7 de fevereiro de 2017
Dilemas do meu serão - o ponto da situação!
Lembram-se de há cerca de um mês eu me queixar que não sabia o que fazer nos meus tempos noturnos de ócio? Escrevi este post e tive alguns comentários que vieram mesmo ao encontro daquilo com que me debatia, afinal havia mais gente com este drama, que não conseguem pegar num livro e que arrastam os dias tal como eu. Poucos dias depois do post e seguindo a sugestão de uma leitora, descarreguei a app GoodReads (que por acaso já conhecia há muitos anos e que nunca mais lhe liguei) e inseri alguns livros que gostava de ler em breve. Mas só adicionar livros a uma lista não foi suficiente, eu aderi a um modesto desafio de ler (pelo menos) 12 livros este ano. Reunidas todas as variáveis técnicas, peguei no livro que já tinha começado e que estava em pausa O Ano da Morte de Ricardo Reis; comprei-o em outubro, li 50 páginas e depois Adeus... Foi então este o meu primeiro livro lido em 2017 e a história é muito muito boa, como a maioria dos Saramagos que já li. À medida que ia lendo, colocava a contagem das páginas na aplicação e a percentagem já lida acabou por ser super motivadora para terminar o livro. Comigo as metas funcionam muito bem, enquanto não atinjo um determinado objetivo fico bastante inquieta e embora lesse pouco de cada vez, terminei o livro em 3 semanas, entrando já em fevereiro...
Embora as metas me tivessem estimulado para o avançar do livro, nada se compara à história empolgante que ali é relatada. Só quem nunca leu um livro de Saramago é que pode ser indiferente às ideias tão curiosas que ele se lembrou para escrever um romance. Este livro em particular impressionou-me pelo facto de ter sido escrito há 30 anos e relatar uma história fictícia passada em 1936 mas que assenta em factos históricos sobre a ascensão do fascismo na Europa em geral e Portugal em particular. Factos esses que estão completamente na ordem do dia pelos piores e mais incríveis motivos (**inspiremos**). Outra vertente muito boa é o vaguear da personagem de Ricardo Reis pelas ruas da baixa lisboeta relatando os edifícios da época, estátuas, o rio, o cemitério dos Prazeres, enfim, locais para quem conhece estas zonas facilmente é levado num passeio muito real com a personagem.
Entretanto já iniciei o livro de fevereiro.
Estou a ler A Vida Inútil de José Homem, da Marlene Ferraz, que para além de ter ganho o Prémio Revelação Agustina Bessa Luís com este romance em 2013, é também amiga da nossa família, tendo sido colega de secundário do senhor meu marido!
E é isto, agora que já consegui ler 500 páginas seguidas estou por tudo :D
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2 comentários:
Desde que motive, todos os métodos são bons. Desconhecia essa app. Eu perco-me na net, a ler artigos de opinião e blogues e tenho deixado os livros de lado, algo que tenho de mudar. A minha meta é mais modesta. 6 livros em 2017. Considerando ainda nao ter lido nenhum, terei de dar corda aos sapatos. Boas leituras
Susana, com força venceremos a inércia :D
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