25 de dezembro de 2015
O nosso Natal foi muito booom!
E puff!! passou o Natal!
Este ano, e pela primeira vez, convenci os meus pais de que poderia ser uma boa ideia fazermos o natal cá em casa. Após algumas negociações e debates, a minha proposta saiu vencedora, viemos todos para cá e a mana, cunhado e sobrinhos também cá dormiram e foi uma algazarra. Foi tão grande e boa a festa que as fotografias são poucas e de qualidade duvidosa, estive mais concentrada no jantar e na brincadeira deles do que propriamente a tirar fotografias e perder tudo o resto...
Fizemos algumas modificações na sala, trouxemos a mesa de reuniões do escritório e fizemos uma mega mesa quadrada onde sentámos 13 pessoas. Decorei apenas com frutas e velas, adoro tangerinas e foi com elas que fiz dois mini-centros de mesa muito simples mas eficazes. Comemos o bacalhau com couves da praxe, as crianças vibraram, os adultos aprovaram e toda a gente conviveu alegremente que foi o que se quis.
Pela primeira vez também, já em muitos anos, abrimos os presentes das crianças à noite. Estavam os pequenos a jogar ao clássico Jogo da Glória quando de repente as luzes da varanda acenderam misteriosamente. Fomos espreitar e estavam dois presentes à vista, foi o que bastou para que os miúdos enlouquecessem e saíssem disparados aos gritos para a varanda onde o Pai Natal deixou uma pequena montanha de embrulhos. E o Natal vale mesmo por isto, por estes breves minutos de loucura, de inocência e de excitação por desembrulharem aquele brinquedo que queriam tanto.
Depois de brincarem e verem tudo, foram despachados para a cama. Dormiram os 4 no mesmo quarto numa loucura que já esperavam há semanas, passado um grande bocado, fui lá espreitar e dormiam ferrados, esgotados. Tão bom**
Na manhã seguinte e após uma lentidão imensa ao pequeno almoço, conseguimos largá-los no parque para correrem, correrem, gritar e libertar toda a energia que estava acumulada. Depois as festas prosseguiram na casa dos avós para o almoço de natal que cá em casa é com perú e outras lambarices que tais. Foi sem dúvida um natal memorável, venham os próximos!
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16 de dezembro de 2015
músicas para a nossa semana
A nossa semana está a oscilar entre o caos e o drama, pelo meio temos momentos natalícios.
(o vasco gosta muito desta versão que o papá lhe mostrou, muito enérgica vá)
(Vasco ensaia para a festa de natal em plenos pulmões a toda a hora)
(Leonor anda com a cabeça na lua e só pensa em ensaios, velas e anjinhos e quebra nozes)
Nós havemos de sobreviver a mais uma época natalícia frenética!
(o vasco gosta muito desta versão que o papá lhe mostrou, muito enérgica vá)
(Vasco ensaia para a festa de natal em plenos pulmões a toda a hora)
(Leonor anda com a cabeça na lua e só pensa em ensaios, velas e anjinhos e quebra nozes)
Nós havemos de sobreviver a mais uma época natalícia frenética!
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15 de dezembro de 2015
No penso callar
Vi este filme ontem e acho que é nas pequenas coisas que devemos refletir sobre a liberdade de expressão.
Quando um manual escolar diz que o céu é azul e que a criança o deve pintar daquela cor, está a condicionar a sua imaginação, a sua liberdade de expressão. Isto é coisa para me chatear.
Curiosamente, numa das primeiras reuniões com a professora, foi-nos mostrado um desenho da Leonor que representava um gato laranja mas que tinha o rabo verde. A professora pegou justamente naquele desenho por o ter achado "o máximo" e nós, que estamos habituados àquele registo ao estilo "Alice no País das Maravilhas", não podíamos ter ficado mais contentes com aquela observação.
Da parte que nos toca, pedimos sempre que deixem as crianças pintar como elas quiserem, sem barreiras, é uma questão de princípio, já bem basta todas as outras condicionantes da vida... É também importante incutir na criança, a ideia de que ela pode e deve fazer valer as suas opiniões, que tem esse direito e que, com uma argumentação inteligente (e sempre educada) consegue passar o seu ponto de vista a quem insiste no contrário.
Para saber mais sobre o filme, sigam o link.
13 de dezembro de 2015
Frases Mistério
Estamos no final do primeiro período e parece-me tempo de refletir sobre o como foram estes primeiros meses de escola primária, ou básica como agora se diz e que não há maneira de me habituar. Ela já fez as fichas de avaliação mas não sabemos no que resultaram. Pelo que às vezes vejo na hora dos TPCs tenho para mim que vai deixar tudo ou quase tudo por fazer. A minha filha vai receber uma medalha por ser a criança mais dispersa de Portugal. Eu que achava que se calhar ela ía cair na real passado um mês, a verdade é que continua super distraída e sem a noção de que isto agora é p'ra valer. Ao fazermos os trabalhos de casa, que continuam a ser ao fim-de-semana, vejo que ela sabe ler dentro das palavras que já aprendeu; também já soma e subtrai sobretudo utilizando as mãos e objectos pequenos, mas se eu não estou a ali de pedra e cal basta um segundo e a coisa já descarrilou.
Hoje estávamos a terminar o jantar, aliás até estávamos a comer castanhas assadas, quando de repente me levantei, fui buscar o caderno de rascunho dela e escrevi a seguinte frase:
Dei-lhe para ler e disse que era uma frase mistério. Ela pegou no caderno intrigada e começou a ler uma palavra depois da outra sem ajudas, quando chegou à última não achou que estava a ler bem e quando confirmou connosco fartou-se de rir e foi a primeira vez que ela achou que ler era mesmo uma coisa espetacular. Depois dessa frase seguiram-se várias outras "frases mistério" todas dentro desse género sobretudo ligadas a nós e ao que costumamos fazer, ela adorou e até escreveu umas coisas da sua autoria. Foi um momento muito giro em que a vimos tão empolgada na leitura e na escrita que nos deixou um pouco mais tranquilos.
Isto de ter filhos na escola e tudo o que o processo envolve não é nada fácil. Acho que por ser o primeiro filho a passar por isso ainda torna a coisa mais intensa, queremos fazer muito por eles, interceder, saber tudo ao pormenor e quando vemos que as coisas não correm como o (nosso) esperado a frustração pode ser grande e nisto falo por mim que já estava descrente em todo o processo. Ainda que os resultados das avaliações possam vir fracos, a verdade é que na prática a coisa está a compor-se, felizmente!!
(e como é por aí?)
Hoje estávamos a terminar o jantar, aliás até estávamos a comer castanhas assadas, quando de repente me levantei, fui buscar o caderno de rascunho dela e escrevi a seguinte frase:
"A Leonor é uma pateta."
Dei-lhe para ler e disse que era uma frase mistério. Ela pegou no caderno intrigada e começou a ler uma palavra depois da outra sem ajudas, quando chegou à última não achou que estava a ler bem e quando confirmou connosco fartou-se de rir e foi a primeira vez que ela achou que ler era mesmo uma coisa espetacular. Depois dessa frase seguiram-se várias outras "frases mistério" todas dentro desse género sobretudo ligadas a nós e ao que costumamos fazer, ela adorou e até escreveu umas coisas da sua autoria. Foi um momento muito giro em que a vimos tão empolgada na leitura e na escrita que nos deixou um pouco mais tranquilos.
Isto de ter filhos na escola e tudo o que o processo envolve não é nada fácil. Acho que por ser o primeiro filho a passar por isso ainda torna a coisa mais intensa, queremos fazer muito por eles, interceder, saber tudo ao pormenor e quando vemos que as coisas não correm como o (nosso) esperado a frustração pode ser grande e nisto falo por mim que já estava descrente em todo o processo. Ainda que os resultados das avaliações possam vir fracos, a verdade é que na prática a coisa está a compor-se, felizmente!!
(e como é por aí?)
10 de dezembro de 2015
Encontro Imediato com o Pai Natal Sósia
No feriado ficámos por cá e ao fim da tarde, depois de muuuuuitas fichas fomos dar uma volta. À medida que os anos vão passando vou ficando cada vez mais mole face aos meus princípios super rigorosos sobre os presentes de natal, o que eu gosto e o que os faz mesmo feliz. Antes de termos filhos temos sempre muitas certezas sobre como vamos educar as nossas crianças, sabemos também muito sobre os filhos dos outros, mas quando sentimos as coisas na pele começamos a pensar duas ou três vezes sobre o mesmo assunto. Se antes eu achava abominável toda esta treta de acreditar no Pai Natal, que não devíamos incentivar esta história e tudo isso, agora já penso exactamente o contrário.
A Mãe é uma criatura que engole muito sapo.
À medida que eles crescem começam a pedir coisas mais concretas para o Natal, dizemos e reforçamos que só podem pedir mesmo UM presente, aquele mais especial e que é aquele que o Pai Natal irá trazer. Nesta fase não me importo mesmo de alimentar esta fantasia e de lhes tentar proporcionar exactamente o brinquedo que tanto desejam, não me importo porque sei que isto é coisa para durar muito pouco e eles crescem tão depressa que sinceramente me estou a borrifar se lhes vou dar uma traquitana plástica Made in China, porque na verdade, era mesmo isto que eu também queria quando tinha 6 anos. Se a minha filha é feliz a trocar os vestidos das bonecas 1500 vezes, então que receba mais um vestido para trocar às bonecas, porque hei-de eu negar uma coisa tão simples e inofensiva? Acho que não vale mesmo a pena, sobretudo porque só recebem presentes duas vezes por ano.
Na nossa voltinha passámos pelo staminé do sósia do Pai Natal. Desafiámo-los a ir ter com o senhor, que era ele quem transmitia os recados dos meninos de Aveiro e que seria a ele que lhes deviam contar o que realmente gostavam de ter. Passámos a primeira vez, eles observaram mas o medo das barbas e luvas e barrete foi grande e seguimos em frente. Fomos lanchar ao coreto mais fofinho da cidade e já estávamos quase a vir embora, já era noite, quando a Leonor perguntou se não voltávamos à tenda do Pai Natal. Claro que dissemos que não (!) que já era tarde e tudo e tudo, mas foi só para ela insistir :) Disse que não tinha medo que tinha de lhe falar sobre o tal presente que ela mais quer e assim foi. Voltámos à tenda, ela enchei-se de coragem, sentou-se no perto do Pai Natal Sósia e fez o pedido dizendo que queria "mesmo muito".
O que tem de ser tem muita força. Recebeu um chocolatinho e ficou super contente por ter superado este desafio. O irmão não foi nisso, ficou escondido atrás de mim, mas no fim, deu uma corrida rápida só para receber um chocolatinho que o Sósia insistiu em dar, mas nada de conversas ou trocas de olhares que o senhor tinha luvas, que horror!
Agora olha, está o pedido feito... tenho de me conformar :D
5 de dezembro de 2015
O primeiro cinema dele
(Temos tido dias muuuuuito corridos e até têm acontecido coisas giras, mas não há condições...)
Ainda assim, acho que vale a pena registar aqui a primeira vez que fomos com os dois ao cinema.
Já por causa das coisas comprámos os bilhetes na véspera, tal como as pessoas super organizadas. Infelizmente estávamos descansados em casa a lanchar e a molengar quando eu achei que seria boa ideia confirmar a hora do cinema e a hora era mesmo AQUELA e nós em casa!!!
À nossa boa maneira, e que já tenho relatado aqui um ou outro acontecimento deste género, saímos de casa a correr com torradas pela mão e leites bebidos de uma virada. Chegámos perto do cinema e mega fila de trânsito pra o supermercado, um clássico... Nesta altura já estávamos atrasados 10 minutos, ou seja, o filme estava a começar depois da publicidade habitual. No parque de estacionamento saímos os três do carro e só tive tempo de lembrar ao pai a letra da nossa fila e fomos depressa para o cinema. Ao chegar ao cinema ninguém à porta para fazer o check in, entrámos sem picar o bilhete, milagre! Já estava tudo escuro e o mais novo foi pelo meio tentando não cair pelos degraus da sala. Sentámo-nos e já estava a dar o filme, mas passados breves instantes acabou (!!!) e só aí me apercebi que era uma curta-metragem que antecedia o "nosso" filme - SORTE!
Entretanto o pai chegou, também sem fazer check in e tudo prosseguiu dentro da normalidade.
Foi então assim a primeira vez que o nosso mais novo foi ao cinema. Fomos ver A Viagem de Arlo e acho que acertámos em cheio, ele no alto dos seus 3 anos e quase meio adorou cada momento. Primeiro ficou durante um tempo de boca aberta a contemplar a televisão gigante que tinha à sua frente, eu fiquei ao lado dele e fui reforçando alguns momentos do filme com pequenas explicações de modo a que ele ficasse mais contextualizado. Ele vibrou imenso ao longo do filme, imitava os dinossauros com rugidos, dizia ao Arlo para fugir, uma fofice. No intervalo apercebeu-se da quantidade de gente que estava na sala, muitas crianças, estava cheia! Claro que comemos umas pipocas e eu adorei quando ele tratou me de fornecer a minha parte visto que o balde estava longe de mim, tão querido.
Quando saímos ele ainda estava assim numa espécie de estado de choque com toda aquela experiência e eu acho que vale bem o dinheiro que se gasta só para ver as caras deles :D
(estes dinossauros "Cor de pele" como ele dizia, foram os personagens preferidos dele e que ele imitou em alto e bom som no cinema :DD )
Ainda assim, acho que vale a pena registar aqui a primeira vez que fomos com os dois ao cinema.
Já por causa das coisas comprámos os bilhetes na véspera, tal como as pessoas super organizadas. Infelizmente estávamos descansados em casa a lanchar e a molengar quando eu achei que seria boa ideia confirmar a hora do cinema e a hora era mesmo AQUELA e nós em casa!!!
À nossa boa maneira, e que já tenho relatado aqui um ou outro acontecimento deste género, saímos de casa a correr com torradas pela mão e leites bebidos de uma virada. Chegámos perto do cinema e mega fila de trânsito pra o supermercado, um clássico... Nesta altura já estávamos atrasados 10 minutos, ou seja, o filme estava a começar depois da publicidade habitual. No parque de estacionamento saímos os três do carro e só tive tempo de lembrar ao pai a letra da nossa fila e fomos depressa para o cinema. Ao chegar ao cinema ninguém à porta para fazer o check in, entrámos sem picar o bilhete, milagre! Já estava tudo escuro e o mais novo foi pelo meio tentando não cair pelos degraus da sala. Sentámo-nos e já estava a dar o filme, mas passados breves instantes acabou (!!!) e só aí me apercebi que era uma curta-metragem que antecedia o "nosso" filme - SORTE!
Entretanto o pai chegou, também sem fazer check in e tudo prosseguiu dentro da normalidade.
Foi então assim a primeira vez que o nosso mais novo foi ao cinema. Fomos ver A Viagem de Arlo e acho que acertámos em cheio, ele no alto dos seus 3 anos e quase meio adorou cada momento. Primeiro ficou durante um tempo de boca aberta a contemplar a televisão gigante que tinha à sua frente, eu fiquei ao lado dele e fui reforçando alguns momentos do filme com pequenas explicações de modo a que ele ficasse mais contextualizado. Ele vibrou imenso ao longo do filme, imitava os dinossauros com rugidos, dizia ao Arlo para fugir, uma fofice. No intervalo apercebeu-se da quantidade de gente que estava na sala, muitas crianças, estava cheia! Claro que comemos umas pipocas e eu adorei quando ele tratou me de fornecer a minha parte visto que o balde estava longe de mim, tão querido.
Quando saímos ele ainda estava assim numa espécie de estado de choque com toda aquela experiência e eu acho que vale bem o dinheiro que se gasta só para ver as caras deles :D
(estes dinossauros "Cor de pele" como ele dizia, foram os personagens preferidos dele e que ele imitou em alto e bom som no cinema :DD )
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Vasco
23 de novembro de 2015
Coisas bonitas de cá
Aveiro, cidade linda. Há 18 anos por cá e não tenciono ir embora.
Para juntar às imagens, a música do coro Voz Nua, de cá também.
19 de novembro de 2015
Vou vender o nosso carrinho
Quem já acompanha este blog há mais tempo deve recordar-se das vezes em que falei do nosso carrinho. Para quem não está por dentro, o nosso carrinho e babycoque são da Britax/Romer e foi uma compra da qual nunca nos arrependemos e que ao longo destes anos foi bastante usado. Embora nos primeiros dois anos e meio tivesse um uso diário, por termos uma rotina sempre a pé, nos dois anos seguintes já não o usámos tanto porque passámos a ir de automóvel para a escola das crianças e por a distância percorrida a pé ser tão curta, não valia a pena usar o carrinho.
Isto para dizer que o carrinho está em muito bom estado, mantém a robustez inicial, não apresenta danos e que já cumpriu o seu dever nesta família. A babycoque, por outro lado, serviu 4 bebés, cada um deles durante cerca de 18 meses (é grandinha) e por ter apanhado muito sol tem o tecido do revestimento um pouco desbotado. Embora tenha essa marca de uso muito evidente, a forra não tem um único borboto e não está rota, mas se calhar merecia ser substituída.
Características positivas do kit:
- perfeito para quem faz a vida a pé
- muito resistente
- cesto inferior amplo, acessível e muito resistente - perfeito para o supermercado de bairro, acreditem!
- pega única regulável (dá jeito a quem tem mais filhos pequenos) revestida a uma borracha/espuma não transpirável
- rodas traseiras podem sair para acomodar por detrás do banco do condutor, por exemplo
- capota enooooorme
- cadeira reclinável a 180º - perfeita para sesta
- cadeira vira para o sentido da marcha e para o inverso
- capota da chuva (nunca usada)
- proteção para pernas (tenho de procurar, nunca usada)
- apoio de pernas regulável em borracha ou num sintético que está perfeito
Características negativas do kit:
- é pesado nas rotinas de tirar e pôr na bagageira (pode dobrar com a cadeira e capota)
- não temos ISOFIX (mas também nunca sentimos que fizesse falta, não sei julgar)
- às vezes a babycoque não sai à primeira, o que pode ser enervante
- tecido da babycoque desbotado
Posto isto, quem estiver interessado neste kit carrinho+babycoque é favor enviar um e-mail para blog.sof@gmail.com
Somos de Aveiro e temos a possibilidade de combinar a entrega entre Coimbra - Aveiro - Porto - Viana do Castelo - Braga - por essas zonas...
Caso precisem de informações extra, não hesitem em escrever-me, estou disponível para esclarecer dúvidas sobre este carrinho ou outras quaisquer também :)))
Obrigada!
12 de novembro de 2015
Não há dias perdidos
No meio do corre-corre, choradeiras, leva, traz, supermercado, jantar, banhos e coiso, há sempre uma brisa que nos faz sorrir:
- Mãe, já sei ler! Mas é só na minha cabeça.
passado uns momentos
- Olha, ali diz Mimosa!
:DDDD
- Mãe, já sei ler! Mas é só na minha cabeça.
passado uns momentos
- Olha, ali diz Mimosa!
:DDDD
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4 de novembro de 2015
a cultura à portguesa
Eu SEI que estou a falar de entidades diferentes, tuteladas por entidades diferentes, mas não deixa de ser uma vergonha o estado a que as coisas chegam, a prioridade que a cultura ocupa na nossa sociedade. Em Portugal, a chamada "cultura popular" sairá sempre a ganhar, nada contra este tipo de folclore, mas era tão bom que o ensino artístico especializado fosse mais tido em conta...
sobre o conservatório, ler aqui
sobre a feira popular, ler aqui
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2 de novembro de 2015
depois do almoço
Já fazia tempo que não íamos aos avós do Minho. Depois do almoço de domingo fomos até ao rio, apreciar a paisagem, atirar pedras à água e ver as crianças soltas sem grandes restrições. Molharam-se, sujaram-se, correram, apanharam flores e pedras e ainda deu para vermos alguma fauna local :)
Os TPCs têm corrido cada vez melhor. Já os fazemos em menos de duas horas, ela já apaga palavras e letras que lhe parecem menos bem e as distrações começam a ficar mais espaçadas. Num mês posso dizer que houve evolução, que estou contente e ela também. Em dezembro teremos os primeiros momentos de avaliação, até lá vamos continuar a trabalhar, a relacionar conteúdos e sobretudo a manter a motivação num caderno arrumado e cheio de "certos".
Ele, com muita pena minha, não foi para a natação. Talvez numa rotina de fim-de-semana, ou ocasionalmente no ginásio num horário livre e na companhia do pai. Em vez da piscina frequenta a música e a ginástica, que por sinal, adora!! Vem sempre entusiasmado com os instrumentos e com os exercícios que faz com "o professor".
Ela também gosta das atividades extra que a escola oferece. Embora mantenha sempre um registo muito reservado daquilo que faz no dia-a-dia, de vez em quando lá vai dando umas dicas que me levam a acreditar que realmente aquelas atividades existem e que em princípio lá vai aprendendo qualquer coisa. Da minha parte, terei de me esforçar mais para saber quais são os conteúdos misteriosos dessas atividades...
Por mais atividades que façam, nenhuma é mais importante e enriquecera do que a rédea solta da praia, do campo, das ruas cheias de confusão. Andar por aí ao sabor do vento, descobrir coisas novas em todos os cantos está ao alcance de todos, basta não nos fecharmos em casa ou num qualquer centro comercial manhoso.
27 de outubro de 2015
perfeitos domingueiros
No domingo passado fomos até à feira de velharias, é uma coisa que eu adoro fazer mas que raramente faço porque ou não estamos por cá ou simplesmente porque não me lembro. Então lá fomos com a ideia de dar uma volta e regressar para almoçar.
A feira estava óptima, com imensa gente e muita coisa gira para comprar, verdadeiras tentações e que o meu marido está sempre a travar os meus impulsos. Ainda assim, consegui comprar uma moldura de madeira trabalhada por 5€, não está muito estragada mas a madeira parecia muito seca e porosa. Não tinha vidro nem costas, apenas pregos que sobraram da antiga estrutura (já a comecei a recuperar, depois mostro!).
Saímos e deixámos os telemóveis em casa, ou seja, nem sabíamos que horas eram e com a mudança da hora estávamos um pouco baralhados. Entretanto os miúdos começaram a pedir para irmos à pizaria que eles adoram e lá fomos. Foi um almoço nas calmas em que estivemos muito entretidos uns com os outros, mais uma vez sem saber se era cedo ou tarde, também, num domingo isso pouco ou nada interessa. Ao nosso lado, no restaurante, mais uma família em pleno almoço familiar, o pai colado no telemóvel, a filha da idade do nosso mais novo colada no tablet e a mãe a fazer-lhe companhia, todos calados... muito triste, mas uma realidade cada vez mais frequente.
Depois do almoço demos um salto à praia, não chovia e para nosso espanto até estava relativamente ameno! O mar bravíssimo e o areal vazio confundiu um pouco o Vasco, ele queria à viva força vestir os calções de banho, tirar os ténis e as meias, porque ir à praia é sinónimo de tirar roupa e ir para a água... Para não variar, mega-birra, chora porque se quer despir, porque a irmã corre mais do que ele, porque sim, porque não, uma canseira!
Tenho tirado muito poucas fotografias e neste dia levei a máquina comigo e só tirei algumas durante o tempo em que estivemos na praia. Às vezes os garotos portam-se tão mal e os dias são tão agitados e cheios de tarefas que não me apetece fotografá-los, parece que às vezes nem os reconheço, certamente que também será do meu cansaço...
Depois viemos para casa "por Fátima", demorámos um pouco a chegar de propósito, os garotos dormiram no carro e fez-se um bocadinho de silêncio na nossa voltinha dos tristes :D
Saímos de manhã e regressámos ao anoitecer**, tivemos um domingo perfeito.
** eram apenas 5 da tarde mas já quase noite, que neura!
22 de outubro de 2015
dos limões da vida, o início
Desde que temos os nossos filhos na escola, entenda-se creche ou infantário e agora ensino básico, que sentimos que nos devemos envolver um pouco mais do que deixá-los e buscá-los. Refiro-me à nossa presença nas reuniões de grupo, festas escolares, passeios e por aí fora, fazemos sempre questão de estar e participar, mesmo quando nos dificulta as rotinas diárias. Com o aproximar da entrada dela na escola primária achei que deveria perceber melhor os mecanismos necessários para o funcionamento de uma escola, o que faz falta, com quem devemos falar e fazer parte da associação de pais foi para mim um passo normal a dar, quase um dever.
Não posso negar a minha indignação com o processo de matrículas do nosso agrupamento e até hoje me custa ter de terminar o meu dia de trabalho a meio da tarde, mas já consegui superar a minha irritação e aceitei a nossa nova rotina, tal como já disse anteriormente. Quando hoje falei em limões e limonadas era sobre esta minha nova realidade, tive de pegar em algo que inicialmente rejeitei, que neguei mas que tive mesmo de aceitar e tirar o melhor partido e por isso mesmo estou ativamente ligada à associação de pais da escola dela.
Tudo é ainda muito recente, ainda estou a conhecer as pessoas mas sinto que pela primeira vez na minha vida estou a fazer algo que realmente pode fazer a diferença. Essa diferença, numa primeira análise, é na minha vida e se tudo correr bem, na vida dos que rodeiam a minha filha na escola. Ouvir os outros pais, os seus problemas e as suas boas experiências motiva-me e ajuda-me a motivar outros pais. No nosso agrupamento parece-me que apesar de haver problemas estruturais ligados a quem "manda" (câmara municipal e sede do agrupamento) vejo que os pais são interessados, pro-activos e para meu espanto são em maior número do que eu estava à espera! Os pais estão tão envolvidos na vida da escola que prestam horas de voluntariado em situações específicas cujos resultados são tão bons que contagiaram outras escolas do agrupamento e isso é verdadeiramente espetacular. Até há quem possa dizer que não damos liberdade às crianças, que elas têm de estar mais entregues a si na escola, não discordo, mas por outro lado tenho a certeza de que a presença ativa dos pais na comunidade escolar tem muitos benefícios, porque é uma atividade com regras, com um propósito e com resultados positivos demonstrados.
Importa também dizer que eu tenho a possibilidade e flexibilidade de horários e vida pessoal para me dedicar a este assunto com mais tranquilidade. Tenho a certeza absoluta que se ainda vivesse na minha "outra vida" que tal oportunidade seria altamente condicionada e isto deve certamente acontecer com muitos outros pais.
Neste momento, estou a gostar e recomendo a presença ativa na vida escolar dos nossos filhos, acho que ganham todos os envolvidos.
Não posso negar a minha indignação com o processo de matrículas do nosso agrupamento e até hoje me custa ter de terminar o meu dia de trabalho a meio da tarde, mas já consegui superar a minha irritação e aceitei a nossa nova rotina, tal como já disse anteriormente. Quando hoje falei em limões e limonadas era sobre esta minha nova realidade, tive de pegar em algo que inicialmente rejeitei, que neguei mas que tive mesmo de aceitar e tirar o melhor partido e por isso mesmo estou ativamente ligada à associação de pais da escola dela.
Tudo é ainda muito recente, ainda estou a conhecer as pessoas mas sinto que pela primeira vez na minha vida estou a fazer algo que realmente pode fazer a diferença. Essa diferença, numa primeira análise, é na minha vida e se tudo correr bem, na vida dos que rodeiam a minha filha na escola. Ouvir os outros pais, os seus problemas e as suas boas experiências motiva-me e ajuda-me a motivar outros pais. No nosso agrupamento parece-me que apesar de haver problemas estruturais ligados a quem "manda" (câmara municipal e sede do agrupamento) vejo que os pais são interessados, pro-activos e para meu espanto são em maior número do que eu estava à espera! Os pais estão tão envolvidos na vida da escola que prestam horas de voluntariado em situações específicas cujos resultados são tão bons que contagiaram outras escolas do agrupamento e isso é verdadeiramente espetacular. Até há quem possa dizer que não damos liberdade às crianças, que elas têm de estar mais entregues a si na escola, não discordo, mas por outro lado tenho a certeza de que a presença ativa dos pais na comunidade escolar tem muitos benefícios, porque é uma atividade com regras, com um propósito e com resultados positivos demonstrados.
Importa também dizer que eu tenho a possibilidade e flexibilidade de horários e vida pessoal para me dedicar a este assunto com mais tranquilidade. Tenho a certeza absoluta que se ainda vivesse na minha "outra vida" que tal oportunidade seria altamente condicionada e isto deve certamente acontecer com muitos outros pais.
Neste momento, estou a gostar e recomendo a presença ativa na vida escolar dos nossos filhos, acho que ganham todos os envolvidos.
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dos limões da vida
"And these are the days when our work has come asunder
And these are the days when we look for something other".
há que fazer limonadas
20 de outubro de 2015
INACEITÁVEL
Palavra de honra, que merda de mundo é este?
Como posso eu trabalhar, dar carinho aos meus filhos ou mesmo zangar-me com eles, sabendo que aqui, em plena Europa há este inferno a acontecer?
Como posso eu levar avante um negócio ligado à infância quando vejo estas crianças?
Palavra de honra que isto é um ultraje e a maior parte de nós vê isto a acontecer e não consegue efetivamente fazer nada. NADA!
Aya is 8 years old. She is shivering with cold, her jacket was once white, now it’s drenched with rain and covered in mud, in Bapska/Berkasovo crossing, at the Serbian-Croatian border.
“The rain has been pouring down here since yesterday, but as long as countries up the line Austria and Slovenia are limiting the numbers going through there, then the Croatians are as well, and everybody is stuck here in the mud and cold,” says Damian Grammaticas, BBC Europe Correspondent.
Aya’s mother who is pregnant was allowed into Croatia with a few, pregnant women, elderly people and some infants. Aya’s brother is crying, he wants to join his mother, and their father is desperate to get his children to safety and reunite them with their mother.
“4,000 refugees are stranded in the sea of mud within yards of the European Union, because Croatia with not enough buses to transport them, is holding the refugees back,” says Damian.
Serbia has transported the refugees to it is border with Croatia and then dumped them there.
“A few days ago Bapska/Berkasovo was just a transit point, but after the Hungarian authorities decided to close their borders, delays have left thousands stranded with minimum shelter or access to toilets,” says Francisca Silva, MSF Humanitarian Advisor in Serbia.
There are a few tents for shelter, inside everyone is more misery. Families are soaped, the temperature is just 10 C.
“This is not a place for people, they can't sleep - they can just stand upright in the mud," says Melita Sunjic, UNHCR spokeswoman, who is in the Bapska/Berkasovo crossing, at the Serbian-Croatian border.
A woman was using her body heat to warm up a hypothermic child told Damian Grammaticas, BBC Correspondent that her son died in Syria “and now we will die here from this cold. We’re waiting, we have nothing to but waiting.”
“After fleeing conflicts and risking their lives crossing land and sea, babies, children, pregnant women and people with disabilities are now left stranded without proper assistance," says Elisabetta Faga, MSF’s Emergency Coordinator in the Balkans.
“What we are seeing is the effect of a lack of coordination and leadership which is leaving vulnerable refugees without the shelter and support that they desperately need," says Elisabetta.
Date: October 19. 2015
Photos: The BBC: http://bbc.in/1ZSpkH2
Source: The BBC and Médecins Sans Frontières (MSF)
Photos: The BBC: http://bbc.in/1ZSpkH2
Source: The BBC and Médecins Sans Frontières (MSF)
17 de outubro de 2015
15 de outubro de 2015
e os TPCs?
Desde que começaram as aulas só tivemos dois fins-de-semana com Trabalhos Para Casa (TPCs), uma vez ou outra ela lá traz uma folhinha com uma atividade que ficou incompleta na aula e que termina em casa. Já "sabemos" as palavras "menina(o)" e "uva". Não é que ela saiba a 100% o que está a escrever, está mais a memorizar, a reconhecer palavras inteiras e as sílabas que as compõem e já começa a reagrupá-las formando palavras como "nome", "meu", "nova" entre outras. Parece-me que muitas vezes ela não está a perceber patavina do que faz, tal é o grau de distração ou de falta de concentração. Ao fim-de-semana vejo o que há para fazer e dividimos a tarefa em dois, uma parte para sábado e a outra para domingo. A mãe e o pai vão-se revezando e ela também passa alguns bocados sozinha na mesa porque a (minha) paciência não é de ferro. Eu não me passo com o facto dela não saber ainda as voltas correctas que faz o "a" ou o "v", não me passo com o facto dela ainda não escrever o "1" de cima para baixo e não o contrário, tudo isso será ultrapassado com a prática. O que me tira do sério e me esgota é a facilidade com que ela se perde. Qualquer coisa a distrai, o cabelo, a borracha, a afia, o caderno suplente que em vez de ter palavras escritas tem princesas desenhadas... inspiraaaaaaar... Um TPC que ela podia resolver em menos de uma hora na totalidade rende no mínimo o dobro e só faz metade!! Enfim, claro que eu tenho a noção de que isto só agora está a aquecer e que tudo leva o seu tempo. Felizmente isto não é rotina diária, ao contrário do que já ouvi dizer em muitos lados, que há professores que mandam muitos trabalhos e com muita frequência etc etc. Aqui, durante a semana, o fim das aulas alterna entre as 16:00 e as 17:30 e quando vimos para casa (eu e os miúdos) é tempo de brincar, de tratar das plantas, ver desenhos e brincar com legos. Se está bom tempo vamos até ao parque correr e trepar que também é preciso, sobretudo nos dias em que não há desporto na escola ou ballet na academia.
O irmão, vai por arrasto, que é já tradicional de quem é mais novo. Diz que já faz trabalhos de casa, que quer escrever o nome, que quer saber o que diz cada palavra nas histórias entre outras coisas mais. Soma e segue, portanto.
O irmão, vai por arrasto, que é já tradicional de quem é mais novo. Diz que já faz trabalhos de casa, que quer escrever o nome, que quer saber o que diz cada palavra nas histórias entre outras coisas mais. Soma e segue, portanto.
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14 de outubro de 2015
a ver os dias passar
Não pensem que vou abandonar o blog, embora por vezes até possa parecer :D
Tenho andado com uma preguiça monstra que está fortemente associada ao corre-corre dos nossos dias. Já estamos totalmente em "modo escola", o ballet também já entrou em cena e lá nos vamos organizando para conseguir cumprir as coisas em que nos metemos. Eles andam chatos que se farta e é também por isso que às vezes não me apetece escrever. Preferia escrever coisas lindas, construtivas, mas a verdade é que se me sentasse a escrever todos os dias, o mais provável é que dissesse que os meus filhos são umas pestes, que não me ouvem, que me farto de gritar, de me esquecer de coisas, enfim, todas aquelas coisas perfeitamente normais em qualquer casa dita normal.
Vinha aqui escrever qualquer coisa que neste momento já nem me lembro o que era...
Olha, temos visto filmes à noite. Quando o silêncio se instala, atiro-me para o sofá e vejo filmes no videoclube do nosso cabo. Já vos digo que isto é um vício e que estamos a gastar um crédito jeitoso, todinho em filmes que deixámos passar no cinema porque na altura não tivemos possibilidade de ir ver. Deixámos passar de facto muitos filmes, não só porque não dava para encaixar mas também porque, convenhamos, o cinema está pela hora da morte!!! Até ao momento já queimámos metade do crédito, portanto é provável que continue um pouco ausente, mas acreditem, é por uma boa causa, ao menos vamo-nos atualizando :D
Alguns filmes que já passaram por cá.
Tenho andado com uma preguiça monstra que está fortemente associada ao corre-corre dos nossos dias. Já estamos totalmente em "modo escola", o ballet também já entrou em cena e lá nos vamos organizando para conseguir cumprir as coisas em que nos metemos. Eles andam chatos que se farta e é também por isso que às vezes não me apetece escrever. Preferia escrever coisas lindas, construtivas, mas a verdade é que se me sentasse a escrever todos os dias, o mais provável é que dissesse que os meus filhos são umas pestes, que não me ouvem, que me farto de gritar, de me esquecer de coisas, enfim, todas aquelas coisas perfeitamente normais em qualquer casa dita normal.
Vinha aqui escrever qualquer coisa que neste momento já nem me lembro o que era...
Olha, temos visto filmes à noite. Quando o silêncio se instala, atiro-me para o sofá e vejo filmes no videoclube do nosso cabo. Já vos digo que isto é um vício e que estamos a gastar um crédito jeitoso, todinho em filmes que deixámos passar no cinema porque na altura não tivemos possibilidade de ir ver. Deixámos passar de facto muitos filmes, não só porque não dava para encaixar mas também porque, convenhamos, o cinema está pela hora da morte!!! Até ao momento já queimámos metade do crédito, portanto é provável que continue um pouco ausente, mas acreditem, é por uma boa causa, ao menos vamo-nos atualizando :D
Alguns filmes que já passaram por cá.
2 de outubro de 2015
Música para o fim-de-semana
Hoje lembrei-me desta música, por nenhuma razão em especial... mas a verdade é que adoro ouvi-la (assim como tantas outras destes rapazes).
30 de setembro de 2015
Ninguém pode sonhar por ti
Completam hoje 5 anos que a minha vida mudou radicalmente.
Embora tenha saudades de algumas coisas, nada me faz arrepender da nossa decisão.
Há 5 anos tirei esta fotografia em Sintra, logo após o dia em que me despedi. Ter passado por este muro em Sintra fez-me perceber que efetivamente os dados estavam lançados.
Têm sido 5 anos muito bons, com altos e baixos, mas muito bons e assim esperemos que continuem.
A quem nos ajudou e ajuda, o nosso maior obrigado.
25 de setembro de 2015
Sobrevivemos à primeira semana de aulas!!!
Esta semana foi um pouco caótica.
Sabíamos que já podíamos (devíamos) estar numa rotina de horários mais convencionais há mais tempo e agora estamos a "pagá-las". Aos miúdos tem sido um pouco difícil arrancá-los da cama antes das oito da manhã, temos de insistir para tudo, levantar, comer, vestir, sair TUDOOOO. Para além de repetirmos as instruções várias vezes, ainda temos de lidar com birras monstras da criança mais nova, que anda com um déficit de sono que dá dó. A falta da sesta tem sido um verdadeiro problema e confesso que a paciência tem-se esgotado com alguma rapidez por estas bandas. Há choro de manhã porque não dormiu bem de noite à conta de tosses e ranhos. Há choro ao fim do dia porque já andou com a neura todo o dia e com a falta de descanso acumulado o ambiente cá em casa é assim a modos que tenso... julgo que qualquer dia tenho cá os vizinhos à porta a saber o que andamos a fazer ao rapaz porque "o menino só chora".
Ela, muito a medo, a apalpar terreno, tem ficado cada vez melhor na escola, começou muito tímida e agora já tem pelo menos quatro meninas com quem costuma partilhar os intervalos. Ainda assim por vezes diz que brinca apenas com uma menina, que é ela própria... Come muito pouco, o lanche que lhe mando e que é sempre fruta, vem quase todo de volta, na cantina é tudo um mistério mas achamos que qualquer coisa ela há-de comer. Embora nos preocupe muito esta questão dela comer pessimamente, não vamos dramatizar, nem forçar, nem policiar; teremos sempre de lhe fazer ver que o pior será sempre para ela e que terá de assumir as consequências de não comer. Acho que com o tempo a coisa vai melhorar.
Soubemos que os miúdos serão alfabetizados de acordo com o Método das 28 Palavras, coisa que eu desconhecia por completo mas após uma breve abordagem da professora e em conversa com amigas minhas (também elas professoras primárias), pareceu-me bem e acredito que seja adequado às crianças de hoje em dia, muitas já praticamente a saber ler vindas do jardim de infância. Trabalhos de casa ainda não tivemos, apenas um desenho para contornar durante o fim-de-semana, pareceu-me excelente!
E é isto, vamos melhorar a questão dos horários que é sem dúvida a chave de todo o problema. Deitar o mais cedo possível para provocar um acordar espontâneo que seja igualmente cedo. Depois é conseguir coordenar os horários de aulas e atividades, trabalho e jardim de infância, creio que esta trapalhada está resolvida e a nossa rotina fica espetacular!
Sabíamos que já podíamos (devíamos) estar numa rotina de horários mais convencionais há mais tempo e agora estamos a "pagá-las". Aos miúdos tem sido um pouco difícil arrancá-los da cama antes das oito da manhã, temos de insistir para tudo, levantar, comer, vestir, sair TUDOOOO. Para além de repetirmos as instruções várias vezes, ainda temos de lidar com birras monstras da criança mais nova, que anda com um déficit de sono que dá dó. A falta da sesta tem sido um verdadeiro problema e confesso que a paciência tem-se esgotado com alguma rapidez por estas bandas. Há choro de manhã porque não dormiu bem de noite à conta de tosses e ranhos. Há choro ao fim do dia porque já andou com a neura todo o dia e com a falta de descanso acumulado o ambiente cá em casa é assim a modos que tenso... julgo que qualquer dia tenho cá os vizinhos à porta a saber o que andamos a fazer ao rapaz porque "o menino só chora".
Ela, muito a medo, a apalpar terreno, tem ficado cada vez melhor na escola, começou muito tímida e agora já tem pelo menos quatro meninas com quem costuma partilhar os intervalos. Ainda assim por vezes diz que brinca apenas com uma menina, que é ela própria... Come muito pouco, o lanche que lhe mando e que é sempre fruta, vem quase todo de volta, na cantina é tudo um mistério mas achamos que qualquer coisa ela há-de comer. Embora nos preocupe muito esta questão dela comer pessimamente, não vamos dramatizar, nem forçar, nem policiar; teremos sempre de lhe fazer ver que o pior será sempre para ela e que terá de assumir as consequências de não comer. Acho que com o tempo a coisa vai melhorar.
Soubemos que os miúdos serão alfabetizados de acordo com o Método das 28 Palavras, coisa que eu desconhecia por completo mas após uma breve abordagem da professora e em conversa com amigas minhas (também elas professoras primárias), pareceu-me bem e acredito que seja adequado às crianças de hoje em dia, muitas já praticamente a saber ler vindas do jardim de infância. Trabalhos de casa ainda não tivemos, apenas um desenho para contornar durante o fim-de-semana, pareceu-me excelente!
E é isto, vamos melhorar a questão dos horários que é sem dúvida a chave de todo o problema. Deitar o mais cedo possível para provocar um acordar espontâneo que seja igualmente cedo. Depois é conseguir coordenar os horários de aulas e atividades, trabalho e jardim de infância, creio que esta trapalhada está resolvida e a nossa rotina fica espetacular!
24 de setembro de 2015
De pantufas na escola. Quê?
Hoje, estou no Eu, Mãe a mandar bitaites sobre se poderíamos ou não adoptar o hábito dos sapatos suplentes nos Jardins de Infância (e quiçá nas escolas primárias!). Quero saber a vossa opinião!
- Sim!
- Não...
- NS/NR
- outros___________________
22 de setembro de 2015
ele e a escola nova
Há quase um mês que ele frequenta a escola nova, está numa sala 3-5 como cada vez mais se vê por aí. Confesso que não é o meu estilo preferido, embora perceba a lógica de os mais pequenos evoluírem com os mais crescidos e os mais crescidos serem "tutores" dos mais novos, não vejo assim tanta necessidade desta troca de intenções nas crianças. Sou adepta do "tudo a seu tempo", onde as crianças são agrupadas com outras da mesma idade; para puxar por elas já bem basta as que têm irmãos ou primos mais velhos, que lhes desbravam caminhos a toda a hora. Ainda assim, não poderia estar mais tranquila com esta nova fase, embora ele faça sempre a sua cena triste na hora da despedida, nós bem sabemos que aquilo passa-lhe ainda não dobrámos a esquina da rua e que o dia corre muito bem, que ele brinca e come imenso. Vemos que já se afeiçoou à educadora e à auxiliar (esta já a conhecíamos porque já esteve com ele na escola antiga, que sorte!!), já começa a falar num ou noutro miúdo da sala, conta como foi o dia e pergunta se o vamos buscar ao lanche ou depois, se vai só a mãe ou se o pai também vem, entre outras coisas curiosas. Única pena é o facto dele se recusar terminantemente a fazer a sesta, faz uma choradeira que não se aguenta e ninguém merece tal castigo. Sendo assim, dorme ao fim-de-semana e mesmo assim, só se for em casa ou no carro, pois caso contrário, nem pensar pois dormir é perder tempo!
Ambos os meus filhos mudaram de escola aos 3 anos, em ambas as situações estive bastante angustiada e pouco certa das nossas escolhas, mas o facto é que no final o saldo foi sempre positivo, o que me leva a crer que mudar de escola/ambiente nesta faixa etária até pode ser algo muito bom porque já conseguimos conversar com a criança e fazê-la perceber que vai correr tudo bem e o elo de confiança entre os pais e filhos aumenta seguramente. Claro que se tudo corre bem e as alternativas não são melhores, mais vale deixar a coisa como está...
Tal como fizemos com a irmã, aos três anos, vamos inscrevê-lo na natação. Aguardamos o parecer da escola e acreditamos que vai ser muito bom. Há umas semanas o pai foi com ele à piscina do ginásio e a experiência foi extraordinária, foi de tal forma boa que o rapaz só falava nisso e todos os dias insistia para voltarem à água para dar saltos!! Esperemos é que ao contrário da irmã, que a natação corra sempre bem e que à parte das constipações próprias e expectáveis, não tenhamos de passar por nenhum (mini)trauma relacionado com isso e que dite um fim da atividade com os colegas.
O melhor do meu dia é ir buscá-lo, especialmente se levo a mana, quando nos vê fica louco, corre na nossa direção deixa de ver, de ouvir, voa o chapéu e só nos quer abraçar. Um querido bruto.
Ambos os meus filhos mudaram de escola aos 3 anos, em ambas as situações estive bastante angustiada e pouco certa das nossas escolhas, mas o facto é que no final o saldo foi sempre positivo, o que me leva a crer que mudar de escola/ambiente nesta faixa etária até pode ser algo muito bom porque já conseguimos conversar com a criança e fazê-la perceber que vai correr tudo bem e o elo de confiança entre os pais e filhos aumenta seguramente. Claro que se tudo corre bem e as alternativas não são melhores, mais vale deixar a coisa como está...
Tal como fizemos com a irmã, aos três anos, vamos inscrevê-lo na natação. Aguardamos o parecer da escola e acreditamos que vai ser muito bom. Há umas semanas o pai foi com ele à piscina do ginásio e a experiência foi extraordinária, foi de tal forma boa que o rapaz só falava nisso e todos os dias insistia para voltarem à água para dar saltos!! Esperemos é que ao contrário da irmã, que a natação corra sempre bem e que à parte das constipações próprias e expectáveis, não tenhamos de passar por nenhum (mini)trauma relacionado com isso e que dite um fim da atividade com os colegas.
O melhor do meu dia é ir buscá-lo, especialmente se levo a mana, quando nos vê fica louco, corre na nossa direção deixa de ver, de ouvir, voa o chapéu e só nos quer abraçar. Um querido bruto.
20 de setembro de 2015
A noite em que lhe caíram os dentes da frente
Uma sexta-feira destas, foi aquela em que o Sócrates veio para casa (!), a minha mãe sugeriu que os garotos ficassem lá em casa a dormir. Eu, que estava um pouco reticente, acabei por acatar, até porque eles também insistiram e prometeram que se portavam bem... Lá vim eu para casa sozinha, bebi uma água e esperei que o pai chegasse. Quando ele chegou não viu ninguém, depois viu-me e perguntou o que se passava, que silêncio era aquele?
Nós que não temos por hábito ficar sem os miúdos achamos sempre muito estranha a sensação de estarmos de casa vazia. Há sempre por aqui tanta gritaria, correrias, ordens e contra-ordenações que nestas ocasiões ficamos assim como se tivéssemos uma bola não mão e não soubéssemos a quem passá-la. Confesso que estive mais de meia hora apenas a olhar pela janela a ver o trânsito, sem qualquer necessidade de fazer outra coisa qualquer, dar banhos, preparar sopas ou massa...
O tempo passou e ficámos sem vontade de fazer jantar, mas também não nos apeteceu saír para jantar fora, estávamos cansados e o jantei veio ter connosco e instalámo-nos a jantar na sala, no sofá, já passava bem das dez, basicamente estava ser perfeito, não fosse o telefone ter tocado uma vez.
- Olha, é só para dizer que os meninos estão a chorar porque têm saudades e tal e tal.
- Oh Leonor, quem foi que pediu para ficar aí? Para já com essa choradeira e dá o exemplo ao teu irmão.
Calaram-se e deitaram-se.
Passado um bom bocado, toca novamente o telefone.
- Olha, já estavam eles de luz apagada, quiseram dormir juntos, o Vasco deu uma cotovelada à Leonor e o dente da frente acabou por caír. O dente do lado está por um fio. Choram os dois e há sangue, não sei se isto vai correr bem.
- Oh Leonor, vá, já caiu o dente agora tens de deixar a avó tirar o outro porque está muito solto, não podes dormir assim.
- Foi o Vasco buaaaaaa O dente caíu buaaaa Não consigo... Não quero...
Passado mais um bocado liga novamente a minha mãe a dizer que a rapariga acabou por tirar o outro dente e que já dormiam os dois tranquilamente.
Enfim, uma pessoa fica sozinha quando o rei faz anos e é isto. Um desassossego, uma tragédia grega e no meio disto tudo é ver o Sócrates a chegar a casa com ar de "prisioneiro político" e depois a triste cena das pizzas e jornalistas atrasados mentais. Uma grande noite a recordar, portanto...
Nós que não temos por hábito ficar sem os miúdos achamos sempre muito estranha a sensação de estarmos de casa vazia. Há sempre por aqui tanta gritaria, correrias, ordens e contra-ordenações que nestas ocasiões ficamos assim como se tivéssemos uma bola não mão e não soubéssemos a quem passá-la. Confesso que estive mais de meia hora apenas a olhar pela janela a ver o trânsito, sem qualquer necessidade de fazer outra coisa qualquer, dar banhos, preparar sopas ou massa...
O tempo passou e ficámos sem vontade de fazer jantar, mas também não nos apeteceu saír para jantar fora, estávamos cansados e o jantei veio ter connosco e instalámo-nos a jantar na sala, no sofá, já passava bem das dez, basicamente estava ser perfeito, não fosse o telefone ter tocado uma vez.
- Olha, é só para dizer que os meninos estão a chorar porque têm saudades e tal e tal.
- Oh Leonor, quem foi que pediu para ficar aí? Para já com essa choradeira e dá o exemplo ao teu irmão.
Calaram-se e deitaram-se.
Passado um bom bocado, toca novamente o telefone.
- Olha, já estavam eles de luz apagada, quiseram dormir juntos, o Vasco deu uma cotovelada à Leonor e o dente da frente acabou por caír. O dente do lado está por um fio. Choram os dois e há sangue, não sei se isto vai correr bem.
- Oh Leonor, vá, já caiu o dente agora tens de deixar a avó tirar o outro porque está muito solto, não podes dormir assim.
- Foi o Vasco buaaaaaa O dente caíu buaaaa Não consigo... Não quero...
Passado mais um bocado liga novamente a minha mãe a dizer que a rapariga acabou por tirar o outro dente e que já dormiam os dois tranquilamente.
Enfim, uma pessoa fica sozinha quando o rei faz anos e é isto. Um desassossego, uma tragédia grega e no meio disto tudo é ver o Sócrates a chegar a casa com ar de "prisioneiro político" e depois a triste cena das pizzas e jornalistas atrasados mentais. Uma grande noite a recordar, portanto...
18 de setembro de 2015
o primeiro dia da escola primária
Começou hoje uma nova fase da vida dela, a escola primária e toda uma série de desafios pelos quais todos nós já passámos e que sabemos que nem sempre são fáceis mas não são de todo impossíveis de concretizar. Deixando de parte (mas não esquecendo) que esta não é a escola que nos facilita a vida diária, que não fomenta a independência da nossa filha fora de portas, que teremos de lidar de vez em quando com um agrupamento esquisito, não dialogante e muitas vezes dúbio, vamos entrar neste ano lectivo de cabeça.
Tenho andado enervada com este dia, aborreci todos à minha volta com a questão das colocações dos miúdos e do quão injustiçada me senti por todos os motivos que invoquei e mais alguns. Enfim, encaro isto como um choque com a realidade, faz-se o que se pode, chateia-se quem deve ser chateado e no fim ganham sempre os mesmos. Enfim, passemos em frente e trabalhemos com o que temos em mãos que isto podia ser ainda pior.
Chegou portanto o grande dia, ontem fomos conhecer a professora e os outros pais, tudo pessoas simpáticas, interessadas em ouvir a professora que nos pareceu experiente, muito prática e com muita abertura para dialogar com os pais fazendo um ou outro alerta e recomendações para o bom desempenho das crianças: Devemos alimentar bem as nossas crianças e não ter expectativas muito altas nestes primeiros tempos, que são sobretudo de ajustamento.
Hoje foi o dia dela, foi só de manhã e embora estivesse ansiosa e choramingona, quando viu uma cara conhecida na sala descontraiu e por fim até me disse que saísse porque os outros pais já estavam a ir embora. Eu estava bastante enervada, isto de levar um filho para a escola primária tem o que se lhe diga e nada tem de banal. Sim é uma nova fase e tal, mas a partir de agora acabou-se a brincadeira, a vida sem horários, a vida sem avaliações, a vida sem comparações. Quando a fomos buscar, parecia um pouco intimidada com a quantidade de pais junto ao portão, mas assim que me viu abriu um grande sorriso e toda ela era saltinhos tão característicos da sua personalidade. Disse que gostou da professora, que de facto lhe fazia lembrar a avó, que desenharam a mão, foram ao pátio e que partilhou a maçã do lanche com um menino que não tinha levado o que comer. Creio que foi um bom ponto de partida. Depois fomos almoçar ao restaurante favorito dela e passámos a tarde no escritório para começar desde já a entrar na rotina que começa para a semana.
---
Tudo o que diga respeito ao ensino é algo que me cativa, tento dar o meu melhor para motivar os meus filhos e despertar a curiosidade deles. O início da escola primária será também para mim uma (re)descoberta e motivo de escrita, creio que este blog poderá também iniciar uma nova fase onde dissertarei certamente sobre este assunto que é também um mega-desafio.
Tenho andado enervada com este dia, aborreci todos à minha volta com a questão das colocações dos miúdos e do quão injustiçada me senti por todos os motivos que invoquei e mais alguns. Enfim, encaro isto como um choque com a realidade, faz-se o que se pode, chateia-se quem deve ser chateado e no fim ganham sempre os mesmos. Enfim, passemos em frente e trabalhemos com o que temos em mãos que isto podia ser ainda pior.
Chegou portanto o grande dia, ontem fomos conhecer a professora e os outros pais, tudo pessoas simpáticas, interessadas em ouvir a professora que nos pareceu experiente, muito prática e com muita abertura para dialogar com os pais fazendo um ou outro alerta e recomendações para o bom desempenho das crianças: Devemos alimentar bem as nossas crianças e não ter expectativas muito altas nestes primeiros tempos, que são sobretudo de ajustamento.
Hoje foi o dia dela, foi só de manhã e embora estivesse ansiosa e choramingona, quando viu uma cara conhecida na sala descontraiu e por fim até me disse que saísse porque os outros pais já estavam a ir embora. Eu estava bastante enervada, isto de levar um filho para a escola primária tem o que se lhe diga e nada tem de banal. Sim é uma nova fase e tal, mas a partir de agora acabou-se a brincadeira, a vida sem horários, a vida sem avaliações, a vida sem comparações. Quando a fomos buscar, parecia um pouco intimidada com a quantidade de pais junto ao portão, mas assim que me viu abriu um grande sorriso e toda ela era saltinhos tão característicos da sua personalidade. Disse que gostou da professora, que de facto lhe fazia lembrar a avó, que desenharam a mão, foram ao pátio e que partilhou a maçã do lanche com um menino que não tinha levado o que comer. Creio que foi um bom ponto de partida. Depois fomos almoçar ao restaurante favorito dela e passámos a tarde no escritório para começar desde já a entrar na rotina que começa para a semana.
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Tudo o que diga respeito ao ensino é algo que me cativa, tento dar o meu melhor para motivar os meus filhos e despertar a curiosidade deles. O início da escola primária será também para mim uma (re)descoberta e motivo de escrita, creio que este blog poderá também iniciar uma nova fase onde dissertarei certamente sobre este assunto que é também um mega-desafio.
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13 de setembro de 2015
hoje o pai foi correr e podia ter sido um dia normal
Pois podia, mas não foi...
Sempre a correr, apressámos os miúdos logo ao acordar porque tínhamos de estar pelas 10 na partida. Já íamos a caminho e tivemos de desviar à última hora para ir buscar a tia Inês. Quando chegámos ao local da partida ainda faltava bastante tempo até à largada, mas como chovia fiquei no carro com os garotos para dar aquela forcinha a quem estava a apanhar uma molha jeitosa e nós ali no quentinho.
Os miúdos vibraram quando viram o pai equipado, de dorsal, a multidão a formar-se e depois o tiro de partida. Nesta altura, dou à chave e puff, carro sem bateria, chuva torrencial e os miúdos no banco de trás, bonito. Pelos vistos, os quatro piscas ligados durante 20 minutos não fizeram bem à bateria e nunca mais voltei a ligar a ignição. Saí do carro e fui ter com um rapaz da organização da corrida pedir auxílio, ele estava a gerir o trânsito que naquela hora já tinha sido todo escoado, só lá ficámos nós empancados. Regressei ao carro e a mais velha já choramingava, céus!!! E o carro o que tem? E isto também acontece com os outros carros, mamã? E sabes arranjar? O papá foi-se embora? E chove tanto..... Regressa o rapaz, diz que alguém da organização vem de Aveiro buscar-nos e que vamos todos para a Universidade. Saio do carro, casacos nos putos, carapuços, chapéu de chuva para a mais velha e o rapaz da organização, eu e o mais novo ao colo vamos à chuva até ao quartel dos bombeiros e o carro fica ali, inanimado num local de estacionamento proibido... Os miúdos ficaram assim um bocado atónitos com o que estava a acontecer, entretanto chegou o sr. da organização, metemo-nos todos no carro dele e seguimos para Aveiro não sem antes apanharmos imenso trânsito e ver alguns corredores que já estavam quase a chegar à cidade.
Enfim lá chegámos à Reitoria, correu tudo bem, depois de muito agradecer os senhores desapareceram no meio daquela multidão e eu levei as crianças ao WC. Quando o pai chegou lá tive de dar a última novidade, após algum convívio e descanso, os miúdos foram com os tios e primos todos ao molho e fé em Deus (um cinto para três OMG) para casa dos avós e lá ficaram a almoçar. Depois o tio regressou, levou-nos gentilmente ao nosso carro e esperou até que um bombeiro tivesse feito uma ligação direta na nossa bateria. Felizmente resolveu-se o problema e regressámos a casa para um merecido banho quente e um almoço em família.
A sério, mas porque andamos sempre a meter os miúdos nestas alhadas, coitados!! É justo dizer que não falaram noutra coisa no resto do dia, que o carro avariou, que o papá correu à chuva, que andaram no carro dos tios uns em cima dos outros. Ai senhor, valeu-nos a chuva que ao fim e ao cabo é desculpa para muita asneirada...
Sempre a correr, apressámos os miúdos logo ao acordar porque tínhamos de estar pelas 10 na partida. Já íamos a caminho e tivemos de desviar à última hora para ir buscar a tia Inês. Quando chegámos ao local da partida ainda faltava bastante tempo até à largada, mas como chovia fiquei no carro com os garotos para dar aquela forcinha a quem estava a apanhar uma molha jeitosa e nós ali no quentinho.
Os miúdos vibraram quando viram o pai equipado, de dorsal, a multidão a formar-se e depois o tiro de partida. Nesta altura, dou à chave e puff, carro sem bateria, chuva torrencial e os miúdos no banco de trás, bonito. Pelos vistos, os quatro piscas ligados durante 20 minutos não fizeram bem à bateria e nunca mais voltei a ligar a ignição. Saí do carro e fui ter com um rapaz da organização da corrida pedir auxílio, ele estava a gerir o trânsito que naquela hora já tinha sido todo escoado, só lá ficámos nós empancados. Regressei ao carro e a mais velha já choramingava, céus!!! E o carro o que tem? E isto também acontece com os outros carros, mamã? E sabes arranjar? O papá foi-se embora? E chove tanto..... Regressa o rapaz, diz que alguém da organização vem de Aveiro buscar-nos e que vamos todos para a Universidade. Saio do carro, casacos nos putos, carapuços, chapéu de chuva para a mais velha e o rapaz da organização, eu e o mais novo ao colo vamos à chuva até ao quartel dos bombeiros e o carro fica ali, inanimado num local de estacionamento proibido... Os miúdos ficaram assim um bocado atónitos com o que estava a acontecer, entretanto chegou o sr. da organização, metemo-nos todos no carro dele e seguimos para Aveiro não sem antes apanharmos imenso trânsito e ver alguns corredores que já estavam quase a chegar à cidade.
Enfim lá chegámos à Reitoria, correu tudo bem, depois de muito agradecer os senhores desapareceram no meio daquela multidão e eu levei as crianças ao WC. Quando o pai chegou lá tive de dar a última novidade, após algum convívio e descanso, os miúdos foram com os tios e primos todos ao molho e fé em Deus (um cinto para três OMG) para casa dos avós e lá ficaram a almoçar. Depois o tio regressou, levou-nos gentilmente ao nosso carro e esperou até que um bombeiro tivesse feito uma ligação direta na nossa bateria. Felizmente resolveu-se o problema e regressámos a casa para um merecido banho quente e um almoço em família.
A sério, mas porque andamos sempre a meter os miúdos nestas alhadas, coitados!! É justo dizer que não falaram noutra coisa no resto do dia, que o carro avariou, que o papá correu à chuva, que andaram no carro dos tios uns em cima dos outros. Ai senhor, valeu-nos a chuva que ao fim e ao cabo é desculpa para muita asneirada...
4 de setembro de 2015
3 de setembro de 2015
Para, escuta, olha
e age.
Não vou aqui dissertar sobre o horror que tem vindo a público sobre a questão da migração, nem tão pouco sobre as consequências que isto irá ter em milhares de crianças. Pouco telejornal vejo, mas uma vez ou outra vou espreitando o que corre nas redes sociais, o que se diz em blogues e venho hoje sugerir-vos três imagens, que olhem para elas e que façam o que melhor souberem com a informação que contém.
Obrigada.
Estas caixas solidárias são levantadas nos CTT, basta encher com o seu donativo, assinalar a instituição para a qual se destina e devolver na estação dos correios. Iniciativa gratuita.
Não vou aqui dissertar sobre o horror que tem vindo a público sobre a questão da migração, nem tão pouco sobre as consequências que isto irá ter em milhares de crianças. Pouco telejornal vejo, mas uma vez ou outra vou espreitando o que corre nas redes sociais, o que se diz em blogues e venho hoje sugerir-vos três imagens, que olhem para elas e que façam o que melhor souberem com a informação que contém.
Obrigada.
Estas caixas solidárias são levantadas nos CTT, basta encher com o seu donativo, assinalar a instituição para a qual se destina e devolver na estação dos correios. Iniciativa gratuita.
31 de agosto de 2015
Das férias a norte
Depois da febre do mais novo passar e de deixar de chover fomos dar uma volta. Há muitos anos fomos ao Soejo e desta vez apeteceu-me voltar. É um sítio muito especial por ter um aspecto tão imponente e por ser um local de trabalho, mas quase parece de culto. Enfim, é um sítio que eu gosto e que recomendo, certamente irão gostar.
Os espigueiros de granito construídos sobre aquela enorme laje são assim qualquer coisa que nos atrai, os miúdos não lhes ficaram indiferentes, fizeram bastantes perguntas e acho que gostaram de correr, subir e descer vezes sem conta a eira.
Para mim, o céu estava mesmo perfeito, azul forte com nuvens baixas. Lindo.
Como o dia estava bom prosseguimos viagem e rumámos à Portela do Homem no Gerês. Quando demos por ela estávamos "no estrangeiro"! e só depois de muita curva é que tornámos a entrar em Portugal onde mesmo na antiga fronteira (com edifício da alfândega e tudo) lá estava a placa a indicar a Portela do Homem.
Parámos o carro e demos conta que estavam uns fresquíssimos 13º, socorro. Viemos por esta estrada e dirigimo-nos para a tal piscina natural. A meio caminho o pai voltou para trás para buscar o carro que não se podia com o frio e tivemos medo que o mais novo recaísse na febre. Eu fiquei sozinha com eles e continuámos o caminho para baixo, eu aproveitei para dizer parvoíces do género "esta parece a floresta do capuchinho vermelho, será que vem aí o lobo mau???" - eles ficaram com cara de pânico.
Uma vez que o carro passe um determinado ponto, onde se paga para passar, não podemos parar porque é proibido parar na reserva. Ainda assim, parámos uns segundos para eu tirar uma fotografia à Portela do Homem, onde gente bravíssima mergulhava mesmo estando temperaturas de inverno. Acho que fazendo calor, deve ser espetacular passar aqui umas horas.
A floresta do lobo mau é um sítio lindíssimo, muito fechado mas que vale a pena visitar. Depois de muitos kms passámos pela vila do Gerês que tem IMENSOS hoteis, rooms e chambres, uma albufeira cheia de atividades náuticas e que ficámos cheios de vontade de passar lá um fim-de-semana.
A nossa viagem acabou em Braga onde jantámos e depois seguimos para casa dos avós.
Houve também um dia que passámos com as primas e fomos até Viana para aproveitar os últimos carrosséis das Festas que, infelizmente, este ano nem lá demos um salto. Os meus filhos são verdadeiros aficionados dos carrinhos de choque, adoram!!
Mesmo antes de regressarmos a casa fomos ao rio que estava baixinho e calmo e sem ninguém por ser um dia de semana. Os miúdos não se aventuraram para além de onde os deixámos ir, mas deu para brincar um bocado.
Por fim, o milho, adoro as caras deles de "oh, mãe, mas porquê??"
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