9 de fevereiro de 2017
sobre o pós-escola
Isto de ter filhos e de nos importarmos com a sua educação (extra-escola) tem o que se lhe diga. Embora reconheça o mérito de quem tem mais do que dois filhos e tenha rotinas absolutamente brutais, só posso efetivamente falar das minhas voltas diárias e do quão exaustivo isso se pode tornar.
Andar às voltas pela cidade pode ser enervante mas nada se compara aos dias em que vemos os nossos filhos nada colaborantes nas atividades que estão a fazer; tudo se torna exponencialmente pior.
Naturalmente que todos nós temos dias em que não estamos "para aí virados" mas temos mais consciência do nosso dever, coisa que as crianças não têm. Às vezes fico tão cansada e frustrada que por vezes apetecia-me deixar cair as actividades da minha filha, assim como optámos por desistir da natação do nosso mais novo. Seria o caminho mais fácil, ah e tal, é sair da escola todos os dias, fazer os TPCs e brincar tooooodo o resto do tempo sem ter de me chatear e andar aqui e acolá. Sendo as rotinas pós-escola tão exaustivas para pais e filhos o que nos move afinal para que continuemos a insistir com as crianças nisto de as manter nas atividades? Já debatemos o assunto cá em casa, já pesámos os prós e os contras e a resposta acaba sempre por ser a mesma: manter as atividades de violoncelo e ballet. Por vezes temos dias muito (mas muito) desanimadores, em que achamos que não vale a pena o tempo e o dinheiro investido e queremos mandar tudo pelos ares; mas depois, até pode ser logo na aula seguinte, vemos a criança com a sua criatividade ao máximo, divertida e apaixonada por cada atividade que pratica. E esta atitude não se aplica só às atividades, vejo na minha filha traços de comportamento e pensamento lógico que nós lhe incutimos até para fazer os TPCs. Tanto lhe mostrámos a necessidade de fazer frases mais compridas e complexas que já hoje ela não consegue fazer o contrário e até nos chama a atenção quando tem espaços no livro que não permitem escrever essas tais respostas mais completas. Para nós pais essa é a razão que nos move, é ver o nosso esforço compensado, é ver que o leva e traz e todo o cansaço sempre vale a pena! Mesmo havendo dias péssimos, que nos fazem gritar e ficar com uma camada de nervos dos diabos, depois há outros totalmente opostos e maravilhosos.
Felizmente os pais têm uma memória selectiva brutal e no fim, só retemos os momentos de glória do esforço da equipa!
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