30 de junho de 2012

semana de praia com a creche

Durante toda a semana que passou ela foi à praia com os coleguitas da creche. Foram numa carrinha que eu nunca vi (se calhar até foi melhor assim), deixámo-la sempre na creche como todos os dias e depois regressávamos para buscá-la ao fim do dia já a praia estava feita (foi só de manhã).
No ano passado houve apenas uma ida à praia, e na altura não autorizei, achei e continuo a achar que com menos de 2 anos de idade ela não iria tirar qualquer partido dessa agitação matinal. Este ano, a proposta era uma semana inteira, as crianças eram divididas em dois grupos e regressavam para almoçar ainda bem cedo. Ponderei, ponderei e lá acabei por deixar a rapariga ir à praia com a miudagem; após ter assinado, soube que ela seria a única a não ir, caso eu não autorizasse e isso deixou-me um pouco mais contente, porque apesar de isso às vezes acontecer, eu detesto excluir a minha filha do pequeno grupo em que está inserida.
A mim custou-me imenso deixá-la ir, creio que a subida da minha tensão no início da semana também se deveu a isso, preocupou-me que não soubessem fixar convenientemente a cadeira dela, o calor excessivo da carrinha, o wc público, a areia nos olhos, o pseudo-banho na escola, enfim para fazer cenários negros estou cá eu. O facto é que ela parece ter aproveitado, mas chegou ao fim da semana derreada de cansada, com uma ligeira alergia ao calor, sempre com demasiado creme ainda agarrado e muita roupa extra para lavar. Soubemos também que não lhe agradou a "carrinha", pois todos os dias perguntava-nos se íamos à praia no carro e quando dizíamos que "não, vais na carrinha com os colegas!" ela ficava esmorecida e nós tentávamos subvalorizar a questão.
Enfim, ela foi, a semana passou, o mano não nasceu e pudemos organizar as nossas manhãs sem problemas, mas confesso que esta foi uma semana mais longa de passar e felizmente acabou sem danos colaterais!!

29 de junho de 2012

39 semanas



A minha anterior gravidez terminou às 39 semanas e 4 dias, estou a contar que desta vez seja semelhante - PLEASE!
Não me interpretem mal, até gosto de estar grávida, não me aborrece o calor e sei que poucos dias após o nascimento vou ter saudades desta sensação, mas.... tenho tantas dores ciáticas que por vezes me sinto a alucinar quando dou os primeiros passos depois de me levantar da cadeira, sofá ou seja o que fôr.
Estas dores de costas são realmente algo extraordinário, mil facas num único sítio, ali à esquerda como quem se dirige ao topo do osso ilíaco :SSS

Fora estes momentos de dor, estamos já muito curiosos e expectantes, queremos ver a cara do rapazola, será que tem cabelo como o da mana? será mini como era a mana? vai demorar a nascer ou vai ser zas-traz? Que passem as horas rapidamente, que eu já estou pronta!



hoje não tive o meu fotógrafo de serviço...

factos que mexem emocionalmente com uma grávida

ando saturada destas cenas:

- não há um almoço que não distribua nódoas sobre a blusa, entenda-se na zona gigantesca da pança
- só me servem as birkenstock
- vestir os calções de um pijama que outrora eram largos e agora oiço as costuras rebentar
- dormir quase sentada
- xixi toda a meia hora


28 de junho de 2012

o que eu adoro esta música



LINDA!

abanico

hoje faço efetivamente 39 semanas, não vá a coisa dar-se e amanhã não há tempo para fotos!

Diz a minha parteira preferida que com este calorão não devemos deixar de levar um abanico para o maridão nos refrescar!
Ok, abanico encontrado e guardado!

quanto à água termal em spray - maravilhosa - prefiro não arriscar que a confisquem no parto. vou guardá-la para quando estiver a dar de mamar, que se for como da última vez é sempre um calor insuportável!

27 de junho de 2012

Euro 2012 - o balanço

Foi bastante positivo o euro 2012, senão vejamos:

diversificação do vocabulário
- senhor de preto (árbitro)
- goloooooo
- fora
- canto
- bola não bateu na rede. ohhhhhh....

noções básicas de patriotismo
- bandeira de portugal (apontada em todo o lado com euforia)
- já sabe o hino quase com perfeição
- bater palmas depois da cantoria

noções básicas de civismo
- o senhor pisou o outro! está errado!
- apertaram as mãos
- pumbaaaa caiu ao chão
- foi o senhor que empurrou!

ainda por cá andamos :)


e vagueamos pela nossa cidade e é sempre uma alegria descobrir pormenores encantadores.

26 de junho de 2012

Alta tensão




Dores de cabeça persistentes, sentir o coração que parece que me salta do peito cá para fora.
Foram-se as tensões de passarinho. Vou cortar a bica depois do almoço e dormir mais. Caneco!

25 de junho de 2012

a minha veia lírica

Patrão que é patrão
não ganha um tostão
não tem regalias sociais
mas paga-as como os demais


Afinal sei rimar, pena que seja uma maneira de ironizar com uma situação que me enerva.
Adoraria que viesse aqui alguém, mesmo que fosse sob a fachada do anonimato, demonstar que estou enganada. Que afinal o patrão também tem direito à parentalidade.

24 de junho de 2012

a mala dela


Após ter feito a minha mala e a mala dele, achei que era melhor fazer também uma mala para ela para o que desse e viesse. Esta mala já tem muitos anos, no mínimo 32, e estava guardada em casa dos meus pais com o fecho estragado já há muito tempo. Fui repescá-la, mandei arranjar o fecho e em breve mandarei trocar o forro que já está manchado do tempo e das viagens de outrora. É uma mala de fim-de-semana muito jeitosa, toda em cabedal já com aquele ar gasto próprio dos anos que tem, e a partir de agora será a mala dela!
Como não sabemos o filme que nos espera achei por bem prevenir uma dormida dela fora de casa e sendo assim reuni aqui t-shirts, calças, roupa interior, um vestido, uma camisola, um pijama, fraldas para a noite e produtos de higiene. Coube tudo e ainda sobrou espaço para um boneco ou livro, acho que foi uma óptima escolha e já vos digo que vou surripiar esta mala para mim de vez em quando ;)))
Lot's of vintage style!

23 de junho de 2012

do verbo besuntar

Consegui atravessar toda a gravidez sem comprar um único creme para as estrias, perguntam as mais cépticas "mas como???", foi fácil...
Usei todas as variedades que estão na imagem-mix que fiz acima, não usei todos os dias é certo, mas o facto é que tive imensa sorte por ter muitas amostras destes cremes, dadas na sua maioria em consultas no Centro de Saúde e na clínica de ecografias. O Velastisa é muito bom, e é a nova versão do creme que comprei na última gravidez, foi-me dado em formato normal e veio de uma ex-grávida que não o usou todo. Os outros também não me insatisfizeram, uns mais gordurosos do que outros, o Nívea tenho sempre em casa e foi mais ou menos isto - 0.00 euros!!


certo, certo é eu fiar-me na estupenda genética que me assiste e me permite ser uma baldas a 100%

22 de junho de 2012

38 semanas


Como é que algum dia eu imaginei que poderia ser capaz de ir ver a Madonna este fim-de-semana?
Santa inocência... :D

Uma semana que começou com muitos abusos, sendo que no sábado tivemos um piquenique, no domingo uma festa de aniversário, na segunda um périplo por serviços e shopping center. Resultado - fiquei ko e não regressei ao escritório, porém fiquei a trabalhar no recesso do lar, sempre a dar o litro porque felizmente o trabalho não parou de chegar. Estando tudo em dia, posso arrumar a casa, que é como quem diz de forma poética - Fazer o Ninho. Olho para os cantos e vejo pó, roupa desarrumada, brinquedos por todo os lados, roupa no estendal que já está mais do que tesa...... Ele fica com o trabalho braçal, ou seja, ela!
Só desejo fazer uma semana de "férias" para a semana que vem, ir à praia, caminhar, comer gelados e aguardar que chegue a nossa hora sem pensar em prazos.

21 de junho de 2012

...


à espera...

inspira sofia helena, inspira!!


Efectivamente frequentar as aulas pré-parto tem inúmeras vantagens...

Vamos lá fazer um forcing, ok!

printscreen de windguru


Rico filho mais novo, sei que estás previsto chegar para o final da primeira semana de Julho, porém, sei também que já dás sinais claros de te quereres pôr a mexer daí para fora. Gostaria de te pedir que obedecesses à mãe e ficásses na tua até pelo menos dia 1 de Julho, que eu quero fazer uma semana de praia. Dava mesmo um jeitão, ok!

Dedico este post à fofa da Miriam :D

Pink and Blue Project



Muito bom!! :DDD
Para saber mais, clicar aqui.

20 de junho de 2012

um capítulo - casar e folhear



Foi em Março, parece que foi outro dia :)
aqui e aqui.

da vaidade


sim, sou uma vaidosona.

19 de junho de 2012

vestir ou não vestir


Durante esta gravidez meti na minha cabecita que havia de chegar ao fim do tempo sem gastar nem mais um cêntimo em roupa de grávida. Comprei uns básicos há 3 anos e havia de os usar novamente sem problemas, tal realmente aconteceu, porém a meteorologia e o meu pêso ou físico trocaram-me as voltas.
Desta vez estou com um desfasamento de 6 ou 7 semanas em relação à outra gravidez e lá calhou estar um frio pouco habitual para junho, o que nem sempre me faz apetecer andar de vestido. Sendo assim, vi as minhas calças e leggings ficarem muito apertadas, mesmo sendo de grávida! mas eram um 34. Há umas semanas tentei a minha sorte com este concurso, infelizmente não tive a sorte de ganhar umas Salsa Hope com a fotografia que fiz acima, mas não me safei de me render às evidências - cheguei ao meu limite! - e rumei a uma loja de fast fashion para adquirir à pressa um par de calças e leggings n36. Isto tudo para dizer que de facto o conforto é sagrado e não vale a pena estarmo-nos a enganar, que o corpo não modifica assim tanto e que são só mais duas ou três semanas e tudo e tudo. Pior é sentar-me no banco do carro e achar que a minha barriga e ancas vão ficar cortadas com a força dos tecidos sob tensão, isso sim é de evitar!!

Falando ainda de vestuário...
Ao fazer a minha mala da maternidade e escolher a roupa de saída do hospital, lembrei-me da minha inocência de há 3 anos. Cometi um erro crasso!!! Escolhi um vestido largo e arejado, simples de vestir e que não me causasse demoras no wc, porém nunca mais me ocorreu que o dito não tinha botões à frente e isso foi uma valente chatice. No dia em que tivemos alta do hospital atrasámo-nos bastante para sair e calhou de entrar novamente na hora de lhe dar de mamar/tirar leite e foi um bico d'obra que nem vos digo! Sendo assim, lanço o alterta - botões, muitos botões, desta vez já controlei uma blusa!!

18 de junho de 2012

agente infiltrado

Segundo as teorias vigentes, a chupeta é um agente do mal, dificulta a adaptação do recém-nascido à pega no peito - tudo bem, concordo, mas... eu cá sou fã desde o primeiro momento com a minha mais velha, vai daí, já fervi a do mais novo e escondi-a na mala para o que der e vier.

Eu tive algumas (muitas) dificuldades em dar de mamar, mas no fim a coisa compôs-se, e garanto-vos que a chupeta nunca foi empecilho para tal tarefa, que a minha filha distinguia muito bem de onde vinha a comezaina e de onde vinha o relax. Até aos dias de hoje este pequeno artigo faz maravilhas em horas de crise/sono da Leonor, é só aplicar e já está, ela fica zen, adora aquilo. Portanto filho meu também vai levar com chupetada mesmo sendo o hospital inteiro contra porque se diz amigo do bebé e tal e coiso. Eu também adoro bebés, mas odeio ouvi-los chorar!

Podem consultar aqui os 10 Mandamentos dos Hospitais Amigos dos Bebés. Ver ponto 9.

17 de junho de 2012

do piquenique


As condições meteorológicas pareciam adversas, mas veio a bonança e esteve um dia fantástico à beira-mar. Foi de manhã à tardinha, muito convívio, brincadeiras, cantorias e troca de ideias. Gostámos bastante.

Para o nosso almoço fizemos: tipos de massas variadas (farfalle, fusilli e penne - sobras de vários pacotes) com tomate cherry, peito de frango grelhado e cogumelos frescos laminados, tudo misturado numa frigideira grande. Ela adora e fica muito bem aromatizado com sumo de limão e mangericão seco.
Para sobremesa nêsperas bem maduras e um bolo de iogurte regado com sumo de laranja acabado de espremer.



A minha filha monopolizou as bolas durante todo o evento social.


16 de junho de 2012

Eu sou aquela...






Eu sou aquela que diz que "um dia, quando os meus filhos não precisarem de mim, vou comprar uma casa num monte alentejano". Esta casa que vos mostro é no Montijo, todos já vimos casas iguais a esta, à beira da estrada, daquelas que ao espreitar vemos a telenovela na tv junto à janela da fachada, super pitoresco, super português.
Esta casa foi remodelada pelo arquiteto Paulo Tormenta Pinto e quanto a mim, resulta num bom exercício de como trazer luz a um espaço condenado à treva. Tenho pena de não saber como era a configuração antes das obras, mas gosto imenso do resultado final, e sim, um dia hei-de ter a minha casita anos 30.
Podem ver mais fotografias deste trabalho aqui. Reportagem fotográfica de Fernando e Sérgio Guerra.

15 de junho de 2012

37 semanas



Chegámos ao fim do tempo, a partir de agora é o Vale Tudo.
Concentração máxima.

os tipos de pré-papá

Bem, as minhas aulas de pré-parto são uma risota e prometo que não vos maço mais com isto :DD
mas vou identificar-vos os diferentes tipos de pais que lá andam.

O pré-papá-sabichão - ontem esteve muito bem comportado, não abriu o bico uma única vez e esteve sempre entretido a ler a sua revista generalista.

O pré-papá-stressado - é aquele que mostra evidente nervosismo porque a sua grávida não faz os exercícios corretamente e levanta-se e tenta corrigi-la e chama a enfermeira e fala pela sua grávida.

O pré-papá-intérprete - este é o mais fofo - não sei se é o pai da criança, mas faz de conta - tem a seu cargo uma grávida estrangeira que não percebe patavina de português e ele não percebe patavina de partos. tem um bloco, anota tudo e fica muito sem jeito quando faz perguntas. Adoro-o, é o máximo :D

O pré-papá-invisível - estão lá, não se mexem, não falam, não nada. dizem "boa tarde" e mais nada. Também gosto muito deles.

O pré-papá-ocupado - tem mais que fazer e não aparece - o meu está neste grupo :D

já não se pode fazer planos

A minha mais velha já brinca alegremente com o presente que o meu mais novo lhe ía trazer...

(este é o resultado de ter adiado tanto tempo fazer a mala da maternidade)
(a qual ainda não está fechada, já agora...)

14 de junho de 2012

Desafio para o fim-de-semana


Source: hippetantes.nl via Bert on Pinterest


Piquenique para promover o círculo de amizade creche-famílias. Dizia o bilhete "não se esqueça da cesta!"

Ok, não tenho cesta, mas tenho uma toalha de mesa aos quadrados brancos e encarnados cheia de nódoas intemporais. Já é um princípio!

13 de junho de 2012

trabalho é trabalho, cognac é cognac


Esta minha gravidez tem muitos pontos em comum com a anterior, sobretudo na parte evolutiva, não sofri de nenhum mal-estar exagerado, não sofri de nenhuma maleita, e agora no fim o corpo começa a ceder ligeiramente ao peso e ao calor, mas é apenas algo transitório e perfeitamente suportável.

Porém, existe um factor que está a marcar uma grande diferença: a minha situação laboral. Se antes era trabalhadora por conta de outrém e estava integrada numa empresa fora da minha cidade de residência, desta vez estou a trabalhar na minha empresa que geograficamente está pertíssimo da minha casa. Tenho uma vida bem mais tranquila e isso permitiu-me abdicar da baixa médica que normalmente é atribuída no final da gravidez e que a minha médica já me perguntou se eu queria. Se da outra vez vim a toque de caixa para casa pelas 33 semanas, agora, às 37 ainda estou ao serviço e pelo escritório estarei até me mudar para o hospital. Garanto-vos que isto é a Felicidade, poder continuar ativa profissionalmente mas de uma forma mais relaxada e algo descomprometida. Quando da última vez estive de baixa, souberam-me muito bem os primeiros dias, eu estava efetivamente muito cansada, cheia de dores ciáticas e a primeira semana foi boa, relaxava todo o dia entre o sofá e a cama. No entanto, passada essa semana inicial já me maçava estar trancafiada em casa e essa é a maior desvantagem da baixa médica. Eu só tinha ordem de soltura para consultas e fora do horário de expediente normal, e isso era motivo de stress para mim. É suposto uma grávida sair, caminhar, respirar e distraír-se, no entanto, estando de baixa é obrigada a ficar em casa durante todo o dia, e isso é quase como que uma prisão domiciliária - e eu não estava com baixa de risco. Da outra vez só ignorei estas regras às 39 semanas, quando todos os dias fui peregrinar para a praia, e ainda assim ía sempre com a ideia da inspeção da SS (segurança social), felizmente nunca apareceram e livrei-me de uma série de justificações. Ao contrário daquela época, os meus dias têm sido divididos entre o trabalho no gabinete e quando o cansaço aperta fico por casa, vou orientando umas coisitas, respondo aos e-mails dos clientes, tudo ao ritmo de alguém que já não deve ficar nem muito tempo sentada, nem de pé, nem deitada e nem a caminhar, mas que deve fazer tudo isto de tempos a tempos.

Uma grávida, como todos sabem, não é uma pessoa doente, é sim, uma pessoa fisicamente mais limitada e que se cansa mais facilmente. Quando vou para o escritório tenho de descansar um bocadinho, mas passado um bocado, já estou a bulir no computador e em plena atividade intelectual. Creio que seria uma mais-valia para as empresas se estas pudessem acordar com as suas grávidas um horário mais flexível, onde não fosse necessária a baixa médica e que em simultâneo a mulher pudesse ter maiores momentos de descanso e ainda assim manter-se ativa profissionalmente.

Sou uma felizarda, é o que é.

O pré-papá

Já disse que adoro ir às aulas pré-parto da minha enfermeira do coração? já pois.
A única coisa que ainda não disse é que estou desejosa que a querida esposa/namorada de um pré-papá que lá anda tenha o seu bebé o mais depressa possível. Porquê? Porque o sr. excelentíssimo pré-papá é daqueles SUPER interessados e que só está bem a intervir e a fazer perguntas e a dar explicações que NINGUÉM quer ouvir.
Na última aula tivemos a gramar a pastilha de como os cientistas da NASA!! tiveram a responsabilidade de criar umas enzimas para triturar uns nutrientes que evitavam a flatulência nos astronautas e que isso agora é ingerido pela mamã-amamentadora e que supostamente não provoca cólicas no rico-bebé.

AMIGO senta-te e cala-te.

O pior de tudo é que eu ainda não consegui descobrir quem é a pré-mamã contectada àquele crominho para poder revirar à vontade os meus olhos... longe de mim ferir os sentimentos de uma mulher nestas condições.

12 de junho de 2012

look Wonder-Woman


Adoro a wonder-woman. Adoro ir para a aula de parto com esta t-shirt. 

a pré-mala dele

Na semana passada, quando saímos quase a correr por causa da novidade do fim-de-semana prolongado, achei que se calhar era melhor fazer a mala dele e guardá-la no carro. Juntei algumas roupas que me pareceram adequadas e puxei o fecho.
Antes de sair tornei a abri-la e enfiei lá para dentro algumas coisas para mim, não fosse o diabo tecê-las e o rapaz nascer mesmo a 150kms de casa. Não nasceu, trouxe novamente a mala para casa para tornar a fazê-la. Conto ter tudo a postos até ao final desta semana!!!

Mala para sala de parto:
trouxa do recém-nascido (por camadas) - cobertor, fralda de pano, gorro, fato exterior, meias, roupa interior
exames realizados e caderneta da grávida
saco de plástico para roupa usada
máquina fotográfica, garrafa de água e dinheiro trocado

10 de junho de 2012

Mix-match do fim-de-semana


Eu e o meu homem devíamos ser os únicos cromos de Portugal que não sabiamos que na quinta-feira passada era feriado. Soubemo-lo na véspera e uma vez que já planeávamos um fim-de-semana familiar nos meus pais e nos pais dele, antecipámos a nossa ida e lá fomos estrada fora. Deu para descansar, brincar, dar umas voltas e depois regressar com a mente e o corpo mais relaxados.

Humm

Estou em crer que ontem ao deitar tive a minha primeira contracao daquelas verdadeiras. Felizmente foi caso isolado e pudemos todos dormir em sossego.
Está a aproximar-se pá!

8 de junho de 2012

36 semanas


Falta 1 mês, acaba-se a roda-viva e passarei a trabalhar em part-time.


7 de junho de 2012

Silenced by the night



Esta música põe-me bem disposta. Boa para caminhar e conduzir :)

6 de junho de 2012

Primeira aula


Ontem fui à minha primeira aula de parto desta gravidez, a enfermeira reconheceu-me imediatamente, fez-me uma festa e eu acabei por ser chamada várias vezes para confirmar várias etapas do parto e motivar as colegas de primeira viagem.
Tudo bem que já vou entre as 35 e 36 semanas, mas confesso que me senti intimidada pela enormidade das barrigas das minhas colegas, colossais, pesadas, cheias, reluzentes. Ainda assim adorei ter regressado ao curso, não só por recapitular o processo do parto, mas para me sentir com a coragem de outrora. Saí da aula como se fosse o Rambo, capaz de levar tudo à minha frente com a graciosidade de um tanque blindado.

A reter:

- A grávida preparada não tem medo!
- A grávida preparada respira com calma.
- Levar uma garrafa de água, batom de cieiro e um bom elástico para o cabelo
- Virar para a esquerda e para a direita para espalhar bem a epidural
- Ouvir com atenção as instruções que me dão
- Dizer umas graçolas ao meu homem

Entretanto vou começar a descanças para ver se não tenho tantas contrações nas próximas duas semanas.


Dedico este post à minha amiga e ex-colega Sofia Costa que terá hoje o seu Vasco. Força aí Costa!

5 de junho de 2012

Regresso ao passado

Música no Coração - baseada em factos verídicos, filmado na Áustria

A propósito de um momento nostálgico que tive noutro dia, escrevo agora pela sugestão de duas amigas leitoras, sobre a minha visão daquilo que ficou da época em que fomos emigrantes na Áustria.

Chegámos à Áustria era inverno e era noite, contam-nos os nossos pais que a primeira surpresa foi a neve que estava depositada no chão e que nós prontamente fomos investigar como se viéssemos de Marte. Eu tinha 6 anos, a minha irmã acabara de fazer 5 e o meu irmão tinha 3, viemos da terra do calor tropical, estagiámos durante uns meses em Lisboa e um belo dia aterrámos no centro da Europa.

Lembro-me da casa muito quente e da quantidade de neve que se via das janelas e que tudo aquilo não tinha nada a ver com o deixámos em Lisboa. Passado pouco tempo fomos para a escola e lembro-me de sermos conduzidos pelas professoras, percebíamos o que elas queriam mas não entendíamos nada. Fui para a minha sala e as meninas sentiram-se curiosas para saber o que eu tinha para lhes dizer e eu de bico calado. Isto deve ter-se repetido nos primeiros dias porque rapidamente comecei a interagir com os nativos loiros e o facto é que passados 3 meses de escola, eu e os meus irmãos falávamos alemão ao nível da perfeição que uma criança da nossa idade teria, pelo idioma não nos distinguiam.

A passagem para a escola primária foi normalíssima, eu tinha já 7 anos quando iniciei a primeira classe, tal como uma larga maioria dos meus colegas, tanto quanto sei, era incentivado que as crianças iniciassem o ensino primário com 7 anos sem terem conhecimentos de leitura ou escrita, não sei se isso hoje ainda se mantém. Apesar de já nos sentirmos perfeitamente integrados, nos anos que se seguiram havia sempre aquela coisa de sermos estrangeiros e de uma forma ou de outra eu sentia que tinha algo em comum com os turcos, checos e jugoslavos que também povoavam a minha turma. Mas enquanto esses colegas estrangeiros tinham imensos conterrâneos na escola, nós éramos realmente os únicos portugueses - a Áustria não era de todo um destino português.

A Áustria ensinou-me a estimar o que me rodeava, desde o material escolar, passado pelos brinquedos, não se podia mexer em nada, havia um grande convívio com a natureza onde alternávamos entre a montanha, os lagos, a neve e verões amenos. Tivemos acesso a vários países e desta forma pudemos ir a locais estimulantes como Veneza e Normandia, fizemos uma viagem de carro Áustria-Portugal e foi o máximo ver tantas paisagens diferentes. Mesmo sendo nós crianças vibrámos imenso com as histórias da II Guerra, a peste negra, castelos de encantar e muitas tradições do centro da Europa. A escola era algo que nos trazia imensa responsabilidade, éramos obrigados a ir sem os pais a pé em grupos de amigos para as aulas. Tínhamos tesouras de costureira para os trabalhos manuais, usávamos o martelo e pregos com grande naturalidade, os materiais de papelaria deveriam sobreviver até à 4a classe e os colegas dos anos mais avançados escreviam os recados para os colegas da 1a classe - nada de fotocópias! Os melhores alunos eram enaltecidos e os medíocres eram apontados como tal com o objetivo de os fazer seguir os bons exemplos da turma. (Só frequentei até à 3a classe, depois mudámos novamente).

Durante o tempo que estivemos na Áustria falámos sempre em português em casa, mas entre irmãos íamos alternando entre o português e o alemão.
Ao contrário de nós, filhos e pai, que estávamos totalmente integrados, a nossa mãe foi provavelmente a que enfrentou o maior desafio pois deixou de trabalhar em enfermagem e teve de aprender alemão para poder comunicar com professores, pediatras, lojistas, vizinhos e por aí fora. Acho que isso foi o mais difícil mas a minha mãe saiu-se muito bem e só prova que não há adversidades perante a inevitabilidade do cenário que vivemos. É a vida.

Neste momento vejo amigos emigrarem, e recordo-me bastante daquela época mas não me imagino a deixar Portugal...  já tive a minha conta de estrangeiro e quero que os meus filhos saibam o que é ter primos e avós durante a infância. Eu não tive nada disso, mas na altura não senti falta. Hoje não tenho amigos de infância, não posso dizer à minha filha "olha foi aqui que a mãe andou na escola primária" e isso é estranho, tenho raízes espalhadas por vários locais e muitas escolas, tenho muitas memórias de acontecimentos remotos, como o desastre nunclear de Chernobyl e as restrições que tivemos por causa disso (recordo-me de traduzir as notícias da tv para os nossos pais). A emigração podia ter corrido mal, mas no nosso caso foi maioritariamente positiva e acho que alguém que vá entrar numa aventura destas com os filhos, não deve ter medo mas nunca mais se volta ao que era. De um modo geral a emigração muda-nos para sempre, não somos de lá e quando regressamos não somos de cá, temos sotaque em todo o lado, há hábitos novos que adquirimos e aprendemos a aceitar que as pessoas são realmente muito influenciadas pelo meio em que habitam.

4 de junho de 2012

Procura-se!

Oh gente, estão a ver estas sabrinas/sapatilhas/não sei como definir? Não é bem isto, mas aqui há uns bons 20 anos havia uns sapatinhos parecidos com estes em tudo que era barraca de feira e barraca de praia por este país fora. Eram em tecido fino preto, tinham uma flor vermelha com folhagem verde bordada, uma fivela e uma sola em cabedal(?) fininha. Havia também a versão totalmente preta! Estão lembradas?

Pois é, a questão é a seguinte, este ano lembrei-me disto a propósito da febre das alpargatas ou alpercatas ou lá como se chama, e a verdade é que eu sempre quis ter umas xanatas deste género, assim meias cigano-hippy.

Haverá por aí alguém que saiba onde isto se arranja? Eu gostava de ter umas :))) Anyone?

Agradecida!

1 de junho de 2012

35 semanas

(servem os óculos para esconder o meu olhar cansado de quem acordou às 7:00 com uma pessoínha cheia de energia aos saltos na minha cama)

Ai que caloooooor....
Agora os meus tornozelos alternam entre inchados, pouco inchados e inchadíssimos, creio que só voltarão ao estado normal quando eu própria sair deste estado de grávida.

Fui repescar a minha velhinha La.Ga bag, feita num papel todo super especial, pode ir à máquina de lavar, pode carregar até 55kg, venceu prémios e é um design 100% português! Já tem uns bons 5 anos acho eu, continuo a gostar dela como no primeiro minuto em que a estreei.



Ver mais aqui e aqui.

Dia da Criança


Quando eu tinha 6 anos fomos morar para a Áustria, ficámos lá durante 3 anos. Éramos só nós os 5, nós não fomos numa situação de "malinha de cartão" mas não tínhamos mais família, não fomos morar para nenhum bairro de portugueses, nem sequer conhecíamos portugueses que lá morassem. Fomos emigrantes durante uns 9 anos repartidos por outro país em que esta situação se repetiu.
Quando fomos para a Áustria não sabíamos falar alemão e fomos para a escola, pois que remédio.
Um belo dia apareceu um fotógrafo para retratar as crianças, a maior parte tirava fotografias sozinho, eram  quase todos filhos únicos ou já teríam irmãos noutras faixas etárias. Nós para além de sermos emigrantes e não percebermos nada do que nos diziam, causámos um certo burburinho por sermos 3!
Estas foram as nossas melhores expressões para a posteridade. Expressões de quem ainda não fazia parte do sistema.

Hoje que é dia da criança, o meu pensamento está com os filhos de quem emigra e não percebe nada de nada.