com esta informação e chorei que nem uma Madalena arrependida.
Entretanto a minha rotina na maternidade consistiu em tirar sangue inumeras vezes, fazer análises, pôr e tirar cateteres e à medida que as horas passavam os meus braços ficavam cada vez mais pisados, facto que não ajudou a melhorar o meu panorama psicológico, eu parecia sei lá o quê! Nestes dois dias, as manhãs continuavam a terminar de forma rápida, porém, as tardes e noites eram um verdadeiro suplício.
O quarto era pequeno, éramos 3 puérperas, mais os bebés, mais 2 visitas por cada cama e um grande número de crianças pequenas ali pelo meio, a minha filha e os filhos da colega da direita. Aquelas horas junto da minha família eram sagradas, dava para brincar com a Leonor, fazer-lhe perguntas, tirámos fotografias patetas, ela espreitava o mano, tudo isto intercalado com as visitas das enfermeiras que regularmente vigiavam as minhas tensões para evitar novos sustos. A pior hora era o fim da visita, eu sentia-me uma reclusa, a minha filha não percebia porque eu não regressava com eles, no entanto nunca demonstrou nenhuma reação de choros, acatou sempre aquilo que lhe dizíamos com confiança e lá ía embora pela mão do pai de forma tranquíla. Já eu, ficava para trás lavada em lágrimas porque efetivamente a situação era muito desgastante.
Vinha a noite e a coisa piorava. As duas noites extra pareceram filmes surrealistas intermináveis, eu mal consegui dormir porque embora houvesse silêncio em termos de trabalho, havia sempre um ou dois bebés que choravam compulsivamente horas e horas, e aquilo começou a mexer-me com os nervos.
Posso dizer que pela primeira vez sofri de privação de sono e não foi nada simpático! Naturalmente que fui dormitando, mas nos momentos em que acordava durante a noite/madrugada não dizia coisa com coisa, cheguei a vaguear pela enfermaria à procura de quem me fosse dar a medicação (que já tinha sido dada!!), fiquei muito confusa sobre a alimentação do meu filho e foram algumas vezes que tive que ser "chamada à Terra" pelas enfermeiras! Foi bizarro.
Entretanto chegou o dia da alta e finalmente veio a obstetra falar comigo, e sim, vamos ter que investigar a causa da descida de plaquetas, vamos ter que saber se eu tenho esse deficit normalmente ou se foi apenas uma situação causada pela gravidez, e começar a vigiar a tensão.
Tive alta!!!
8 comentários:
poxa sofia, estou impressionada!!!foi uma experiencia qse do alem! espero q recuperes dessa parte menos boa, q nem sequer te faz falta pensares nisso! agora bola pa frente e toca a curtir a familia linda! força!!!
realmente as noites custam muito a passar, tudo sentido em dobro, há sempre o receio que aconteça algo, sente-se muito a falta de quem costuma estar sempre perto... é muito chato :S
o que vale é que tudo normalizou e agora em casa, correrá sempre melhor!
para qualquer coisa, já sabes, estou perto! ;)
realmente as noites custam muito a passar, tudo sentido em dobro, há sempre o receio que aconteça algo, sente-se muito a falta de quem costuma estar sempre perto... é muito chato :S
o que vale é que tudo normalizou e agora em casa, correrá sempre melhor!
para qualquer coisa, já sabes, estou perto! ;)
realmente as noites custam muito a passar, tudo sentido em dobro, há sempre o receio que aconteça algo, sente-se muito a falta de quem costuma estar sempre perto... é muito chato :S
o que vale é que tudo normalizou e agora em casa, correrá sempre melhor!
para qualquer coisa, já sabes, estou perto! ;)
Ficar o dobro do tempo inicialmente previsto é um baque muito grande e a fazer tratamentos é que não ajuda mesmo nada...
Agora já é uma lembrança
Ufa... O pior passou. Desejo que corra tudo pelo melhor em casa!!
Parece aquela cena da teoria da compensação, depois de um parto tão bom, tinha que vir um pós parto chatinho.
Mas no final acabou por correr tudo bem, foi só um contratempo!
Fica a lembrança e o desejo que tudo corra pelo melhor daqui para a frente. Esses são os momentos de maior fragilidade. Eu também chorei como uma madalena arrependida. Afinal, somos mulheres com muitas hormonas aos pulos ;) mas custa imenso... eu sei que sim.
Beijinhos
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